Capítulo 67

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Quinze dias se passaram desde que descobriram quem era o homem que rondava a casa. A polícia foi avisada e rondas frequentes eram feitas no quarteirão. Otto triplicou a segurança da casa e de sua família. Muito mais câmeras de seguranças e alarmes de última geração. Seguranças vinte e quatro horas por dia para Poliana, a menina tentava se adaptar mais está sendo bastante incômodo.
Ao chegar na escola todos a olham desconfiados, também só podia , tinha um armário de dois metros lhe seguindo como se fosse sua sombra. Ao chegar na sala de aula o segurança faz sinal para que Poliana espere do lado de fora, ele entra verifica a sala sem se importar com vários olhos surpresos e curiosos dirigidos a ele. Ao fim da inspeção ele sai da sala, para na porta cruzando os braços e faz sinal para que Poliana entre. A menina entra na sala de aula sem dizer nada e senta em seu lugar, logo Kessia, João e Bento a cercam.

—Esse segurança é para você, Poli ? -pergunta João
—Sim ! Depois do Marcelo invadir nossa casa meu pai achou que eu ficaria mais segura dessa forma. -explica
—Ele tem razão, com aquele louco a solta, todo cuidado é pouco. -afirma Kessia

Então Poliana percebe que João ficou triste. Sua cabeça baixa escondia as feições de seu rosto, mas a menina o conhecia, afinal era seu melhor amigo.

—João, não fica assim ! Ele não aceitou o fim e resolveu agir de maneira errada. Você não tem culpa das decisões que o Marcelo toma. -diz Poliana de forma gentil
—Eu sei, Poli ! Mas ele era meu amigo, cuidava de mim e do nada acontece tudo isso. Ele causou muita dor para você e sua família e eu sinto muito por você.
—Não precisa se preocupar, vamos ficar bem ! Se depender do meu pai, até a liga da justiça com todos os super heróis vem fazer nossa segurança ! -diz Poliana divertida e todos caem na gargalhada, inclusive o João.
—É João ! Não fica assim não amigo. -fala Bento batendo em seu ombro

A conversa foi interrompida pela entrada da professora que parou a porta e ficou olhando de cima a baixo para o segurança. Ela arregalou os olhos e olhou em volta na classe a procura de respostas, sem perca de tempo João se pronunciou.

—É da Poliana professora. -gritou João

A professora apenas afirmou com a cabeça e deu seguimento a aula. Até o final do horário o segurança seguiu cada passo de Poliana pela escola. Depois acompanhou a menina de volta para casa, depois que ela entrou, ele se juntou ao seu colega em frente ao portão principal.

Ao entrar na casa Poliana vê seu pai sentado no sofá mexendo no tablete. Ela olha em volta mas ele estava sozinho.

—Oi filha ! Como foi seu dia ? -pergunta Otto ao perceber a presença da filha
—Foi estranho ! Ainda preciso me acostumar com o segurança me seguindo para todos os lugares. -respondeu
—Você se acostuma.
—Onde está a tia Luísa e a Liv ?
—Estão no quarto novo !
—Terminaram a obra ? Finalmente em ! Estou louca de curiosidade. -Poliana joga a mochila no chão e já estava pronta para correr quando seu pai a interrompe
—Nada disso mocinha. Primeiro pegue sua mochila do chão e vá tomar um banho. -pede firme
—Mas pai ! -exclama
—Sem mas ! Você chegou da rua minha filha e sua irmã ainda não está com o sistema imunológico completo. Você precisa ter cuidado. -explica gentil
—Você tem razão, pai ! Vou tomar um banho e depois vou conhecer o quartinho dela. Estou tão ansiosa. -afirma dando pulinhos
—Estou vendo ! Vai lá.

Sem perca de tempo, Poliana sai correndo em direção ao seu quarto. Como o seu ficava logo no início das escadas ela não tinha a desculpa de entrar "sem querer" no quarto da irmã.
Enquanto Otto estava em coma e Luísa teve que se desdobrar para cuidar da empresa, da casa, de Poliana, ir ao pré natal e ainda ir para o hospital ficar com Otto, ela não tinha tempo nem cabeça para lidar com decoração de quartinho. Por mais que Poliana insistisse Luísa sempre adiava. Quando enfim Otto acordou ela conseguiu dar uma respirada e pensar no quartinho da filha. Para alegria de Poliana que não negava esforços e empolgação com a obra.

Quando já estava pronta, Poliana vai até o quartinho da irmã, dá três batidas na porta e entra.

A menina ficou encantada com cada detalhe

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A menina ficou encantada com cada detalhe. Luísa estava sentada na poltrona amamentando a pequena quando percebeu Poliana parada na entrada.

—Você gostou ?  -pergunta sorrindo
—Eu amei ! Está tudo tão lindo.  -afirma andando pelo quarto

Luísa tirou a pequena do peito e a levantou no colo para ela arrotar, após isso Poliana se aproxima da tia e estica os braços em sua direção.

—Posso ficar com ela um pouquinho ?
—Claro que pode ! Vou aproveitar para tomar um banho. Necessito. -elas sorriem e Luísa entrega a bebê para Poliana

Luísa sai do quarto de Olívia e segue em direção ao seu, tudo o que ela queria era tomar um gostoso e revigorante banho.
Ela entra no banho e liga o chaveiro, a água quente escorrendo por seu corpo lhe dar uma sensação tão boa que ela apenas se permite ficar ali sem pensar em nada, só aproveitando o momento.
Tempos depois Luísa desliga o chuveiro, veste um roupão e segue para o quarto.
Nesse momento a porta do quarto se abre e Otto entra, ao ver Luísa ele fica completamente paralisado. Seus olhos percorrem o corpo dela de cima a baixo, a visão lhe tirando o fôlego. Dentro daquele roupão sem nada por baixo, os cabelos soltos molhados caindo nos ombros, os olhos fixos nos dele, como se um mero desvio pudesse causar a morte de ambos. Involuntariamente Luísa umedece os lábios e esse simples movimento faz todo o corpo de Otto reagir. Vê-la ali parada era a imagem mais luxuriante que ele havia visto.
Sem dizer uma palavra Otto tranca a porta e se aproxima. Mantendo o contato visual ele para a poucos centímetros diante de Luísa, tão perto que suas respirações se misturam. Mesmo sem nem se tocar eles já estavam ofegantes. Suas pupilas dilatadas, o desejo percorria seus corpos. Quando a distância já não era mais suportável Otto estica o braço direito e põe uma mecha do cabelo de Luísa atrás de sua orelha, os dedos roçam delicadamente ali, lançando uma descarga elétrica que toma todo o corpo dela, em seguida ele desliza a ponta dos dedos pelo pescoço e alcança a gola do roupão.
Ainda sem dizer uma palavra, nem seus olhos se desviarem dos dela, Otto desliza o roupão até a ponta do ombro, o expondo.

Continua...

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