POV SOFIA
Acordo com a claridade vinda da janela e reparo que estou sozinha na cama. Ouço barulhos vindos da cozinha e logo sigo nessa mesma direção.
Quando lá chego tenho a vista privilegiada do meu namorado apenas de boxers a preparar o nosso pequeno almoço. Aproximo-me dele lentamente e abraço as suas costas espalhando beijos nas mesmas. Sinto a sua pele a arrepiar-se e sorrio com o efeito que tenho nele.
- Bom dia. - encosto a minha cara às suas costas quentes.
- Bom dia amor. - ele vira-se nos meus braços e deposita um beijo na minha testa - Eu ia levar-te o pequeno almoço à cama.
- Hmm que namorado tão fofinho que eu tenho. - aperto-lhe as bochechas.
- As minhas bochechas Sofia. - ele resmunga esfregando a zona.
Estico-me um pouco e dou um beijo em cada uma. O meu rapaz junta mais os nossos corpos e dá início ao nosso primeiro beijo do dia.
- Tenho que ir mais cedo para o Seixal. - diz-me enquanto ajeita o meu cabelo. - A Maria mandou-me mensagem a perguntar se já era segundo entrar aqui por isso ela deve vir aqui ter contigo e depois vão juntas.
- Está bem. - faço-lhe festinhas no braço. - Não ficas nervoso antes dos jogos?
Sentámo-nos à mesa e iniciamos a nossa refeição.
- Não costumo ficar, mas neste estou um pouco. - ele diz enquanto barra a manteiga na torrada. - Vai ser o primeiro jogo que tu vais ver.
Sorrio envergonhada.
- Deixas-me envergonhada. - ele gargalha - Mas para que conste, nem que tu fizesses o pior jogo do mundo, eu iria estar na mesma a apoiar-te.
Ele sorri-me e estica-se na mesa para me dar um pequeno beijo.
- Os meus pais vão lá estar. - ele diz-me e eu olho seriamente para ele - Eles vão gostar de ti amor, não te preocupes com isso.
- Agora quem está nervosa sou eu. - digo e bebo um pouco do chá.
- Nervosa com quê? - ouço a voz da Maria.
Estávamos tão absorvidos na nossa conversa que nem a ouvimos a entrar.
- Porque eu disse à Sofia que os pais iam ver o jogo hoje. - respondeu à sua irmã.
Ela gargalha levemente e senta-se na mesa começando a comer também.
- Eles vão adorar conhecer-te finalmente. O Jota está sempre a falar de ti. - conta enquanto leva um pedaço de pão à boca.
Olho para o Jota e reparo nas suas bochechas coradas o que me faz derreter.
- Não tens comida em casa? - o meu rapaz chateia a irmã.
Ela dá de ombros.
- Tenho, mas prefiro vir comer a tua.
- Já percebi que sim.
Ele levanta-se e puxa-me para ele.
