Capítulo 37

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Vitória

Meu sorriso já estava no automático, sentia minhas bochechas começarem a doer não podia decepcionar o vovô, o que eu queria mesmo estar no meu apartamento, na minha cama, mesmo que não fosse dormir poderia estar lendo um bom livro ou assitindo um romance água com açúcar, não tem nada pior que estar rodeado de pessoas e se sentir sozinha.

Com a exceção da minha família e alguns poucos colegas que nem chegava a ser considerados amigos, não conhecia mais ninguém e só porquê agora era neta de um dos empresários mais ricos do País todos me tratavam como se me conhecessem, a Estela a secretária do vovô e a Roberta que era minha chefe foram as únicas funcionárias que fiquei feliz em rever.

Em pouco mais de uma hora recebi tantos convites mais do que recebi em toda minha vida, alguns engraçadinhos querendo me conhecer melhor, convites para festas de aniversários, fui convidada até para se madrinha de  casamento de uma funcionária entojada da presidência ela nem ao menos me dirigia a palavra quando estava tentado falar com o vovô, e olha que me encontrei com ela no elevador umas três vezes, e teve a coragem de me convidar.

A cada passo que dava sentia o olhar do Eduardo sobre mim, quando o vovô me apresentava alguém do sexo masculino percebia que fechava a cara e cerrava os punhos de raiva.

Por inúmeras vezes tentou se aproximar, mas sempre encontrava uma maneira de escapar sem que o vovô percebesse o clima estranho entre a gente, mas não deu muito certo.

-- Vitória é impressão minha ou você está evitando o Eduardo, é só ele chegar perto você sai?

--Quando você desmaiou lá em casa o Eduardo ficou muito nervoso, notei também que você foi ríspida com ele quando ofereceu de ser seu acompanhante é agora age dessa maneira.

O vovô pergunta depois de sair de fininho de uma rodinha de pessoas assim que o Eduardo se aproximou.

-- Vovô eu já conhecia o Eduardo.

-- Por que disse que não queria conhecê-lo quando ia apresenta-lo a você?

-- É uma história muita longa e agora o senhor tem que aproveitar a sua festa, prometo que lhe contarei tudo.

--Tudo bem meu amor você tem razão, e quero saber também por que ele não para de vigiar você.

O vovô saiu para comprimentar alguns covidados e resolvi descançar meus pés um pouquinho peguei uma cadeira e sentei um pouco afastado do salão.

-- Vitória que bom que consegui encontrar você sozinha, o que aconteceu?

--O quê o Dudu fez?

A dona Diana fala assim que me encontra.

-- Tudo bem com a senhora?

-- Querida pode me chamar só de Diana, e não estou nada bem meu filho chegou arrasado em casa disse que tinha acusado  você injustamente e que você não quer mais nada com ele.

-- Com todo respeito Diana eu não quero falar sobre isso, estamos no meio de uma festa e se ele está assim tão mal a culpa não é minha, e o mais engraçado é que ninguém pergunta como eu estou até parece que ele é a vítima inocente de tudo.

Reviravoltas Do Destino ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora