O dia seguinte amanheceu com um sol radiante. Otto acorda primeiro e prefere deixar Luísa dormir um pouco mais. Ele vai até a sala. Ao chegar, encontra Poliana já sentada à mesa posta com o café da manhã. A menina abre um sorriso de orelha a orelha quando vê o pai.
—Bom dia filha. -cumprimenta se sentando em seu lugar, na ponta da mesa
—Bom dia pai. E a tia Luísa ainda está dormindo? -pergunta enquanto passa geleia numa torrada
—Está sim! Preferi não acorda-la. E você como passou a noite?
—Passei muito bem, obrigada! -exclama sorrindo
—Filha, tudo o que aconteceu deve ter te deixado um pouco confusa. Você gostaria de conversar? -pergunta preocupado
—Eu estou bem pai. Mas foi meio que uma surpresa. -ela ri ao lembrar da tia correndo, e
continua. —Porém, no fundo eu sabia que ela te amava. Só achei que ela estava tentando fazer o amor do passado ainda dar certo, por isso que a apoiei e fiquei feliz por ela está se casando. Mas... eu via nos olhos da tia Luísa que ela não estava feliz. Não falei nada por que você me pediu. E fiquei muito feliz pela coragem dela. -explica Poliana—Você é uma menina muito especial minha filha. E agiu corretamente. -Otto lhe oferece um sorriso carinhoso e ambos voltam a tomar café.
Luísa se vira na cama, ao passar a mão no lado em que Otto dormia minutos antes ela não o sente e desperta. Luísa senta na cama esfregando os olhos ainda sonolenta. Ao acordar por completo ela olha em volta, cada móvel daquele quarto refletia o requinte e bom gosto de Otto. Seus olhos param fixos no criado mudo do seu lado da cama, bem ao lado da luminária tinha uma única rosa vermelha que não estava ali na noite passada, em baixo da rosa havia um pequeno papel escrito...
"Bom dia meu amor. Que o seu dia seja tão lindo quanto essa rosa."
Luísa pega a rosa, inspira o seu perfume suave e sorri, achava impossível que pudesse se apaixonar ainda mais por ele e acabou de ter a prova de que era possível sim.
Se desvencilhando dos lençóis, ela segue até o banheiro.
Luísa liga o chuveiro e enquanto a água quente cai em seu rosto, ela tem um vislumbre da chuva que levou ao sair correndo da igreja, inconsequentemente as lembranças a levam até Marcelo. Um arrependimento lhe cai e ela se abraça ao corpo. Não estava arrependida pelo que fez, amava o Otto; mas estava arrependida da forma que fez. Teve muito tempo para cancelar o casamento, mas preferiu levar até o fim.
Ela estava de costas para a entrada do box do chuveiro, a água ainda caindo em sua cabeça, quando sente mãos quentes e braços fortes lhe envolver.—Você está bem, meu amor? -sussurra Otto
Era inacreditável o tanto que ele a conhecia.
Ao vê-la no chuveiro com a cabeça baixa, soube no exato momento que algo estava acontecendo. Rapidamente ele se despiu e entrou no chuveiro a abraçando por trás.
E sente quando o corpo tenso de Luísa relaxa com seu toque.—Só estava me lembrando de algo! -responde num fiapo de voz
—Quer conversar? -pergunta e ela confirma com um leve maneio de cabeça, tão leve que Otto só percebeu por que sentiu o movimento dela em seu peito.
Ele beija o topo da cabeça de Luísa e desliga o chuveiro; se afastando um pouco ele estica o braço e alcança o roupão e a toalha pendurados no gancho do lado de fora do box.
—Mas antes vamos sair daqui. -ele a envolve com o roupão em seguida enrola a toalha na cintura e sai.
Luísa o segue para fora do banheiro. Otto senta na ponta da cama e com a palma da mão dá duas batidas leves indicando o espaço ao seu lado. Luísa caminha até ele e senta onde ele indicou.
—Onde está Poliana? -pergunta Luísa
—Foi para a escola. Te esperou até o ultimo minuto, como você não apareceu ela teve que ir para não perder o horário. Você demorou mais que o esperado então resolvi ver se você estava bem. E fiquei preocupado ao te ver imóvel em baixo do chuveiro ligado. Agora me fala, o que está te incomodando meu amor? -seu tom de voz era gentil e carinhoso
—Eu me lembrei do Marcelo! -Otto fica tenso e se remexe no colchão. —Não da forma que você está imaginando meu amor. Não me arrependo de ter me apaixonado e escolhido você. -explica rapidamente ao perceber um vislumbre de medo refletir nos olhos de Otto, então continua. —Só me arrependo de não ter feito antes. Me ponho no lugar dele e posso sentir a raiva e a decepção que ele sentiu.
—Gostaria de ir falar com ele? -pergunta e Luísa assente. —Quer fazer isso sozinha ou prefere que eu vá com você?
—Prefiro fazer isso sozinha! -responde
—Tudo bem. Só espera mais um pouco, deixa ele esfriar a cabeça, se adaptar ao que aconteceu e então você procura ele. Pode ser?
—Você tem razão. -admite sorrindo para ele
—Agora vem tomar café que você precisa se alimentar. -ao falar essa frase um sorriso malicioso desenha seus lábios
—Preciso é? Acho que aguento esperar um pouco mais! -mordendo o lábio inferior, Luísa se senta no colo dele enlaçando suas pernas em volta da cintura dele
—Se você está falando, quem sou eu para discordar. -ele se levanta com ela ainda presa a ele
Delicadamente Otto a coloca sob os lençóis e desliza suavemente encaixando seu corpo ao corpo dela. Beijos quentes e ardentes, arrepios a cada toque, entre arfar e gemidos; eles se entregam ao prazer, ao desejo, ao amor. Entregam-se um ao outro.
Continua ...
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Orgulho e Amor
FanfictionLuísa D'avilla , uma mulher jovem de 32 anos , contadora que cuidava das finanças da família , vivia sozinha em sua mansão depois da morte dos pais . Após alguns anos sua irmã que a muito tempo ela não via , morreu e a guarda de sua única filha foi...