Capítulo 43

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Eduardo

Os minutos finais da cerimônia pareciam horas se arrastando o André e a Catarina assinou, e depois foi a minha vez, não queria soltar a mão da Vitória, ela estava tremendo, e muito pálida, e sabia que o causador de tudo aquilo era o homem misterioso.

Quando chegou a sua vez de assinar achei que não conseguiria pelo tanto que tremia, ela olhou na minha direção vi refletido em seus olhos angústia, dor, mágoa e por uma fração de segundo eu compartilhei toda confusão de sentimentos que fervilhava dentro dela como se fossemos apenas um ela estava sofrendo.

Falei com os noivos que ela não estava se sentindo bem, e saímos de fininho enquanto os poucos convidados os felicitavam.

Entramos na casa, abraçados a Vitória estava com a cabeça apoiada no meu ombro, eu a segurava pela cintura, fomos interceptados pela a Catarina antes de chegar ao quarto.

-- Filha tem uma pessoa querendo falar com você.

Apressei-me em responder por ela.

-- Sinto muito Catarina, a Vitória não está em condições de falar com ninguém.

-- Mas é o..

-- Será que não percebeu o estado da sua filha.

Falo um pouco alto demais nesse momento uma voz desconhecida invade o ambiente e sinto o corpo da Vitória ficar tenso e rígido nos meus braços.

-- Eu não queria causar tanto transtorno irmã, sei que não é a hora nem o momento, mas será que podemos conversar?

Então o desconhecido é seu irmão, recordei de todas as maldades que fizeram e tive vontade de tirá-lo dali a socos e pontapés.

-- Meu amor você não precisa falar com ele se não quiser.

Sussurrei no seu ouvido, mas foi inútil ela se virou lentamente e fui obrigado a fazer o mesmo para ampará-la tinha a impressão que se a soltasse ela cairia nunca tinha visto tão frágil.

A nossa frente estava um homem alto forte, com aparência cansada, cabelos com um corte bem baixo estilo militar, alguns hematomas no rosto e usava uma tipoia do lado esquerdo imobilizando todo o braço.

-- Não vai me dar um abraço irmã?

Ele fala e dá um passo na nossa direção, e a Vitória recua dois para trás.

-- Está com medo de mim Vitória?

Ele pergunta com um ar de ofendido e meu sangue ferve, tenho vontade de socá-lo.

-- Será por que em Fábio?

Ela rebate com ironia.

-- E não me chame de irmã, você perdeu esses direitos anos atrás.

-- Filha não seja tão dura, seu irmão mudou está arrependido de tudo que fez, o que custa lhe dar uma chance de provar suas boas intenções poderia ao menos ouvi-lo, ele vai se entregar para polícia sabia?

-- De boas intenções o inferno tá cheio mamãe, vamos Eduardo.

-- Espera filha ele é seu irmão vocês tem o mesmo sangue correndo nas veias, você está sempre perdoando as pessoas que ti machuca e não...

Reviravoltas Do Destino ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora