Capítulo 53

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Otto entra depressa e seu mundo desaba ao ver Luísa deitada no chão. Sem pensar em mas nada ele corre até ela. Se ajoelhando ao seu lado ele a vira de barriga para cima sustentando sua cabeça com uma das mãos e com a outra ele tira o cabelo do rosto dela. Ao ver o vermelhidão na bochecha e no pescoço de Luísa, uma mistura de dor e raiva invadem seu corpo.

—Luísa!   -ele chama, um medo sinistro e mortal em suas entranhas. —O que ele fez com você meu amor? -sussurra. —por favor Luísa, acorde! -pede, sua voz baixa e embargada. —Não me deixa, meu amor! SARA! -grita

—Sim senhor! -responde a robô prontamente ao seu lado

—Chame um médico agora! -pede

Rapidamente Sara faz o que lhe foi ordenado. Enquanto o médico não chega, com todo cuidado Otto pega Luísa nos braços e a leva para o quarto. Delicadamente ele a põe sob os lençóis. Alguns minutos depois o doutor da família chega e Sara o leva até o quarto de Otto.

—Bom dia, Otto! -cumprimenta assim que entra no quarto

Sua intimidade com a família era tanta que ele se referia ao empresário pelo primeiro nome.

—Bom dia, Dr. Grey! Por favor faça algo. Ela não responde e eu certamente morrerei se a perder! -exclama chorando

—Farei tudo o que estiver ao meu alcance. -responde complacente

O doutor se aproxima de Luísa. Com um oftalmoscópio ele examina sua visão, fere sua temperatura, mede seu pulso e observa atentamente cada hematoma que Luísa tinha no rosto e pescoço.

—Ela sofreu lesões superficiais na região do rosto e pescoço. Com licença -pede antes de levantar a blusa de Luísa até abaixo do seio.

Como o médico já esperava. Na barriga de Luísa a um hematoma arroxeado enorme. Otto arregala os olhos e sente seu mundo desabar mais uma vez.

—Eu vou matar aquele desgraçado!  -falava enquanto andava de um lado a outro no quarto

—Você não vai fazer nada agora! Essa moça precisa muito mais de você. Agora por favor venha aqui e me ajude a virá-la de lado.

Otto respira fundo e se aproxima mais uma vez. Com todo o cuidado ele vira Luísa e mais um hematoma surge. Dessa vez na altura das costelas.

—Esses dois são preocupantes. Você precisa levá-la ao hospital para fazermos exames mais detalhados.

Otto não sabia nem como responder. Ainda estava em choque. Seu coração estava em pedaços. Vê Luísa naquele estado o matou.

—Vou lhe aplicar ibuprofeno na veia. Esse anti-inflamatório vai ajudar ela a não sentir dor caso acorde antes de chegar ao hospital.  -explica o médico

Sem perca de tempo Otto pega Luísa nos braços, a coloca no carro e a leva para o hospital particular mais renomado de São Paulo onde sua família investia milhões a anos.

Depois de todos os exames, Luísa ainda permanecia desacordada, dessa vez por causa dos medicamentos. Ela dormia tranquilamente e Otto não saia nem por um minuto de seu lado. Segurando a mão de Luísa, ele chorava.
A culpa lhe corroía, ele se culpava por não estar lá com ela e evitado toda aquela agressão, se culpava por ter se apaixonado por ela e com isso a ter colocado naquela situação.
Duas batidas na porta e Durval entra, ele se surpreende ao ver Otto ali chorando, completamente destruído. A tristeza, a culpa e a angústia eram visíveis em seu semblante.
Quando enfim Otto percebe que não está sozinho ele enxuga rapidamente as lágrimas.

—Chorar não te faz parecer fraco. Só prova que você a ama.  -começa Durval enquanto se aproxima da cama hospitalar.  —E como ela está?  -pergunta por fim

Orgulho e AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora