Luísa enfim faz o exame em Poliana e para não restar nenhuma dúvida ela opta por fazer em dois laboratórios diferentes, um desses laboratórios foi o que Otto solicitou já o outro exame foi feito em um laboratório de sua confiança e que Otto não fazia ideia. Luísa sabia do poder e influência que ele exercia e queria ter certeza da verdade. Poliana a todo momento perguntava da necessidade dos exames e a resposta da tia era sempre a mesma
-Na hora certa você saberá-
Passaram-se dois dias e os dois exames chegaram no endereço de Luísa, já para Otto chegou apenas um, visto que o outro ele não fazia ideia que Luísa havia feito.
A mulher entra em seu escritório com os exames junto ao peito, estava temendo a possibilidade de sua sobrinha ser filha do homem que ela queria distância.
Luísa senta em sua mesa e abre o primeiro envelope, a resposta é clara em sua visão, o POSITIVO estava escrito em letras maiúsculas no papel branco.
Suas mãos estão trêmulas quando ela pega o outro envelope, esse foi em seu laboratório de confiança e no fundo ela tinha um pouco de esperança, mas assim que abriu o segundo exame toda sua esperança se desfez como areia ao vento. Luísa coloca as mãos na cabeça e fala repetidas vezes—Não pode ser, não pode ser, isso só pode ser um pesadelo.
Mas não era, era real e ela sabia disso e sabia também que precisava contar a Poliana o mas rápido possível. Depois de alguns minutos ou talvez horas Luísa pede para que chamem Poliana até seu escritório, a menina logo chega e a tia a leva até o sofá e senta a seu lado.
—Poliana, tenho algo importante para te falar -admite tentando manter a calma e não deixar as lágrimas rolarem
—Ai tia você está me deixando assustada, o que aconteceu? Vamos ter que... -a menina tagarelava sem parar, mas foi interrompida pela tia
—Por favor me deixa continuar, já está sendo muito difícil ter que falar sobre isso, então não me interrompa por favor. Está bem? -a menina assente levemente —Lembra a alguns dias atrás daqueles exames que você teve que fazer? -a sobrinha assente —Eram exames de DNA. -Poliana ergue uma sobrancelha e abre a boca já pronta para questionar a tia, mas a mulher é mais rápida e ergue a mão em sinal de advertência, com isso impedindo que a menina comece a falar. Respirando fundo ela continua —Sabe... o Lorenzo te criou, te deu amor, educação e carinho e sempre terá um lugar especial em seu coração, mas ele não é seu pai verdadeiro meu amor, seu pai é o Otto. Perante a ciência e a lei, ele é o seu pai. -nessa hora Luísa já não continha mas as lágrimas que começaram a descer pelo seu rosto, vendo sua sobrinha chorando e perdida, ela sentia uma dor no peito e só pensava em como Alice pôde ter feito isso. Ter escondido a verdade por todos esses anos.
—Não tia, não pode ser verdade, tem algo errado aí. Meu pai é o Lorenzo, eu gosto muito do Sr. Otto mas ele não pode ser meu pai. -abraça a tia e começa a chorar
—Eu sei que é difícil para você meu amor. Na verdade para mim também, mas com o tempo tudo vai se acertar, eu prometo. -afirma apertando a menina em seus braços e lhe dando um beijo no topo da cabeça.
Depois disso elas passam um tempo ali agarradas uma na outra só tentando digerir o que acabaram de descobrir, a cabecinha de Poliana era um misto de pensamentos e seus sentimentos estavam confusos. Depois que Luísa contou toda história sobre Otto e Alice. Poliana se perguntava, como a mãe pôde fazer aquilo com eles, esconder um pai da filha e a uma filha do próprio pai? Isso não era justo com nenhum dos lados, ela se colocou no lugar de Otto e começou a imaginar a dor que ele passou quando perdeu a primeira filha e a esposa foi embora. Sua mãe estava grávida e foi embora levando a chance de um recomeço pros dois e a cura de suas feridas. Pai, essa palavra ainda era estranha quando se tratava de outra pessoa se não o Lorenzo, mas ela iria fazer um esforço para se acostumar com sua nova realidade. Jogar o jogo do contente era o que ela sabia fazer de melhor e começou a imaginar o quanto era bom ter novamente um pai.
Continua ...
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Orgulho e Amor
Fiksi PenggemarLuísa D'avilla , uma mulher jovem de 32 anos , contadora que cuidava das finanças da família , vivia sozinha em sua mansão depois da morte dos pais . Após alguns anos sua irmã que a muito tempo ela não via , morreu e a guarda de sua única filha foi...