Capítulo 12

906 49 13
                                    

No dia seguinte o clima entre Otto e Luísa ainda continuava como antes, frio.

E essa autora se arrisca a dizer que tempestuoso. Eles simplesmente não conseguiam entrar num acordo, nenhum dos dois queria dar o braço a torcer numa discursão ou tentar evitá-la.

Quando Luísa se levanta pela manhã, deixa Poliana ainda adormecida na cama e vai tomar seu café da manhã ao ver que Otto já se encontra sentado à mesa ela para, da uma respirada profunda e vai em direção a mesa. Senta sem cumprimenta-lo, tentando ignorar a presença dele, o que se depender dele será difícil.

—Bom dia para você também, Luísa! -provoca limpando a boca num guardanapo e inclinando a cabeça na direção da mulher.
—Bom dia! -responde friamente

—Dormiu bem? A cama é confortável? -pergunta mantendo a voz calma

—Eu preferia está na minha casa, com a minha sobrinha, mas você não me deu escolha a não ser vir até aqui. -rosnou encarando ele

—Não te dei escolha? Luísa não exagere, eu só quero a minha filha perto de mim, você não é minha prisioneira, pode ir quando quiser. -seu tom calmo a irrita cada vez mais.

—Como você consegue ser tão frio numa situação dessa, Otto? É claro que não vou deixar minha sobrinha aqui sozinha. -afirma em tom elevado

—Você fala como se eu fosse um mostro que vai fazer algum mal a menina, eu nunca faria mal algum a Poliana. -tenta manter a voz calma, mas Luísa sabe como lhe tirar do sério

—Se você realmente gosta tanto da Poliana, por que submete a menina a isso? Por que simplesmente não me devolve a guarda dela e tudo volta a ser como antes? -seu tom é frio e sério

—Ela é minha filha, Luísa e eu a quero junto de mim. E se tudo pudesse voltar a ser como antes eu escolheria ter a minha família de volta. -encara a mulher com o rosto sério, mais seu olhar está mergulhado numa tristeza profunda

—Você não soube valorizar a sua família, desprezou a Alice quando a Stella morreu, se trancava no escritório e fingia que minha irmã não existia, é desse jeito que você queria sua família de volta? Para fazer minha irmã sofrer? -cuspindo as palavras, Luísa se levanta da mesa, não ia conseguir continuar ali.

—Eu sempre valorizei a Alice. -ele se levanta e vai até ela —Mas foi muito difícil para mim ter que lidar com a perda da Stella. Confesso que deveria ter dado mais atenção a minha mulher, mas eu estava passando por uma dor muito grande -a olhava nos olhos, estava sendo sincero

—E você acha que minha irmã não estava? Ela sofria Otto, pela perda da filha e por sua ausência. -doía ter que lembrar da irmã naquela época, foi uma fase dolorosa para todos

—Você acha que eu não sei? Eu me arrependo por isso durante todos esses anos, Luísa! Eu mudei, quero fazer diferente, quero dar a Poliana tudo que eu não tive a chance de dar a Stella.

—Mudou? -dar um risinho debochado —Otto você não mudou e nem nunca vai mudar, você é o mesmo egoísta e manipulador de sempre.
-ia saindo em direção ao quarto, mas Otto a segura pelo braço

—Espera, Luísa -a segura tão perto que é capaz de sentir a respiração da mulher em seu pescoço. Seus olhares são intensos, carregados de rancor e dor.

—Esperar o quê? Por quê mudar você não vai! -puxa o braço e sai a passos firmes.

Continua...

Orgulho e AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora