Investigação na Indonésia

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Quando apareceu no noticiário a reportagem sobre o avião que se despenhou perto da Micronésia, Richard ficou atento. Estava à espera de mais uma investigadora para os campos. Porque insistiam em trazer pessoas para investigar? Porque a culpa dos incêndios tinha de ser culpa de um dos responsáveis da Indonésia? Richard não entendia. Só queria que desistissem dessa ideia.

Do que estavam à espera? Pediam, pediam e exigiam. Ameaçavam fechar empresas, setores, fazer despedimentos, entre outras pressões senão cumprissem a demanda de óleo de palma. Eles sabiam que a produção de óleo de palma não é fácil. O que queriam que as produções fizessem? Não podiam descer mais os ordenados, não podiam produzir menos e não tinham mais espaço. Como conseguir sustentar a necessidade de milhares de produtos, sem fugir das regras?

Richard sentiu-se cruel ao desejar que a investigadora tivesse morrido. Pelo menos, esta ele teria certeza que morreu de uma causa natural ou quase natural. Todos os outros não tinham voltado e quando perguntou sobre eles todos tinham falecido. Estranho, todos morrerem antes de entregarem um simples relatório, mas Richard preferia não saber. Ele não queria mesmo saber. A ignorância pode ser uma bênção. O diretor do campo de exploração de óleo parecia pensar o mesmo. Ele gostava do seu cargo e sabia bem o valor dessa bênção. Quanto mais soubesse mais problemas teria.

Telefonou à agência de viagens para darem-lhe a lista de mortos e de pessoas que tinham aquela estranha doença. Ficou aliviado quando um dos nomes da lista era Bela Andrade. Telefonou para todos os meios e informou que Bela Andrade tinha morrido e para procederem às suas obrigações. Depois disso, voltou para a sua banheira de hidromassagem com vista para os belos campos de Bali. Como era um bom sítio para descansar e esquecer as chatices do trabalho.