Capítulo 67

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POV SOFIA

Acordo com a claridade vinda da janela e abro os olhos lentamente para me acostumar com a luz.

Sinto um braço na minha cintura e uma cabeça na curva do meu pescoço. Sorrio instantaneamente por saber exatamente de que se trata. Com cuidado viro-me de frente para ele e fico a encará-lo durante um tempo.

- Estar a dormir com alguém assim a olhar é estranho. - diz ainda de olhos fechados.

- Estava a apreciar a tua beleza quando estás com a boca fechada. - respondo irónica.

- Que piadinha Sofia. - vira-se de costas para mim.

- Estava a brincar. - faço-lhe festinhas no cabelo e ele volta a virar-se para mim - Tinha saudades de te ter aqui. - digo mais séria.

- Eu também tinha muitas saudades Sofia. Tu nem tens a noção. - chega-me para ele.

- Tenho sim, acredita. - abraço-me ao rapaz - A cama fica enorme e fria sem ti aqui.

Sinto o seu sorriso contra o meu pescoço.

- Depende de ti. - ele desfaz o abraço e olha nos meus olhos - Eu não me importo nada de te vir aquecer.

Reviro os olhos à piada dele, mas não deixo de sorrir. É tão bom tê-lo de volta.

- Eu também não me importo de ser aquecida por ti. - respondo.

- Eu amo-te. - mal acaba de falar o rapaz beija-me lentamente enquanto me faz festinhas no cabelo.

Deixámo-nos estar abraçados por mais um tempo até que um som estranho se fez ouvir.

- O que é que foi isto? - questiona o rapaz.

- Acho que alguém está com fome. - digo entre risos.

- Então vamos lá comer antes que morras desnutrida.

O jovem levanta-se da cama e veste um fato de treino que tinha no closet. Sigo os passos dele até às cozinha, só que ao invés de vestir roupa vou de pijama.

- A princesa senta-se que eu preparo-lhe o pequeno almoço.

Sento-me na cadeira e observo o rapaz a cortar o pão para fazer torradas. Rapidamente o mesmo aquece a água e faz um chá. Para o ajudar eu começo a pôr a mesa e em menos de nada iniciamos a nossa refeição.

- Bom dia. - saúda a Maria assim que entra no cómodo.

- Bom dia. - entra em seguida o Guga.

- Bom dia. - eu e o Jota respondemos em uníssono.

- Vamos passear? - convida a Maria.

- Eu vou, estou farta de estar em casa. - digo e como mais um pouco da minha torrada.

- Eu tenho uns assuntos a tratar e não vou poder ir, mas vão vocês.

Olho para ele.

- Que assuntos? - questiono-lhe.

- Nada de especial Sofia. - dá de ombros.

Eu não quero parecer intrometida, mas uma das coisas que o Jota quebrou na nossa relação foi a confiança. E o facto dele dizer que tem assuntos a tratar e não me especificar o que são não ajuda em nada.

O outro casal sai de fininho da cozinha e deixam-me a sós com o rapaz.

- Porquê que não me queres dizer que assuntos são esses? - começo a ficar chateada.

- Porque são assuntos sem importância. - volta a repetir a mesma coisa - Confia em mim, por favor! - estica a sua mão em cima da mesa e entrelaça com a minha - Mal eu acabe de os resolver, eu ligo-te.

O moreno levanta-se e coloca a louça na banca. Quando acaba de a lavar vira-se na minha direção e chama-me.

- Anda cá.

Caminho em direção a ele que me espera de braços abertos. Abraço o seu tronco e encosto a minha cabeça ao seu peito.

- Eu já volto, meu amor. Confia em mim.

Assinto com a cabeça e deixo-lhe um beijinho no queixo. O moreno beija-me o queixo de volta, passando para a testa, de seguida cada uma das bochechas, depois a ponta do nariz e por fim na boca.

- Diverte-te. - dá-me um último beijo antes de sair pela porta.

Sigo para o quarto para me vestir e quando saio do mesmo já o casal me espera na sala. O Guga conduziu até umas ruas histórias da cidade e passeamos durante toda a manhã.

Depois de muito caminhar sentámo-nos numa esplanada enquanto desfrutávamos de uma bebida.

- Vocês por acaso não sabem que assuntos o Jota foi tratar pois não? - inquiro as pessoas à minha frente.

- Eu não sei de nada. - a Maria responde - Mas também achei estranho.

Olhamos as duas para o Guga e o mesmo entala-se com a bebida.

- Não olhem para mim que eu não sei de nada. - disse nervoso.

- Vou fingir que acredito. - reviro os olhos.

- Ouve não é nada de grave e ele deve ligar-te. - tenta acalmar-me.

O assunto é encerrado por ali e rapidamente outro começo a ser debatido por nós. O meu telemóvel toca e eu olho o nome do Jota no visor.

- Oi. - cumprimentei inicialmente.

- Olá. Preciso que venhas ter comigo a casa que era da minha avó.  - noto um nervoso anormal na voz dele.

- Mas está tudo bem? - pergunto com medo.

- Sim, só vem.

E com isto desliga o telemóvel deixando-me sem resposta.

NOTA:
Olá, aqui está mais um capítulo da nossa história.

Eu sei que ando desaparecida, mas aproveitei para escrever capítulos durante este tempo ausente.

Como recompensa amanhã haverá capítulo também.

E vocês o que acham que o Jota quer falar com a Sofia? Será bom ou mau?

Obrigada pelo apoio dado!!

Até ao próximo capítulo!! ❣

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