Reviravoltas Do Destino ( Concluído)

Capítulo 57

Vitória

Estou admirando a aliança grossa no meu dedo e mal consigo acreditar que há quase duas semanas sou oficialmente diante das leis dos homens e de Deus, a senhora Vitória Sales Miller Apollonaris.

Eu poderia ter renunciado a um dos meus sobrenomes, mas não quis não me importo se o nome ficará extenso.

Tenho o maior orgulho dos sobrenomes dos meus pais e agora do meu marido.

Depois de recordar do sonho no qual visitei o Eduardo espiritualmente, lembranças que vieram misteriosamente durante o casamento do meu irmão, eu não tive mais nenhuma dúvida de onde queria que a cerimônia do nosso casamento fosse realizada.

Inicialmente minha ideia foi preparar algo simples, bem intimista só para a família e amigos mais próximos mesmo.

Mas nem poderia imaginar a dor de cabeça que teria pela frente, pois encontrei pelo caminho uma pedra que atende pelo nome de Diana, vulgo sogrinha querida.

A primeira, a saber, da minha decisão foi a vovó e ficou radiante de felicidade, depois foi a mamãe e o vovô, que se prontificaram a me ajudar em tudo que fosse necessário.

O mesmo posso dizer do Tales, da April, Rafael e Letícia e assim por diante, todos que pedi ajuda e segredos se dispuseram a cooperar sem pedir nada em troca.

Até o senhor Alexandre e o senhor Dionísio gostaram muito da ideia e prometeram não estragar a surpresa.

Na ocasião em que conversei com eles minha querida sogrinha não estava em casa, quando ela chegou o marido rapidamente a colocou a par da situação.

À medida que ele falava sobre o casamento ela ia inflando como um baiacu, mas murchou tão rápido como um balão furado quando soube que não queria festa e seria algo bem íntimo.

A partir daí começou o meu tormento, a minha amada sogra fez chantagem para ficar calada e não atrapalhar a surpresa.

Começou como quem não quer nada alegando que o Eduardo era filho único e nunca escondeu nada dele, que ficou muito mal diante de algumas amigas e parentes, quando o casamento com a tal Patrícia não aconteceu.

E agora ele ia casar praticamente escondido e ela não teria a chance de calar a boca de todos eles.

Eu não queria que meu casamento se tornasse um espetáculo para que ela pudesse esfregar na cara da sociedade, ou seja, lá de quem fosse.

Vemos todos os dias famosos que alugam castelos e ilhas paradisíacas para realizar seus casamentos, tudo com muita pompa e circunstância, convidam mil pessoas e se separam dois ou três meses depois.

O meu ia ser simples na verdade, mas o ingrediente principal teria de sobra amor.

Ouvindo aquela ladainha interminável, aos poucos fui compreendendo onde ela queria chegar, e confesso que queria trucidar minha querida sogra.

Porém respirei fundo e como ainda não havia falado onde seria realizada a cerimônia, cedi e permiti que convidasse algumas pessoas, minha esperança era que quando soubessem o local recusassem o convite.