VITÓRIA

CAPÍTULO 46

Capítulo 46
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|Luan narrando|
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Vitória teve um ataque de asma e eu precisei levar para o hospital o quanto antes, minha sorte é que a ambulância foi rápido para a cidade e ela foi atendida o quanto antes. Mas eu ainda estava apreensivo, andando de um lado para o outro na sala de espera e os médicos não me traziam nenhuma notícia.
— Boa noite, o senhor é o namorado da Vitória? — O mesmo médico que havia atendido ela naquela noite, apareceu pra falar comigo.
— Sou eu mesmo, ela tá bem??? Posso ver ela??? — Me aproximei e ele assentiu.
— Claro, mas peço que tenha paciência com ela. — Me advertiu e eu apenas assenti.
O médico me levou até o quarto onde Vitória estava e mais uma vez me advertiu pra não deixar ela nervosa ou coisa do tipo. Entrei no quarto e Vitória estava tomando soro, quietinha, porém acordada.
— Você me assustou! — Me aproximei da cama e ela voltoi seu olhar pra mim.
— Já estou bem, se quiser pode ir embora!
— Não vou embora! — Esbravejei e ela suspirou. — Vou ficar aqui... você querendo ou não!
— Pra que andar com mentirosos? — Me encarou e eu respirei fundo pra não começar uma discussão.
— Eu estava nervoso, sei que peguei pesado nas palavras... me desculpa!
— Não quero que avise nada disso a minha família, por favor! — Ela disse e eu apenas assenti. — Quando vou poder sair?
— Depois de amanhã, foi o que o médico me disse. — Puxei uma cadeira e me sentei ao lado da cama.
— Droga! — Bufou batendo as mãos na cama. — Vou precisar adiar a viagem pra Europa, mas você pode ir embora pra San Francisco antes e...
— Eu vou com você! — Respondi meio cabisbaixo.
— Mas...
— Eu vou com você, não quero te deixar sozinha e muito menos ficar perto dos meus pais. — A olhei e ela deu de ombros.
Passei a noite com Vitória no hospital e de manhã o médico trouxe o café da manhã pra ela tomar, bem básico e com poucas coisas.
— Esse iogurte é horrível, não vou comer! — Vitória colocou o mesmo sobre a bandeja.
— Vai comer, sim, o médico mandou! — Peguei o iogurte e a colher. — Para de ser criança e abre a boca!
— Luan, eu não quero comidinha na boca, e nem esse negócio ruim — Cruzou os braços e eu revirei os olhos.
— Tem uma um risco no seu nariz!
— Han...
Mal deixei ela terminar e coloquei a colher de iogurte na sua boca.
— Que lerda! — Comecei a rir e ela mostrou o dedo do meio pra mim.
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