43. Pedidos e Segredos

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No dia seguinte, Bela estava a trabalhar quando uma das colegas veio avisá-la que estava alguém à sua espera. Bela ficou espantada quando viu Rafael e Harta a falar mais uma vez. Ela tinha receio que Harta contasse a verdade sobre a sua identidade. Quando Bela chegou perto ouviu o final da conversa: 

– Muito bem, pode começar amanhã nos apartamentos do condomínio – disse Rafael apertando a mão de Harta.

– Olá, estou a interromper alguma coisa? – Bela estava curiosa sobre a conversa dos dois.

- Ah! Be-Bulan! – Harta corrigiu-se – estávamos a falar no meu novo emprego a limpar vidros no condomínio do sir Rafael – sorriu satisfeito com a notícia.

- Ah! Que bom! Muito obrigada, Rafael.

- Tenho de entrar, até depois – despediu-se de Harta.

Bela aproveitou que Rafael se afastou para puxar Harta mais para a confusão da rua para que ninguém os ouvisse. Harta deixou-se levar como ainda estivesse perdido no sonho de ter conseguido um novo trabalho tão facilmente.

– Não podes dizer quem eu sou, nem a razão de eu ter vindo para cá – Bela falou muito rápido – eles pensam que eu sempre vivi aqui, apenas sou filha de pais portugueses.

– Sim, já tinha entendido... – Não fales nada sobre mim ao Rafael – voltou a pedir.

– Claro, mas o que se passa para o tratares por apenas Rafael? – Harta olhou-a desconfiado.

- Foi só porque ele me pediu – explicou Bela – não vejo nada de mal nisso.

Harta voltou a olhar para o hotel sem alterar a sua expressão.

– Tenho outra coisa a pedir-te... – o som tom de voz desceu ao nível do murmúrio, Harta teve que se inclinar para a compreender – posso voltar para casa?

Investigação na IndonésiaOnde histórias criam vida. Descubra agora