VITÓRIA

CAPÍTULO 10

Capítulo 10
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Eu não acredito que Luan ia desistir e me "entregar" de mão beijada para o irmão. Certamente, ele já estava acostumado a fazer isso, mas dessa vez vou fazer ele mudar de opinião.
— Eu não vou com ele, vou com você! — amassei o bilhete e joguei em um lixeira próxima dali.
— Como assim? — Luan me olhou confuso e peguei o pacote de pipoca outra vez.
— Eu não vou com seu irmão, você não vê que eu gostei de você?? — me aproximei e ele levantou os ombros — Essa sua insegurança não ajuda, viu?!
— Tudo bem, eu vou pedir pro motorista levar a gente emb...
— Eu vim de carro, só preciso chamar a Kimberly Problema, porque se eu deixar ela sozinha com esse monte de bebida... Enfim! — bufei e ele começou a rir.
— Vamos lá buscar ela então! — deu espaço para eu passar.
Entrei na festa e vi o olhar de Nicolas sobre mim, o ignorei totalmente e fui buscar Kimberly, ela já estava quase bêbada e dando em cima da filha de algum empresário. Tinha vezes que eu queria matar essa garota só pelas vergonhas que ela me fazia passar, fora isso eu a amava muito. Ela filha de Constança, nossa funcionária, foi criada junto comigo e sempre esteve ao meu lado, melhor amizade eu não podia ter.
— Que mansão, viadooo! — Kimberly disse assim que paramos em frente a casa do Luan.
— Preferia morar em qualquer outro lugar do que aqui! — Luan disse tirando o cinto — Amanhã posso te buscar pra gente sair?
— Pode sim! — respondi e ele sorriu deixando um beijo em meu rosto.
Luan terminou de se despedir e saiu do carro. Ele caminhou até a enorme porta da mansão, entrou e acenou antes de fechar a porta.
— Queria que essa casa pegasse fogo com Edgar e Vivian lá dentro! — apertei o volante e Kimberly veio pro banco da frente.
— Que carinha é essa? — Kimberly me olhou e eu suspirei.
— Não quero machucar o Luan, ele é diferente dos pais e do irmão babaca, Luan só precisa de carinho, atenção e...
— Não vai se apaixonar, Vitória!
— Não estou apaixonada, faz dois dias que conheço ele praticamente. — revirei os olhos e fui saindo dali com o carro.
— Ele é uma peça fora do seu jogo então?
— Mais ou menos... Se for pra machucar alguém, eu não vou machucar o Luan! — a olhei e ela assentiu colocando o cinto — Mas eu não sossego até ver Edgar chorando o sangue que eu chorei naquela noite de 2004!
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