Vitória
Nunca imaginei que em apenas três semanas de convivência, eu o Eduardo já cometeríamos o mesmo erro que assombra muitos casais, a falta de comunicação.
Tivemos um grande mal entendido por falta de diálogo entre nós.
E tinha minha parcela de culpa, por não ter esclarecido que não estava mais chateada.
Eu achando que estava sendo uma boa companheira, por não incomoda-lo, evitando ao máximo o contato físico, para que pudesse concentrar no trabalho, sem outras preocupações na cabeça.
No caso a cabeça de baixo.
Sei que os homens tem uma necessidade maior em se tratando de sexo, e o Eduardo ficava excitado toda vez que me aproximava ou nos beijávamos.
Sentia-me lisonjeada por provocar essa reação nele, já que nos últimos dias estava me sentindo muito feia, sem graça e sem nenhum atrativo que pudesse chamar a atenção de um homem como ele.
E mesmo que tenha afirmado que não tem olhos para outra mulher, e eu acreditei que suas palavras foram sinceras, não tem como não ficar com a pulga atrás da orelha.
Como diz o ditado o seguro morreu de velho, e não ia deixá-lo subindo pelas paredes e correr o risco de que alguma vagabunda aproveitasse da sua vulnerabilidade.
E ele achando que ainda estava com raiva, por isso havia me afastado.
E chegou a desconfiar que tivesse me interessado por outra pessoa, o que seria impossível.
Contudo suas desconfianças serviram para confirmar minhas suspeitas, ele estava me espionando, e arriscaria dizer que leu alguns dos meus arquivos no World e tirou conclusões precipitadas, como sempre.
Tem coisas que não mudam.
E na hora certa ele saberia do que se tratava as minhas anotações.
O bom de tudo isso, foi a maneira deliciosa que esclarecemos as coisas.
Não foi nada fácil levantar da cama, sem terminar o que havíamos começado, estava morrendo de saudades dos seus beijos, das suas carícias.
As três últimas semanas, os dias passaram tão devagar como uma tartaruga reumática de andador.
Na primeira semana o Eduardo estava atolado de trabalho, e para não incomoda-lo e ocupar meu tempo ocioso, praticamente devorei todos os livros que a Roberta me emprestou.
E depois usei toda a lã que a mamãe havia comprado, e foi muito gratificante tricotar as primeiras roupinhas do meu bebê.
Na segunda semana o Eduardo ainda tinha muita coisa pra resolver e teve que se ausenta juntamente com o Rafael algumas vezes.
E foi em uma dessas vezes que implorei para a mamãe trazer o Fábio até o quarto, não quis ir até o dele e despertar a fúria do meu amado ogro novamente.
Conversámos bastante e relembramos alguns acontecimentos da infância, deixei claro que já tinha o perdoado e ratifiquei que ele foi sim um herói, ao me salvar do ataque de fúria da Alice.
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Reviravoltas Do Destino ( Concluído)
RomanceApós descobrir que herdou um Dom de seus antepassados índios e uma tragédia atingir sua familia , Vitória vai descobrir da maneira mais difícil como as pessoas reagem diante do desconhecido , que o preconceito pode vir de onde menos se espera. Na su...