Capítulo 18

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POV SOFIA

Depois do Jota passar no meu hotel para eu mudar de roupa seguimos para o restaurante escolhido pelos meus amigos. Saímos do carro e depois de trancar o mesmo o rapaz entrelaça as nossas mãos. Olho de relance e solto um sorriso de felicidade que é retribuído imenditamente pelo meu acompanhante.
Entrámos no restaurante e depois de ouvir as típicas piadas dos nossos amigos desfrutamos da refeição. De seguida fomos a um bar lá perto.

- O que queres beber, Sofia? - o moreno pergunta.

- Traz-me uma cola. - respondo com um  sorriso.

- E tu maninha? - ele desvia a atenção para a irmã. - Nada de álcool.

Ela revira os olhos e responde.

- Eu não ia pedir álcool, na verdade também ia pedir uma cola. - dá um sorriso irónico no final.

Ele assente levantado-se para ir buscar as bebidas sendo acompanhado pelo Guga e pelo Rúben.
Aproveito que estamos só as duas e aproveito para comentar aquilo que se passou em casa dos jovens jogadores.

- Não tens nada para me contar? - pergunto-lhe.

- Ah não, já sábias que ias falar disso. - ela desvia o olhar - Não há muito coisa para contar.

Rio-me e prossigo.

- Tens a certeza?

- Ok, eu conto. - rende-se - Há algum tempo que eu gosto do Guga só que ele nunca me deu muita atenção... - ela encolhe os ombros - Talvez por eu ser irmã do Jota, não sei...

- Mas agora isso está a mudar, não está? - ajeito-me melhor na cadeira.

- Sim. - responde com um pequeno sorriso - Ultimamente nós aproximámo-nos bastante.

- Isso é bom. - atiro de volta com um sorriso aberto - Mas porquê que vocês se escondem?

- Não sei o que é que o meu irmão vai achar àcerca disto. Ele sempre foi muito protetor em relação a mim, então nem quero imaginar a reação dele ao saber que eu gosto de um dos seus melhor amigos.

Eu agarra-lho a mão em forma de conforto.

- Eu sei que a opinião do Jota é importante para ti, tal como a tua é importante para ele. Mas estamos a falar de sentimentos Maria. Ele pode proteger-te de muita coisa, mas o amor não vai ser uma delas. Eu tenho a certeza que o teu irmão te vai apoiar, talvez no início seja difícil para ele, mas ele habitua-se. No fundo ele só te quer bem, aliás como todos nós. - fui sincera.

- Obrigada Sofia. - ela sorri-me - Eu vou contar-lhe, talvez numa altura em que eu tenha a certeza absoluta dos sentimentos do Guga por mim.

Eu sorrio e assinto.

- Mas mudando de assunto. - ela volta a falar - Eu adorei a maneira como tu fizeste frente à Filipa.

Abano a cabeça em forma de negação.

- Eu detesto este tipo de discussões, não sou nada deste tipo. Mas também não gosto nem permito que as pessoas me calcem e a Filipa não vai ser excepção.

- Eu sempre soube que o meu irmão no fundo, mas mesmo lá no fundo até tinha bom gosto para namoradas. Demorou tempo, mas finalmente acertou.

Rímo-nos as duas depois das palavras proferidas pela rapariga até que somos interrompidas pela pessoa em questão.

- Hmm estão muito bem dispostas. - ele fala desconfiado - Posso saber qual é o motivo de tanta graça?

- Sim, agora também quero saber. - diz o Guga sentando-se ao lado da Maria.

- Não era nada de especial. - pisco o olho e pego na minha bebida começando a beber.

- Pois não, esqueçam lá isso. - desvia o assunto - O Rúben?

Os dois rapazes riem-se e logo o Guga responde.

- Encontrou uma amiga. - o Guga responde ainda a rir-se.

O Jota aponta discretamente para o outro lado do bar onde se encontrava o rapaz muito próximo a uma rapariga até que se começaram a beijar o que fez com que nos rissemos todos com a cena.
Entre conversas e muitas gargalhadas a noite foi passando.
O rapaz ao meu lado aproveita enquanto a irmã fala com o Guga e puxa a minha cadeira para mais perto da dele e passa o braço pelos meus ombros ficando assim, eu de frente, para ele.

Passo os braços envolta do pescoço do rapaz fazendo um pequeno carinho no mesmo o que faz com ele fez os olhos em apreciação.

- São tudo saudades? - meto-me com ele.

- Sabes bem que sim. - ele ri-se beijando-me de seguida - Estou a ficar viciado em ti.

- É bom saber. - dou-lhe um bate chapas - Sabes porquê?

Ela abana a cabeça em forma de negação.

- Porque eu sinto-me exatamente da mesma forma que tu. - respondi-lhe com sinceridade.

Ele sorri.

- Quando é que voltas ao norte? - inquire-me.

- Sábado antes do jantar.

Ele suspira.

- Nem me acredito que hoje já é Quinta, daqui a nada vais embora.

Sorrio fraco.

- Não por muito tempo. - relembro-o - Na Quarta já devo estar de volta.

- Mesmo assim... - ele pareceu pensar - Eu podia ir contigo.

- Eu não quero que tu faltes aos treinos por minha causa Jota.

Ele segura a minha cara entre as mãos.

- Eu não vou faltar aos treinos, eu tenho treino Sexta e depois temos uma semana sem jogos por causa das convocatórias.

Eu relaxo ao ouvir as palavras do moreno.

- Sendo assim, já aceito. Podíamos ir já amanhã e voltámos mais cedo. - proponho.

- Os seus desejos são ordens madame. ele brinca.

Sorri enquanto ele se ia aproximando da minha boca e em poucos segundos sinto os seus lábios nos meus iniciando um beijo lento e carinhoso.

- Estão sozinhos aqui, não liguem à presença de ninguém. - gozou o Guga.

Olhámos em direção a eles que nos sorriam.

- Sim, façam de conta que não está cá ninguém. Estávamos a gostar de ver. - gozou também a Maria.

A noite foi passando e quando demos por nós já era tarde.

- Sofia? - o moreno chama por mim desviando por breves segundos o olhar da estrada - Dormes comigo hoje? Já é tarde, o hotel já nem deve estar aberto.

Descrição o olhar. Sentia-me reticente, eu gostava muito dele e confio muito nele. Sei que ele era incapaz de forçar alguma coisa.

- Se quiseres podes dormir com a Maria, ela tem um quarto lá. - diz notando a minha reticência.

- Não, eu durmo contigo. - respondi-lhe vendo um sorriso a abrir - Vou mandar mensagem aos meus pais para não ficarem preocupados.

- Amanhã podias ir ver o meu treino, que dizes?

- Tens a certeza que queres que vá? Não quero impor a minha presença. - digo enquanto brinco com as minhas mãos.

- Eu quero-te ao meu lado. - pausa - Sempre.

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