Capítulo 62

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POV SOFIA

Ouço mais uma vez um barulho alto da cozinha e sorrio. Depois de toda aquela confusão eu e o Jota viemos para casa dos pais dele. Como prometido é ele que está a fazer o almoço. Pelo menos a tentar.

Decido levantar-me e ir até à cozinha para ver se ele precisa de ajuda. Quando lá chego sinto o cheiro a queimado e acelero o passo. Entro na cozinha obtendo um olhar derrotado do rapaz dirigido ao cão.

Gargalho com as suas palavras e ele pega no telemóvel ligando para a pizzaria. Enquanto isso eu arrumo toda a confusão que ele fez. Depois do telefonema ele junta-se a mim e damos por finalizada a tarefa.

- Não gosto de filmes de romance Jota. - relembro o rapaz assim que vejo o gênero que ele escolhia na televisão.

- Só queria criar um ambiente mais romântico. - defendeu-se.

Depois de muita discussão optamos por um filme de ação que nos agradou aos dois. A campainha é ouvida e o moreno logo trata de se levantar para ir buscar o nosso almoço.

O filme decorria quando sinto o Jota aproximar-se mais de mim. Sem dar nas vistas, aproximo-me também um pouco mais dele ficando com os nossos braços encostados.

O rapaz olha para mim e dá-me um sorriso aberto que é imediatamente correspondido por mim. Encosto a minha cabeça no seu ombro e ele logo trata de passar o braço pelas minhas costas aconchegando-me no seu peito. Os meus olhos começaram a fechar e eu acabei por adormecer.

Acordo quando sinto leves beijos serem depositados na minha testa e abro os olhos lentamente.

- O filme já acabou? - pergunto ainda meia atordoada.

- Há algum tempo. - riu-se levemente.

- Desculpa, convidaste-me para ver um filme e eu acabei por te deixar a vê-lo sozinho. - lamento.

- Não peças desculpa. - fala olhando diretamente nos meus olhos - Se soubesses as saudades que eu tinha disto. As saudades que eu tenho de te ter a dormir no meu peito. As saudades que eu tenho quando tu me apertas contra ti durante o sono. As saudades de te acordar, de te adormecer, de te dar os bons dias, de te fazer o pequeno almoço.... - pausa - Sinto tanto a tua falta, Sofia.

- Eu também sinto muito a tua falta. - olho os seus lábios.

Quase automaticamente o rapaz pousa uma mão na minha cara e puxa-a para si. As nossas bocas estão  a milímetros de distância quando se ouve a porta da entrada a bater.

Afasto-me do rapaz e ouço-o a suspirar baixinho.

- Boa tarde meninos. - cumprimenta a mãe do jogador.

- Boa tarde, Carla. - digo ainda a tentar recuperar do momento anterior.

- Não interrompi nada, pois não? - questionou ao ver a expressão aborrecida do seu filho.

- Não. - respondo.

- Sim. - responde o Jota ao mesmo tempo.

Discretamente dou-lhe um beliscão no braço como forma de repreensão.

- Não ligue. - tento remediar a situação - Não interrompeu nada.

A mulher dá-me um sorriso caloroso.

- Ainda bem então. Jantas connosco, Sofia? - convida.

Olho para o moreno ao meu lado e vejo os seus olhos a implorar para que eu fique.

- Eu não quero incomodar e muito menos dar trabalho. - digo sem jeito.

- Não incomodas nada. Quem faz comida para três, faz para quatro. - dou-me por vencida - Vou tomar um banho e depois tratar do jantar. Fiquem à vontade. - e com isto sai em duração às escadas para o segundo andar.

- Tira essa cara de amuado. - peço ao rapaz.

- Dá-me mimos então. - pede. - Eu preciso tanto de mimos teus.

Olho surpreendida pelo pedido do rapaz. Sem me dar tempo para lhe perguntar alguma coisa àcerca do assunto ele deita a cabeça na minha barriga e coloca a minha mão no seu cabelo.

Eram por estas pequenas coisas que eu continuava apaixonada por ele.

E iria estar. Sempre.

NOTA:
Olá, aqui está mais um capítulo da nossa história.

O nosso Jota e a Sofia quase se beijavam. As saudades já apertam. E eles são uns amores.

Obrigada por todo o apoio dado!!

Até ao próximo capítulo!! ❣

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