POV SOFIA
Depois de ouvir as palavras do Jota a minha única reação é beijá-lo. Eu nunca acreditei que isto fosse possível. Nunca acreditei que algum dia ouviria estas palavras da boca de alguém, muito menos de um rapaz como o Jota.
- Nunca acreditei que isto fosse possível. - sussurro para ele - Nunca pensei que algum dia ouviria estas palavras vindas de alguém, principalmente de um rapaz como tu.
- Sofia, eu vou mostrar-te o valor que tu tens, não só para mim mas para ti também. - ele disse com a testa colada à minha.
- Gosto muito de ti Jota. - admito olhando-o nos olhos.
- Eu gosto ainda mais. - ele dá-me um breve beijo e iniciamos viagem.
A viagem dura menos tempo uma vez que a esta hora já não se encontram muitos carros na rua e depois de sairmos do carro o moreno entrelaça os nossos dedos o que faz com que eu sorria.
- Estás pronta? - ele pergunta sorrindo de uma forma adorável para mim.
- Claro que estou. - eu retribuo o sorriso.
Antes de abrirmos a porta do apartamento o rapaz dá-me um beijo na testa e de seguida outro nos lábios.
- Nunca te esqueças que eu gosto muito, muito de ti.
Eu dou-lhe um pequeno beijo e ele logo abre a porta. A casa encontra-se silenciosa e nos dirigimos-nos, ainda com as mãos entrelaçadas, à sala dando de caras com a última pessoa que eu queria ver naquele momento. A Filipa.
Sinto o Jota a ficar tenso e agarro mais o seu braço numa forma de o confortar.
Na sala encontrava-se o Guga, o Rúben e a Maria que olhavam atentamente a cena.- Jota... - a outra rapariga proferiu manhosa enquanto se aproximava do moreno.
- Não te aproximes Filipa. - ele ergue o outro braço em direção a ela.
- Porquê amor? - ela pergunta de forma cínica - Não me digas que não tens saudades minhas?
- Não Filipa, não tenho saudades tuas - ele diz com uma certa raiva - O que nós tínhamos acabou de vez.
Ela ri-se de forma escandalosa e dirige o seu olha na minha direção.
- Não me digas que agora andas com essa?
- Essa tem nome. - dou um passo em frente - E chamo-me Sofia.
Ela volta a rir-se.
- Olha que a estúpida também fala.
- Cala-te Filipa, não falas assim para ela. - o Jota aumenta o tom de voz.
A rapariga lança um riso estridente.
- Não tens vergonha? - questiona dircionando-se para mim - Ser virgem aos 19 anos é muito mau querida. Ninguém te quer é isso? Deixa-me contar um segredo: o Jota só te quer levar para a cama, depois disso ele não vai querer saber mais de ti.
- Vergonha devias ter tu, Filipa. - atiro de volta - Andar com as pessoas por estatuto? Ou por dinheiro? Realmente não vales nada.
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