Capítulo 44

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Quando ele me tocou foi como um balde de água fria. Meu corpo travou, e por um longo minuto tudo que eu podia fazer era expirar todo o ar de meus pulmões com força. Os dedos calejados percorreram meu pescoço, me fazendo estremecer.

Me senti ridículo por me render tão facilmente ao toque de alguém. Dele, em especial.

Não tínhamos nada em comum. Ele era sempre tão impulsivo. Tão desorganizado. Tão cabeça quente.. Ainda sim, aqui estava eu, rendido ao toque do mesmo.

Meu coração bateu tão rápido quanto de um coelho quando ele desceu os dedos para minha barriga. Quando ele agarrou minha cintura, meus pulmões pararam.

Eu podia parar com tudo isso agora. Podia acabar com essa loucura de hormônios e sentimentos dentro de mim. Ele não precisaria ver todas as minhas falhas como eu posso.

Mas eu não parei. Eu não queria parar.

Eu olhei em seus olhos finalmente. Escuros e eletrizantes como uma tempestade, brilhando em desejo puro. Seus lábios estavam entreabertos. Úmidos por sua própria língua.

Então eu o beijei.

E beijei. E beijei. E beijei outra vez.

Meus pulmões ainda não trabalhavam do jeito certo, mas não importava. Eu o queria demais.

Eu queria sentir sua língua trabalhando contra a minha. Eu queria sentir o gosto doce e morno dela. Eu queria ouvir os gemidos roucos que saiam dele quando eu agarrava seu cabelo. Queria sentir seu olhar queimando meu corpo quando sentei em seu colo.

Ele desabotoava meus jeans em um emaranhado de dedos e..

Meu pulmão estava pesado como no sonho. Meus cabelos estavam úmidos na raiz, e eu não fazia ideia de como derrubei meu travesseiro e minha coberta.

Olhei ao redor desesperadamente, evitando em baixar o olhar para meu próprio corpo.

O quarto estava vazio e parcialmente escuro, fazendo minha respiração melhorar em alívio,

Não tento dormir outra vez, já que provavelmente o pesadelo vai me atormentar não importa quantas vezes eu tente o enganar.

Minha cabeça latejava em uma enxaqueca gerada pelo estresse e a ansiedade quando me levantei de supetão da cama.

Por um momento, eu apenas fiquei lá. O mundo girando ao meu redor enquanto minha visão escurecia.

Isso vinha acontecendo a dias, e eu já tinha me acostumado a sensação que isso me trazia. Não entrei em pânico como nas primeiras vezes.

Caminhei ao banheiro em paços cegos, já que nem mesmo tinha posto meus óculos e a casa ainda estava escura. Joguei meus pijamas úmidos no cesto sujo e deixei a água quente do chuveiro pressionar meu corpo.

As memórias vinham frescas em minha mente, apesar de dias terem se passado.

Jason se aproximava de mim no sofá enquanto eu decidia se o queria por fazer meu coração bater com força, ou se simplesmente o odiava por fazer isso. Senti seus lábios roçarem nos meus preguiçosamente, como se avaliasse o quão estupido era dar o próximo passo. Sentindo sua respiração morna enquanto paralisado, apenas para estremecer ao escutar Gen bater à porta.

Aquilo tinha sido tão impulsivo. Tudo que tínhamos feito para manter a amizade podia ir para o ralo por causa de uma coisa hormonal boba como aquela.

Eu disse que deveríamos ser amigos. E nós deveríamos manter assim.

Ele nem mesmo sabe o que é realmente, e eu não posso manter um relacionamento no estado que estou. E ele nem mesmo quer um relacionamento.

Colega de quarto (para revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora