POV JOTA
Depois de toda a confusão os meus tios acabaram por ir embora ficando apenas eu, os meus pais, a minha irmã e a Sofia. O meu pai disse para nós ficar cá a jantar e eu aceitei rapidamente, uma vez que também já sentia falta deste ambiente familiar. No sofá a minha irmã e a Sofia dormiam e eu não consigo evitar um sorriso ao ver tal imagem.
Eu sempre fui muito apegado à Maria, talvez, pelo facto, de ela ser uma rapariga e ser a mais nova, fez-me sempre ter um lado protetor em relação a ela. Sempre procurei ter o apoio dela em todas as minhas decisões e, agora, que a vejo a dar-se tão bem com a Sofia faz-me reforçar ainda mais a ideia que ela é a tal.
Levanto-me do meu sofá e com cuidado pego na Maria ao colo com o intuito de a levar para o quarto. Volto à sala e pego na Sofia fazendo a mesma coisa. Rapidamente a mesma se ajeita e aninha a sua cabeça na curva do meu pescoço deixando-me completamente rendido. Dou-lhe um beijo carinhoso na testa e sigo em direção ao quarto, deitando-a.
Caminho de volta à sala e encontro a minha progenitora com um olhar feliz.
- É tão bom ver-te assim. - diz-me.
- E é tão bom estar assim mãe. - confesso.
A mesma faz-me sinal para que eu me sente ao seu lado e eu rapidamente o faço.
- Gosto tanto dela mãe, eu estou completamente apaixonado. Nunca senti isto por rapariga nenhuma.
- Eu seu filho. - ela dá-me um sorriso - Eu percebi isso no dia em que tu me ligaste para preparar aquela surpresa.
- Ela é especial.
- Conta-me lá a vossa história com pormenores.
Assinto e preparo-me para contar.
- Eu só a conheci por causa da Maria. - dou um pequeno sorriso - A Sofia estava lá porque o irmão estava a assinar contrato. Quando eu saí do balneário ela já lá estava. Eu nunca lhe disse, mas no momento em que eu a vi eu senti as borboletas na minha barriga. Eu nunca as tinha sentido. - relembro - Depois de apresentados ela foi jantar lá a casa e foi aí que a realidade me atingiu. A realidade chamada Filipa. - ouço o suspiro da minha mãe - Ela foi lá ter depois do jantar e eu vi o quanto a Sofia ficou incomodada por isso. Ela saiu com o Ruben e voltou na manhã seguinte com o casaco dele. Eu fiquei com ciúmes e acabei por insinuar que eles tinham dormido juntos o que depois soube que era mentira. Pela primeira vez na vida eu senti-me mesmo muito arrependido pelo o que tinha dito. Foi nesse dia que eu tive coragem e convidei-a para vir almoçar comigo. E foi nesse dia que eu acabei com a Filipa. A partir daí as coisas aconteceram naturalmente. O nosso primeiro beijo foi naquela surpresa que me ajudaste a preparar. Passado poucos dias pedi-a em namoro e aqui estamos nós.
- E já avançaram mais algum passo na relação? - olho-a confuso mas logo percebi ao que se refere.
- Já mãe. - digo sem vergonha - Eu fui o primeiro dela. Não só nisto, mas no beijo também. Eu sinto que ela é a tal.
- Então não a deixes escapar filho, ela é uma boa menina. Além disso o facto dela ter ficado cá também por tua causa mostra muita coisa.
- Eu vou lutar por ela mãe. Sempre. - proferido sério.
A minha progenitora puxa-me para um abraço ao qual eu correspondo sem hesitar.
- E eu? - ouvimos a voz da Maria e logo olhamos para a entrada vendo a rapariga com um sorriso rasgado.
Abro os braços e num abrir e fechar de olhos a minha irmã já de encontra no abraço. Duas das mulheres da minha vida. Ainda falta uma.
Olho para minha irmã e logo percebo que ela vai aproveitar para contar que também namora com o Guga.
- Vou ver como está a Sofia. - levanto-me.
Entro em passos lentos no quarto contudo surpreendo-me ao ver a minha namorada acordada e com o telemóvel na mão.
- Estás acordada há muito tempo amor? - questiono enquanto me descalço.
- Há cinco minutos praí. - ela ajeita-se na cama para me dar espaço.
Deito-me de frente para ela e passo o braço pela sua cintura aproximando-a de mim.
- Podias ir ter connosco à sala. - arranjo-lhe o cabelo.
- Tu estavas com a tua mãe e com a tua irmã, também precisam de um tempo para vós.
Assinto e aproximo-me dela começando um beijo lento. A minha namorada logo corresponde ao beijo e eu levanto-me ligeiramente apoiando o meu peso no braço.
- Não te animes demasiado Jota estamos na casa dos teus pais. - diz quando eu já lhe beijava o pescoço.
Dou-lhe um último beijo na região do peito e olho para ela.
- Podia ser uma nova experiência amor. - tento convencê-la.
- Ainda há umas horas estivemos juntos. Com tanta atividade ainda vais ter um problema com o teu amigo.
- O meu amigo ia adorar. - brinco com ela.
- Como adorou com as outras todas? - provoca-me.
Olho-a sério.
- Não compares Sofia. Não tem qualquer tipo de comparação.
- Porquê? - pergunta séria também.
- Porque contigo foi tudo diferente. Com as outras era o ato em sim. Contigo houve amor porque tu és a coisa que eu mais amo na vida, houve respeito porque eu te respeito como mulher e como minha namorada...
Ela interrompe-me e beija-me.
- Eu amo-te João Pedro. - disse-me séria.
- Eu também te amo tanto Sofia. - dou-lhe um breve beijo - Mas tanto.
Iniciámos outro beijo lento e lá continuamos até que ouvimos a bater à porta.
A minha irmã entra com as mãos a tapar os olhos fazendo-nos rir alto.
- É para vir jantar pombinhos.
Levantamo-nos os dois e quando lá chegamos deparámo-nos com o Guga sentando à mesa. A Sofia e eu sorrimos um para o outro.
Estava tudo perfeito.
Resta saber até quando.NOTA:
Olá aqui está mais um capítulo. Aproveito para vos comunicar que depois de pensar irei continuar com a história.Obrigada a todas as mensagens de apoio que recebi e obrigada a todas vocês que permitem que isto aconteça.
Até ao próximo capítulo!! ❣
