Capítulo 41

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Vitória

Despertei lentamente um pouco atordoada por dormir tanto, passei a mão na cama procurando o Eduardo e não tinha ninguém melhor assim pensei não estava preparada para encará-lo depois de ter me oferecido descaradamente para ele, alcancei meu celular no criado-mudo para ver as horas recordei que ele tinha descarregado.

O quarto estava escuro só ouvia o som das ondas do mar lá fora, fechei os olhos novamente tentando me atualizar do que tinha acontecido.

A sensação que tinha era de ter dormido uns 10 anos seguidos, não me recordava de quando foi a última vez que dormi tanto assim sem remédios sem pesadelos.

Me sentia ótima renovada, várias lembranças invadiram minha mente, a massagem as carícias os beijos ardentes as palavras de amor tudo parecia surreal, o que senti foi tão mágico que só poderia ter sido um sonho.

Me mexi na cama e senti um leve desconforto entre as pernas me fazendo perceber que tinha acontecido que tudo foi real, o Eduardo me tratou com tanta delicadeza olhava-me com veneração como se fosse um cristal frágil seus toques foram gentis e sentia o meu corpo queimando de desejo até que nos tornamos um só, nossos corpos se completaram de uma maneira única e dançamos juntos uma dança sensual onde quem ditava as regras eram nossos corpos desejosos um do outro e chegamos juntos ao clímax em uma sincronia perfeita.

Algum tempo atrás jamais imaginaria que teria relações íntimas com um homem.

Depois de tudo que passei via o sexo como algo sujo e nojeto, e no covento ensinavam que era pecado o ato de fornicar antes do casamento o que reforçou mais ainda a minha idéia de que nunca me entregaria a um homem.

Por essa razão tinha planos de fazer a inseminação artificial quando sai de lá, mesmo assim ainda cheguei a considerar a possibilidade de ter um relacionamento com Tiago o que agora percebo que jamais daria certo, mesmo se não tivesse falado que não queria filhos.

O meu destino era ser do Eduardo apenas dele, foi só ele entrar novamente na minha vida e todas as certezas que tinha foram por água abaixo no mesmo instante que nossos olhares se cruzaram em frente o hospital em Nova Iorque comecei a descobrir sentimentos novos, tive atitudes consideradas irresponsáveis como beijá-lo na segunda vez que o vi, nós não nos reconhecemos fisicamente, porém nossas almas sim.

E se tivesse alguém no mundo capaz de destruir o murro que havia construído esse alguém era ele.

Sorri mentalmente ao recordar dos sermões da madre Aurora, se ela soubesse que fui capaz de seduzir um homem e ter relações com ele sem estar casada diante de Deus minha penitência provalmente duraria a eternidade, e mesmo sentido vergonha da minha atitude não me arrependia de nada.

Depois que contei o que aconteceu para o Eduardo ele estava estranho parecia estar fugindo, se nossos beijos ficavam um pouquinho mais intensos ele parava e pedia desculpas, na verdade ele estava pedindo desculpas por tudo.

De certa forma ele teve culpa por ter sido tão ousada, me sentia outra mulher depois da nossa conversa, comecei a sentir mais confiante me olhava no espelho e gostava do que via porém o Eduardo não percebia nada.

Parecia até que estavamos casados a séculos e o relacionamento tinha caído na rotina, aquela típica situação em que a mulher faz de tudo para chamar atenção do marido e todo esforço é em vão.

Reviravoltas Do Destino ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora