Capítulo 35

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Vitória

Perdi a conta de quantas vezes ouvi a mensagem, era muito vaga não conseguia entender do que o Fábio falava, de quem ele fugia a única coisa que me veio à cabeça foi o que aconteceu em Nova Iorque seria possível ele estar envolvido em toda aquela sujeira.

Precisava encontrar uma maneira de rastrear o número saber se ele estava vivo e tinha que fazer isso antes de contar pra mamãe, ela estava tão feliz por ter reencontrado seu pai não queria estragar isso com mera suposições, quando tivesse algo concreto todos saberiam.

Me deitei a cama abracei as pernas e fiquei na posição fetal por horas, me perguntava se algum dia iria ter um pouco de sossego, desde que comecei a me entender por gente, quando percebi que meus sonhos não eram normais nunca mais tive uma noite de sono tranquila as vezes depois de várias noites em claro capotava com ajuda de remédios.

Eu desejava por apenas uma noite deitar a minha cabeça no travesseiro sem medo de sonhar com alguém próximo perdendo a vida sem os problemas que me cercavam desde de sempre.

Queria amar e ser amada sem tantas interferências alheias como alguém normal, mas tudo na minha vida era diferente e me perguntava se um dia seria feliz.

Como se pressentise todos os meus questionamentos a voz da vovó ecoou na minha mente.

"A felicidade é quase sempre passageira e nos seres humanos devemos desfrutar cada momento quando temos a oportunidade.

A felicidade é algo que sempre buscamos e raramente a encontramos, porquê na maioria das vezes procuramos nos lugares errados."

"Ninguém é feliz em tempo integral."

Ouvi uma batida na porta me sentei rapidamente na cama em seguida a mamãe abriu a porta mas não entrou.

--- Vitória o jantar já vai ser servido.

Jantar só aí tive noção de quanto tempo fiquei no quarto.

--- Já to indo mamãe.

Desci depois de alguns minutos e fui surpreendida com um abraço assim que cheguei na sala de jantar.

--- Que saudades da irmã mais linda do mundo.

O meu irmão Lucas Gabriel fala me ataca com beijos.

--- Não seja bobo irmãozinho, não sei onde você vê tanta beleza assim.

--- Quando você vai parar de me chamar de irmãozinho eu já não sou mais aquele menino que você carregava enganchado na cintura.

--- Bons tempos aqueles né, quando éramos crianças e não tinha tantos problemas.

--- De que problemas está falando Vitória?

A mamãe pergunta.

--- De nada específico dona Catarina estou falando no geral.

--- Hrum sei não.

--- Não está me escondendo nada não né? Desde que chegou do seu apartamento se trancou no quarto.

Reviravoltas Do Destino ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora