CAPÍTULO 79

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Capítulo 79

|Vitória narrando|

Acordei no outro dia com vozes alteradas vindas da sala, na verdade, era só a voz de Luan, ele parecia berrar no celular com alguém. Levantei depressa da cama, joguei o edredom em qualquer lugar e saí depressa do quarto.
— O que aconteceu?? — Apareci na sala e Luan já havia desligado o celular.
— Meus pais foram presos e Nicolas me ligou pra encher o saco! — Esmurrou a parede.
— Se acalma, isso não é problema seu e sim dos seus pais! — Segurei seu pulso e tirei o celular de sua mão. — Seus roxos vão sumir rapidinho se você continuar colocando gelo!
— Não quero!
— Para de ser teimoso, vai colocar o gelo nos roxos! — Coloquei as mãos na cintura e ele revirou os olhos, saindo dali.
Aproveitei pra preparar nosso café da manhã e conversar um pouco sobre a prisão de Edgar, e sabe qual decisão eu tomei quanto a isso? Quero ir vê-lo pessoalmente, não quero perder a chance de partir para o desaforo com ele.
Terminamos nosso café e eu fui me arrumar o quanto antes, Luan também foi, contra a vontade, mas foi.
— Você não perde a oportunidade de pisar nas pessoas que te fizeram mal! — Luan disse dentro do carro e eu sorri cínica.
— Não vai descer? — Falei assim que tirei meu cinto.
— Não vou descer aí na delegacia com minha cara cheia de roxos!
— Ô meu Deus, tadinho do meu bebê! — Deixei um beijo em sua bochecha e ele sorriu de canto. — Prometo que não vou demorar!
— Toma cuidado, viu?! — Me olhou e eu apenas assenti saindo carro.
Respirei fundo e fui caminhando para dentro da delegacia, e só depois de muita insistência que o delegado Neto liberou minha entrada para visita, disse que eu tinha vinte minutos. Me sentei à mesa e logo vi Edgar entrar algemado com a presença de um policial.
— O que você quer aqui, sua vadiazinha?? — Disse entre os dentes e eu sorri cínica mais uma vez.
— Pode me xingar do que você quiser, pelo menos estou com as mãos livres, olha! — Balancei minhas mãos e ele me encarou sério.
— Você acabou com a minha família e eu vou acabar com você! — Se sentou a cadeira frente a mesa.
— Sério??? Não me diga! — Levei a mão na boca e comecei a rir. — Você não sabe o prazer que eu sinto ao ver você algemado, seu imbecil!
— Você vai pagar muito caro, menina!
— Você quem vai pagar caro pelas mortes que causou, inclusive, a família das vítimas que você fez, estão vindo depôr contra você, já apareceram várias! Que pena, hein Edgarzinho?! — Cruzei os braços. — Você é podre, nojento, asqueroso e vai apodrecer na cadeia e saiba que eu não vou sossegar até você estar preso, pagando por tudo que fez, sofrendo o inferno que eu sofri! — Me levantei e ele continuava me olhando. — Fique sabendo que eu vou derrubar seu império, tijolo por tijolo. — Fiz sinal para o guarda e ele abriu a porta. — A lei do retorno não falha... espera pra ver!

...

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