Capítulo 51

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~Calvin

Eu estava beijando ele. Eu pensei ser coisa da minha mente bêbada. Um sonho cruel talvez.

Mas a não ser que esse sonho fosse real demais, ele estava deslizando meu corpo para ficar por cima do seu. Eu puxei sua cabeça de volta para mim, insatisfeito por ele ter deixado meus lábios. Sua língua tinha gosto de álcool e café, mas eu não me importava com isso. Eu deslizava minha própria língua contra a dele, anestesiado por sentir sentir a textura aveludada e quente. A pele dele também era quente. Ele praticamente fervia contra mim enquanto espalmava minha mão por todo o seu abdômen. Eu era totalmente incapaz de me conter quando observei seu rosto. Seus olhos escuros e cheios de desejo, seus lábios se repuxaram de leve, e eu sorri de volta, mexendo minha cintura devagar.

Não pude deixar de sorrir ao perceber que consegui causar o efeito que queria. Ele ficou rijo contra mim, afundando ainda mais sua cabeça no colchão enquanto eu me empenhava em rebolar devagar.

-Jesus- ele sussurrou. A voz rouca.

A respiração dele parou quando comecei a deslizar suas calças meio úmidas para baixo. Eu parei, olhando em seus olhos para logo receber uma confirmação curta e frenética. Eu suspirei, inseguro pela primeira vez.

Meu coração batia rápido. Eu estava bem no meio das pernas do meu colega de quarto. O cara desorganizado e irritante que eu odiava. Eu estava aqui, prestes a fazer sabe lá Deus o que,com ele.

-Ei- ele disse calmamente, segurando meu queixo para que pudesse olhar em meus olhos. -Não precisa fazer com que não se sinta confortável, ok?

Ele olhava tão profundamente em meus olhos que corei. Era estúpido corar agora, depois de tudo que fizemos. Eu não tinha mais dúvidas agora.

-Eu quero- eu assegurei.

Ele ainda segurava em meu queixo.

-Tem certeza?- insistiu.

Eu sorri de leve, terminando de retirar suas calças em resposta. Ele se ajoelhou no colchão, e eu fiz o mesmo. Ele sorria para mim; tão diabolicamente malicioso que senti que poderia derreter. Ele se aproximou, tirando ''minha'' camiseta de vagar. Ele molhou os lábios.

Eu comecei despir a samba canção, mas ele me parou.

-Eu quero fazer isso- disse, em um tom irredutível.

E eu deixei. Embora estando extremamente envergonhado. Ele me olhava tão profundamente que desviei o olhar para um ponto fixo, mas ele puxou meu rosto para ele outra vez, roçando o polegar calejado em meu queixo.

-Não tem nada pelo que se envergonhar- ele disse para mim, com aquele tom de comando outra vez. Eu odiava meu corpo por estremecer sobre esse tom.

Eu balancei minha cabeça de leve, arqueando minhas sobrancelhas em descrença.

-Você não acredita em mim?- perguntou, a voz regada de malicia.

Eu apenas o encarei de volta, então ele pôs sua mão grande e tatuada sobre a minha e a levou para baixo, onde ele alisou levemente sua ereção, úmida e convidativa. Meus pulmões pararam.

-Acredita em mim agora?

Eu balancei freneticamente a cabeça, incapaz de dizer qualquer coisa.

-Bom- ele disse, em tom de aprovação.

Ele tombou nossos corpos no colchão, rindo em meu pescoço ao escutar meu gritinho de espanto. Nossas ereções se roçaram, evitei olhar para a dele, tímido outra vez.

-Sabe que não precisa, não é?- disse outra vez, e eu concordei.

Ele puxou sua calça outra vez, apenas para revirar os bolsos e puxar uma camisinha. Escutei ele abrindo o pacote metálico com os dentes e revirei os olhos. Ele sorriu, sabendo exatamente o que eu estava pensando.

Colega de quarto (para revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora