Capítulo 26

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Estava escuro quando acordei.

O cheiro intenso masculino preencheu meus sentidos.

Meu corpo estava quente.

Onde diabos eu estava?

Meus olhos caíram para baixo e percebi que estava entrelaçado em alguém.

Alguém não, ele.

Merda, uma das minhas pernas estava por cima das dele, minha cabeça estava enterrada em seu peito duro, e por algum motivo, eu consegui passar meu braço por trás da sua cintura.

Ele estava dormindo, e seria muito grosseiro acorda-lô de maneira desesperada (mesmo que uma grande parte de mim quisesse fazer exatamente isso).

Suspirei fundo, tentando manter a calma como um monge.

Com delicadeza, tirei minha cabeça de seu peito, minhas pernas das suas, e por último, tirei meu braço de seu redor.

Difícil foi sair da cama, já que eu estava encostado na parede.

Nem Deus sabe direito como eu consegui sair.

Tentei por uma fração de segundo olhar alguns detalhes do quarto, o que foi em vão.

La dentro estava um breu pelas cortinas negras (que eu não coloquei quando decorei).

Só consegui ver a cama, um armário, e uns pôsteres espalhados pela parede.

Pelo menos ele não tinha grafitado a parede ou tinha pintado tudo de preto.

Abri a porta, querendo calar o rangido irritante que vinha da mesma.

Pela graça de Deus ele não acordou, por isso, sai com rapidez de dentro do cômodo e fechei a porta atrás de mim.

Entrei no banheiro ao meu lado, nem toalha eu peguei, mas sabia que precisava desesperadamente de um banho quente.

Entrei de baixo do chuveiro em um pulo, dobrei meus pijamas, e coloquei em cima da pia seca.

A água quente fez o efeito que eu esperava que faria, deixando meu alívio mais intenso.

Instintivamente procurei pelo shampoo de lavanda e mel e pelo sabonete suave.

Me amaldiçoei por não ter tomado banho lá em cima quando só achei shampoo de menta e um sabonete com cheiro de floresta.

Passei os produtos com relutância sobre meu corpo.

Enquanto ensaboava meu couro cabeludo eu tentei lembrar de cada detalhe do que aconteceu naquela festa.

Eu bebi.

Dancei.

Beijei.

Mesa de bearpong.

Jason.

Quarto com Jason.

Beijo com Jason.

Beijo com Jason?!

Merda.

Forcei meu cérebro meia boca o máximo para me lembrar como aconteceu isso.

Acho que desmaiei na cama e depois acordei, depois disso eu vomitei e escovei os dentes.

Brigamos por ele ter me tirado da mesa e agido como um agro com as outras pessoas.

Ele me advertiu sobre chamá-lo de Tucker e me beijou.

Deus, meu maldito cérebro memorizou muito bem essa parte.

Eu ainda conseguia sentir o aperto de sua mão sobre o meu quadril.

Colega de quarto (para revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora