𝐀𝐋𝐋 𝐎𝐅 𝐌𝐄 | ✓

Capítulo 06

Emma Ribas Pov

Estava sentada nas arquibancadas assistindo o treinamento dos meninos, me sentia ansiosa porquê pelo o que eu escutei hoje terá jogo do Flamengo contra Bangu e eu estava super ansiosa porquê vai ser o primeiro jogo do flamengo que eu assisto ao vivo porque geralmente eu assistia pelo youtube mas era bem raro. Já era meio dia e eu estava na saída do Ninho do Urubu esperando o Diego para irmos ao refeitório que ficava aqui no Ninho. 

ㅡ Vai ficar pro almoço?

ㅡ Você tem que para de me assustar! ㅡfalei colocando a mão no peito e sorrio fraco.

ㅡ Desculpa, eu juro que nunca é minha intenção!

ㅡ Sei. E respondendo sua pergunta, sim, eu vou almoçar aqui!

ㅡ Vai assistir o jogo hoje?

ㅡ Pretendo! ㅡpercebir meu irmão vindo em nossa direção.

ㅡ Vamos piralhos? ㅡ Diego dar um tapa na cabeça de Lucas.

ㅡ Vamos! ㅡeu e Lucas falamos juntos.

×××

Manto sagrado essa era a música que a nação Rubro-negra estava cantando. Pode ter certeza que eu me arrepiei toda só de ouvi-lós canta, os flamenguistas cantando e torcendo era a coisa mais bonita de se ver. O estádio Maracanã estava lotado só se via as cores preto e vermelho e o verde do gramado, eu estava vestida com a blusa do Flamengo com o número dez nas costas. Com apenas um jogo o Flamengo conseguiu conquistar meu coração, parecia que eu era flamenguista desde de que nasci, era cada ataque cardíaco que nós sofriamos, a cada chute em direção ao gol era uma emoção diferente.

Até que aos trinta e sete do segundo tempo fizeram um gol e o gol foi dele, Lucas Paquetá o camisa onze do Flamengo, o mais legal foi ver ele fazendo uma dancinha junto com seus parceiros de time. Quando Lucas foi voltar para o campo ele olhou para a torcida fazendo um gesto para a torcida comemorar mais e antes de desviar o olhar seus olhos bateram em mim e o mesmo soltou uma piscadela para mim me fazendo soltar um sorrisinho bobo.

Quando voltei para a realidade olhei em volta e estavam todos da arquibancada olhando pra mim, na mesma hora eu me sentei na cadeira e com certeza eu estava muito vermelha. Será que eles viram o Lucas piscando pra mim? Meu Deus! 

×××

O jogo acabou um a zero pro Flamengo. Eu sair das arquibancadas e fui pra uma sala onde os familiares ficavam esperando os jogadores saírem só que hoje tinha quase ninguém, só tinha eu, a mulher do Everton Ribeiro e o filhinho dele. Depois de um tempo o Everton e a mulher dele já tinham ido e eu fiquei ali sozinha esperando o Diego, depois de uns vinte minutos ele saiu pela porta junto com o resto do time.

ㅡ parabéns pelo jogo maninho! ㅡabraço Diego assim que ele se aproxima.

ㅡ obrigada mana! ㅡretribuiu o abraço. Olhei pelos ombros de Diego e vi o Lucas, abrir um sorrisinho e desviei o olhar.ㅡ Vamos ter que ir pro Ninho.

ㅡ Ué por quê? Por que não vamos pra casa? Aconteceu alguma coisa? ㅡpergunto preocupada.

ㅡ Não aconteceu nada, calma! Teve um acidente na rodovia e está tudo fechado então o único jeito é irmos pro Ninho, tudo bem pra você? Se você quiser eu posso pagar um hotel pra você passar a noite...

ㅡ Não, claro que não! Para mim está ótimo ir dormir no Ninho.

ㅡ Então, bora? ㅡLucas pergunta e formos em direção ao ônibus do Flamengo que nos levaria pro Ninho do Urubu.

×××

ㅡ O Leo não ficou bravo por ter que trocar de quarto só para mim dormir aqui? ㅡpergunto assim que entramos no quarto. Os quartos eram todos personalizados do Flamengo, tinha duas camas de solteiros e um banheiro.

ㅡ Fica de boa, não precisa esquentar cabeça com isso! ㅡDiego sorrir.ㅡ Olha tem toalhas limpas no banheiro, no guarda roupa da esquerda tem cueca nova e algumas blusas, pode pegar qualquer uma!

ㅡ Ok!

×××

Acordei no meio da madrugada com muita fome, eu sempre tenho isso quando não como uma coisa muito reforçada antes de dormir. Me sentei na cama e peguei meu celular e era três horas da manhã. Que ótimo!

Levantei com cuidado e sair do quarto também com o maior cuidado. Eu ia andando na pontinha dos pés para não acordar ninguém. Achei o refeitório e comi tudo que tinha de direito, quando já estava satisfeita arrumei a bagunça que eu fiz e sair do refeitório. No caminho de volta para o quarto eu esbarrei com alguém me fazendo quase ir parar no chão mas antes que isso acontecesse me segurou pela cintura. Não vi o rosto da pessoa mais só pelas mãos eu já sabia quem era. Lucas.

ㅡ Oi! ㅡsussurou.

ㅡ Oi! ㅡrespondi no mesmo tom e ele me puxou pra um lugar mais iluminado, aí sim eu conseguir ver seu rosto.

ㅡ O que tá fazendo acordada uma hora dessas? ㅡele riu baixinho e se aproximou de mim me deixando um pouco nervosa.

ㅡ É... Acordei com muita fome então vim procurar alguma coisa pra comer! ㅡrir baixinho.ㅡ O que está olhando?

ㅡ Pra sua boca!

ㅡ O que? ㅡgaguejei.

ㅡ Você é tão linda! ㅡfalou passando a mão no meu rosto e eu fechei os olhos.

Abrir os olhos assim que sentir suas respiração bem perto do meu rosto, ele estava muito perto. Ele colocou as duas mãos na minha nuca e fez um carinho na minha bochecha com o polegar, foi se aproximando mais e mais até sentir seus lábios macios contra os meus. Eu até queria aquilo mas eu não podia, não queria sofrer na mão de homem algum, não queria ser tocada por homem algum, nunca mais.

ㅡ Desculpa... Eu não... ㅡnão conseguir terminar a frase toda apenas virei as costas e sair andando deixando o mesmo para trás com a maior cara de confuso.

Mas eu não disse que eu viveria uma vida nova? Como vou viver uma vida nova se estou presa ao passado? Se ele quer e eu quero que mal têm? O Lucas não parece ser esse tipo de cara, estilo monstro. Olhei pra trás e ele ainda estava lá, com a mesma cara de confuso que eu o deixei. Dei meia volta e praticamente corrir até ele.

ㅡ Que se dane tudo! ㅡo puxo pela nuca e selo nossos lábios.