Capítulo 56 Parte 2

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Eduardo

Diante do que vejo, devo concordar que a ideia realmente é original, pelo o menos pra mim que nunca vi nada igual.

Estamos na cachoeira onde muitas vezes a observei em silêncio no passado, e hoje a linda queda d'água e todo esse lugar mágico, fará parte do cenário do nosso casamento.

- Meu Deus Rafa! Me belisca quero ter certeza que não estou sonhando.

- Me poupe Edu! Fala sério, tá parecendo uma mulherzinha com essas frescuras.

- Já não basta o que falou para Vitória lá atrás, sobre ser uma donzela desonrada.

- Vergonha alheia meu irmão.

Ele fala e cai na gargalhada, ri tanto que seu rosto fica vermelho.

- E agora fica ai se comportando como se realmente fosse a noiva toda deslumbrada. Assim não dá.

- Não enche seu bobão, eu to impressionado sim, e não é para menos. Como e quando a Vitória organizou tudo isso, se ela veio aqui apenas uma vez nos últimos dias?

- E você tá com inveja, por que sempre foi o mais romântico e queria casar, por isso essa implicância toda.

- Inveja é uma palavrava muito pesada Edu, mas devo confessar que queria que a Letícia tivesse uma iniciativa dessas.

- Mesmo a amando muito e sei que ela também me ama.

- Eu não me atrevo a falar em casamento.

- Como diz o ditado " Gato escaldado tem medo de água fria".

- Então não fica ai jogando energias ruins pra cima de mim, rindo e debochando como se fosse uma piada.

- Qual é cara! Jamais faria isso, e que eu também estou nervoso como se fosse o noivo, e sabe que nessas situações fico com o riso de frouxo.

- E como disse antes somos irmãos e desejo sua felicidade de todo coração.

- E respondendo sua pergunta, quem tem amigos tem tudo.

- As amigas da Vitória, aqui do Vilarejo ajudou em praticamente tudo.

- Quando ela veio delimitar a área para o reflorestamento, aproveitou a viajem e encomendou tudo aqui mesmo, os doces, os salgados, o bolo até as lembrançinhas.

- Você precisa ver que mimo, que delicadeza, tudo feito pelas artesãs da região.

- Quem tá bancando a noivinha deslumbrada agora?

Não perco a oportunidade de pegar no seu pé.

- Que ouvir o que eu tenho para falar, ou vai ficar fazendo gozação com a minha cara?

Ele resmunga irritado.

- Tem toda palavra.

- As amigas cordenaram tudo desde as entregas no prazo até os pagamentos.

- E tem mais, nenhum convidado passa para o local da cerimônia sem antes cumprir o que a Vitória pediu no convite.

- Como assim? Do que está falando?

Reviravoltas Do Destino ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora