Capítulo 31

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-Eu odeio caminhadas- protestei depois de dez minutos caminhando na calçada.

-Me diga uma coisa que eu não sei- Sean disse, andando tranquilamente ao meu lado.

-Podíamos ter continuado andando de Uber- Jason concordou.

Eu arqueei as sobrancelhas para Sean.

Ele ignorou.

-Essa cidade é bem bonita- Sean, disse após um tempo.

Concordei, observando a arquitetura aconchegante holandesa.

As calçadas feitas de pedra, e os vários postes coloniais também eram espetaculares.

-Los Angeles também não deve ser nada mal- respondi.

Sean gargalhou.

-As pessoas da Califórnia são bem animadas.

Franzi o cenho.

-Com "pessoas", você quis dizer "garotas", não é?

Jason riu, como se estivesse lembrando de algo sugestivo bem hilário.

Lancei-lhe um olhar.

A risada sumiu.

Sean também sorriu.

-Você é o único que não aproveita a faculdade do jeito certo- Sean disse.

-E qual seria "o jeito certo" ?- fiz aspas com os dedos, tentando imitar a voz grave de Sean e falhando miseravelmente.

-Já pensou em ir em uma festa?- ele começou.

Eu me virei para olhá-lo.

-Por acaso, eu fui a uma festa de Halloween três noites atrás- disse de maneira convencida.

-E deu um belo show- Jason complementou, com uma risada.

Soquei seu braço o mais forte que consegui.

Ele gemeu, massageando a área "machucada".

-Se ele bebeu, com certeza dançou- Sean disse, convicto.

Pisquei algumas vezes.

Desgraçado.

-Ele é realmente um belo stripper.

Sean arregalou os olhos, já eu, afundei a cabeça entre minhas mãos.

-Você o ajudou?- ele perguntou com preocupação.

-Claro que sim- Jason disse de forma defensiva.

Quebrei o clima com uma tosse.

-No final, deu tudo certo, fora as merdas que eu fiz com vodka na veia.

Sean pareceu aliviado.

-Vou chamar a Gen pra sair com a gente- decidi.

Já não via ela a três dias. Devia estar morrendo de preocupação, não tive tempo para checar as mensagens quem ela mandou.

Nem sei como ela ainda não tinha batido lá em casa.

-Hm- Jason murmurou.

Sean, é claro, não fazia ideia de quem era Gen.

-Depois te conto- prometi.

Não demoramos tanto quanto eu achei para chegar na casa de Gen pelo caminho que estávamos.

Ela atendeu a porta ranzinza, murmurando algo parecido com "não vou pagar o mês mais cedo, senhora Fitzgerald".

Ela arregalou os olhos quando percebeu que não havia nenhuma senhora Fitzgerald batendo na sua porta as duas da tarde.

Colega de quarto (para revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora