Capítulo 25

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Chegamos às onze na fraternidade da Carrie.

Eu insisti com Jean pra virmos mais cedo, mas ele insistiu que a festa só fica boa mesmo depois das onze.

Isso quer dizer que todos vão estar drogados e bêbados.

Desviei de dois caras desmaiados e uma garota vomitando no arbusto da frente antes de chegarmos a fachada da casa.

O barulho estava quase ensurdecedor lá dentro, a música eletrônica tomava conta de toda casa.

-Deus, está quente aqui- Jean diz.

Era verdade, estava quente como o inferno lá dentro, principalmente a sala de estar, que no momento estava servindo como palco de stripteaser para universitários chapados.

Nesses um minuto que prestei atenção na casa Jean sumiu de minha vista, como de costume.

Andei até a cozinha e peguei uma bebida de um cara vestido de Deus grego.

A bebida estava forte, eu estava acostumado a sentir o líquido quente esquentando minha garganta e estômago.

Precisaria de uns três copos apenas para ficar alterado.

Puxei a garrafa de vodka da pia e enchi até metade do copo.

Beberiquei o líquido forte do batente da sala, estava entre a bagunça que estava na mesma e a fila de pessoas encostadas na parede que dava ao banheiro.

Uma garota vestida de girassol passou por mim e piscou.

Um claro convite, é claro que eu não posso recusar.

Então a sigo até um canto escuro que milagrosamente estava vazio e a beijo antes que ela possa se quer falar.

Ela é pega desprevenida por um momento, mas logo contorna a situação, me prendendo contra a parede e puxando minha nuca com a mão.

A língua dela tinha um gosto ligeiro de álcool e cereja industrializada, era bom.

Invadi sua boca com minha língua até perdermos o ar.

Ela riu, e depois disso saiu.

O quê?

Provavelmente estava drogada.

Devia ter notado as pupilas dilatadas e as bochechas rosas.

Sai depois disso, indo em direção ao balcão para entornar um pouco mais de vodka pura na esperança de ficar bêbado.

Esbarrei em um monte de merdinhas encharcados de suor enquanto voltava segurando o copo.

Não estava no clima para dançar, mesmo as musicas sendo boas e as luzes estarem convidativas.

Essa festa estava uma droga, ou eu que estava chato.

Não sei dizer.

Andei até uma poltrona vazia e sentei, intercalando entre mexer no meu iPod e beber um pouco.

Jean aparece na minha frente um tempo depois, sua silhueta me assusta por uma fração de segundo até eu perceber que é ele.

-Cara, você não vai acreditar no que tá rolando ali- ele disse de forma divertida.

-Quem está tirando a roupa dessa vez?

-Seu colega de quarto.

Congelo.

Calvin Stratford? Em uma festa? Tirando a roupa?

Não.

Claro que não.

Colega de quarto (para revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora