POV SOFIA
Mais uma semana se passou. Mais uma semana em que me senti feliz, amada e desejada. Posso dizer que é a melhor sensação do mundo.
Neste momento encontro-me no quarto do meu namorado a observá-lo, enquanto o mesmo faz as malas uma vez que tem jogo fora.
- Para quê essa carinha amor? - chega-se perto de mim.
- Nada. - dei de ombros desvalorizando o assunto.
Ele vira a minha cara em direção à sua.
- Eu conheço-te. - diz - Sei que algo se passa. Conta-me.
- Acho que me vou sentir sozinha enquanto estiveres fora. - confessei - Já estou habituada a ter-te por perto, a dormir contigo, a acordar contigo...
Ele sorri fraco e colo as suas mãos na minha cara.
- Eu também vou sentir saudades tuas bebê, mas a semana vai passar rápido vais ver.
Assinto confirmando e ajudo o meu namorada a fazer a restante mala.
- Nada de olhares para as alemãs, estás a ouvir? - brinco com ele.
Ele ri-se alto e puxa-me para ele.
- Não preciso das alemãs para nada, tenho uma portuguesa melhor que elas todas.
Sorrio envergonhada e ele beija-me a bochecha.
- Vou sentir a tua falta. - confesso.
- Eu também vou sentir muito a tua falta. - ele mete um cabelo atrás da orelha.
Ouve-se a chamada para o voo dele e logo a equipa se começa a despedir para seguirem rumo à porta de embarque.
- Amo-te muito, Sofia. Vou-te ligar todos os dias, sim? Vais ficar cansada de me aturar. - brincou.
- Como se eu alguma vez me cansasse de ti. - brinquei de volta.
Puxo o meu rapaz e beijo-o lentamente.
- Volta rápido. - confesso contra os seus lábios - Liga quando chegares.
Ele assente.
- Amo-te.
Ele dá-me um breve beijo e segue em direção ao resto da equipa.
- Esperem, falto eu. - falou uma voz conhecida por mim - Desculpe a demora mister o trânsito não colaborou.
Olho para a dona da voz e vejo que se trata nada nada, nada menos que a Filipa.
- Bem pessoal. - o mister falou - Como sabem a Marta, a nossa massagista, não nos pode acompanhar durante esta semana e por isso, a Filipa acompanhar-nos-á.
Sinceramente não ouvi o que o treinador disse depois.
Olhei para o Jota que já se encontrava de olhos postos em mim. O meu moreno sussurra "confia em mim" só a mexer os lábios e eu assinto.
- Estás bem? - pergunta-me a Maria - Vieste calada o caminho todo e ainda nem tocaste no almoço.
Dou de ombros.
