Capítulo 7

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"O mundo da realidade tem os seus limites.

O mundo da imaginação é infinito "


     ( Jean Jacques Rousseau)


Acho que pelo susto, minha cabeça começou a doer, como não tinha ninguém visível resolvi perguntar .


- Tem alguém ai ?

Responde por favor ?

- Tem alguém ai ?
Repeti algumas vezes , como não obtive resposta , peguei meu amuleto e começei a me afastar , apesar de ser mais longe passaria pela trilha da floresta , quando entrei na mata fechada ouvi um barulho olhei para trás e vi um vulto , estava me seguindo .

Corri, corri muito, só parei quando tive certeza que não estava mais sendo seguida , um nó se formou em minha garganta assim que vi a enorme árvore em minha frente.


Era a árvore dos meus sonhos , a árvore em que via o Eduardo encostado nela.


Todos os sonhos que tive se tornaram realidade , mais esse sonho não tinha chances de acontecer o Eduardo não tinha motivo para entrar na floresta , afastei as lembranças do sonho da minha mente .


Recuperei o fôlego e continuei andando , e me perguntava quem era aquela pessoa , talvez meu medo fosse infundado , já que a pessoa misteriosa esteve muito perto enquanto eu estava adormecida.


Cheguei em casa alguns minutos depois e por sorte a vovó não desconfiou de nada , nunca tinha escondido nada dela mais por enquanto faria isso.


- Oi meu amor que bom que chegou . E ai achou seu amuleto ?


- Sim vovó , achei .


- Que bom , agora vem aqui quero que conheça essas ervas , elas são usadas quando alguém é picado por uma víbora .


Não entendi porque a vovó estava me ensinando aquilo mais prestei atenção em tudo que ela dizia então ela continuou .


- Se presenciarmos o momento da picada , podemos sugar um pouco do veneno com a boca mesmo , depois é só amassar bem essas ervas e colocar em cima , elas impedem que o veneno se espalhe pela corrente sanguínea , e ganhará tempo para procurar um médico , é sempre bom tomar o soro antiofídico .

Ela explicou mais algumas coisas , a vovó realmente estava estranha cheia de mistérios , vez ou outra ela falava sobre destinos cruzados , almas destinadas , acontecimentos que não podia ser evitados , que no meio da mágoa e da dor nasce o mais sincero amor , coisas sem sentido que quem não a conhecia diria facilmente que ela estava bêbada , o que não era o caso ela detestava bebidas alcoólicas.

Reviravoltas Do Destino ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora