Capítulo 23

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POV SOFIA

Era sábado em final de tarde estámos agora a fazer a viagem de volta para Lisboa. Depois de todas as despedidas feitas e de toda a burocracia tratada para a mudança. Ah e o Jota conheceu os meus pais, obviamente depois de ter ter resolvido o seu problema. Ao início o meu rapaz mostrou-se muito retraído, mas logo ficou à vontade. Escusado será dizer que os meus pais gostaram dele e fizeram-no prometer que tomaria bem conta de mim em Lisboa.

- Está um trânsito infernal. - bufa o meu namorado.

- Queres que leve o carro para descansares? - pergunto.

- Não amor, deixa estar. Qualquer das formas acho que stressava mais se não fosse a conduzir. - ele deu um meio sorriso - Sabes estava aqui a pensar...

Olho para ele desconfiada e vejo um sorriso nascer no seu rosto.

- Sim?

- Podias passar a noite comigo. - ele prolanga as palavras.

- Hmm não sei. - brinco com ele.

Ele entra na brincadeira e olha para mim chocado.

- Sabes quantas raparigas queriam que eu lhes dissesse isto?

- Aí é? Então chama uma delas já que tens tantas. - brinco com ele.

- Não quero. Tens que cuidar do que é teu. - ele olha para mim a rir-se.

- Sendo assim, acho que já aceito. Não vale outra cuidar do que é meu. - entro na brincadeira dele.

Ele sorri para mim e concentra-se na estrada. A esta hora parecia não haver tanto trânsito o que fez com que pudéssemos chegar a casa mais rápido do que o esperado.
Deixamos as minhas malas no carro para que amanhã pudéssemos levar ao apartamento e levei para cima apenas o essencial.
Assim que abri a porta de entrada estranhei o facto da casa estar tão sossegada. Rapidamente o Jota tapa-me os olhos empurrando-me para uma divisão da casa que me parecia ser a sala. Antes de me retirar a mão ele sussura um "bem vinda amor". Ao olhar para a sala há uma grande faixa a dar-me as boas vindas e a sala está toda decorada. Estão presentes todos os meus amigos: a Maria, o Guga, o Ruben, a Carolina, o Diogo e mais alguns colegas de equipa do Jota com as respetivas namoradas.
Sinto os braços do Jota ao redor de mim e viro-me imediatamente para ele. 

- Tu não existes Jota. - sorrio para ele.

- Gostaste? - questiona-me.

- Ainda perguntas? - beijo-o. - És o melhor do mundo.

As pessoas mais próximas foram logo as primeiras a me vir cumprimentar e por último, o meu namorado apresentou-me a todos os seus amigos e colegas de equipa.
A festa decorreu lindamente e descobri que a Alexandra, namorada do Diogo, está no mesmo curso que eu. No fim arrumámos tudo com ajuda dos rapazes e cada um se dirigiu para o seu quarto. A Maria iria ficar aqui a dormir e por isso, dirigiu-se à divisão que seria para um escritório mas que eles optaram por fazer um quarto de hóspedes.
Mal entra no quarto o meu rapaz logo se deita ao comprido na cama.

- Estou morto. - confessou.

Sentei-me perto dele e o mesmo colocou a cabeça no meu colo enqunto que eu lhe fazia festas no cabelo.

- Isso é tão bom. - disse de olhos fechados.

Sorrio fraco e inclino-me para baixo de forma a lhe dar um breve beijo.

- Estou tão feliz. - confessei - Em tão pouco tempo fizeste-me tão feliz.

Ele sorri e abre os olhos.

- E isto foi só o início Sofia, eu pretendo fazer-te muito mais feliz.

- Amo-te tanto, João Pedro. - admito passando a minha mão por toda a sua cara.

- Amo-te mais Ana Sofia. - ele levanta-se e beija-me.

- Vamos tomar banho? - pergunto-lhe.

Logo tenho a atenção do meu namorado posta em mim e um sorriso malicioso.

- Achas que eu era capaz de recusar uma proposta dessas?

- Não. - rio-me - Vens ou vou procurar outro companheiro de duche?

Rapidamente ele se levanta da cama e tira a roupa ficando de boxers. Rio-me da pressa dele e seguimos para a casa de banho. Acabo por tirar também as peças que me cobriam o corpo ficando protegida apenas pela minha roupa interior.
Banho tomado, o meu namorado ausentou-se para que eu pudesse trocar de roupa, mas antes disso deixou uma t-shirt dele com o número e o nome atrás. Sorri com o seu gesto e mal a vesti, senti logo o cheiro do meu rapaz.
Seco um pouco o cabelo, faço a minha rotina de pele e no fim lavo os dentes dirigindo-me para o quarto. O moreno passa por mim para fazer a sua higiene e passado pouco tempo já se encontra deitado a meu lado, depois de puxar o lençol para nos cobrir.
Deito a minha cabeça no seu peito e apoio o meu braço na sua barriga fazendo umas carícias lá.
Era tão bom estar assim, sem nada nem ninguém para nos chatear. Só nós.

- Sabes era bem capaz de me habituar a isto. - acabo com o silêncio.

Ele sorri fraco e deixa um beijo no topo da minha cabeça.

- Espero bem que te habitues porque eu não pretende acabar com isto nunca.

NOTA:
Aqui está mais um capítulo da nossa maratona.
Muito obrigada por todos os votos e comentários.
Espero que gostem!!
Até ao próximo capítulo.

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