Capítulo 4

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Na manhã seguinte Otto vai até a mansão de Luísa, ele mal dormiu a noite, não conseguia tirar da cabeça a possibilidade de ter outra filha, sua chance de recomeçar.
Otto toca a campainha e quem atende é a própria Luísa, que ao ver quem era a visita perde totalmente a cor, mas recupera assim que a surpresa passa e dar lugar a raiva. Otto a encara com um olhar sério e é retribuído com o mesmo olhar, mesmo com a grande diferença na altura Luísa não se deixa intimidar!

—Bom dia, Luísa! -fala com um tom frio na voz

—Bom dia! O que você faz aqui? -ela responde no mesmo tom dele.

—Podemos conversar? -ele sustenta o olhar no dela

—Tudo bem. Por aqui.  -Luísa faz um maneio de cabeça para que Otto entre e em seguida indica seu escritório. Já lá dentro ela fecha a porta atrás de si.

O escritório é grande com uma mesa de mais ou menos 1,50m; que contém uma cadeira de cada lado, atrás da mesa tem uma estante na cor marrom cheia de livros, do lado direito da estante e em frente a uma grande janela vertical tem uma tevê, bem de frete fica um sofá de três lugares em couro, na parede atrás do sofá tem um quadro de paisagem pintado por Luísa. -ele percebe pelos traços da pintura.

—Agora você pode falar o que veio fazer aqui? -fala apontando para a cadeira a frete da mesa, Otto se acomoda e ela senta do outro lado da mesa, de frente para ele.

—Vim falar sobre o nosso passado! -a encara e percebe que Luísa está ficando cada vez mais
branca. —Luísa você está bem? -pergunta em tom preocupado

—O passado está morto e enterrado Otto! -responde grosseiramente, ignorando a pergunta que ele fez.

—Parece que ele acabou de ressurgir das cinzas, graças à Poliana. -fala encarando Luísa, que nesse momento parece atordoada, sua pupila não para de se mexer de um lado a outro como se ela estivesse procurando uma saída.

—Otto não quero você perto da minha sobrinha. Você não tem nada haver com ela, nada que diz respeito a ela é da sua conta. -Luísa espalma as mãos na mesa se levantando, o olhar que dirige a ele é capaz de congelar o mais quente dos
desertos —Agora que acabamos a conversa, você já pode ir! -aponta em direção a porta

Otto olha para ela e solta um risinho de canto debochado

—Luísa, só você falou até agora, eu não tive a chance de dizer o que realmente vim fazer aqui, por gentileza você poderia se acalmar, voltar a se sentar e ouvir o que eu tenho a dizer?  -fala numa tranquilidade que só faz a raiva de Luísa aumentar, a contra gosto ela respira fundo e volta a sentar.

—Ok Otto, sou todo ouvidos!  -fala encostando na cadeira.

—Luísa, vou direto ao ponto. Tem 99% de chance da Poliana ser minha filha e eu quero o exame de DNA.  -ele praticamente jogou as palavras na cara dela e a deixou totalmente sem reação.

—Vo...Você... Quer o quê? Não, isso não pode ser verdade! A Poliana é filha do Lorenzo e não sua!  -grita se levantando da cadeira e começa a andar de um lado pro outro com as mãos na cabeça.

—Isso mesmo que você ouviu. Luísa, você já parou para pensar e fazer as contas? A menina tem dez anos, é o mesmo tempo que a Alice me deixou e foi embora, quero o exame de DNA e você não pode negar. -nesse momento ele se levanta e para a encarando firme. —Ou você já esqueceu a dívida que sua família tem comigo? -essa última frase faz Luísa parar abruptamente e encara-lo

—Você vai jogar a dívida na minha cara só para conseguir o que quer? Isso é bem seu tipo mesmo. Eu não vou lhe dar o exame, entendeu!  -ela praticamente gritou

—Se acalma Luísa, só quero o exame. Já que você está se recusando, vou agir do meu jeito. Com licença.  -vai embora deixando uma Luísa atordoada e furiosa.

—Não acredito que isso está acontecendo! Não pode ser! Não pode ser!  -Luísa senta no sofá que tem ali, coloca as mãos no rosto e começa a chorar.

Continua ...
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Orgulho e AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora