– B'm dia – cumprimentou-a Harta.
Quando Bela abriu os olhos estavam numa outra grande cidade com um porto. Os pais de Harta estacionaram perto de um ferry. Falaram com Harta enquanto Bela comia algumas frutas das mais pisadas (Harta tinha pedido no dia anterior para comer as mais feias porque ninguém as queria comprar). Algumas frutas eram parecidas com as que Bela conhecia como as bananas, apesar de mais pequenas do que estava habituada. No entanto, havia outras muito estranhas, uma fruta que parecia em formato de pera ou maçã, mas que tinha uma pele que parecia mais de uma cobra. Frutas roxas (a primeira fruta que Harta lhe dera era uma daquelas não sabia o que era, mas sabia bem), uma fruta que cheirava horrivelmente (que Harta pediu para não comer, como se ela quisesse!) e outras que tinham fios na casca e/ou picos. Bela nunca pensou muito em frutas tropicais, mas elas realmente eram muito diferentes do que estava habituada.
– Onde estamos?
– Merak. Vamos ao mercado e quando for de noite... vamos ap'nhar o ferry para continuar a nossa viagem.
– Vamos de barco durante a noite? – preocupou-se Bela.
– Sim, está aberto vinte quatro horas por dia e assim... p'demos aproveitar o mercado p'ra vender. A viagem mais longa começa depois do barco.
Bela suspirou. Olhou para o carro que ainda tinha bastantes sobras da venda do mercado.
– Porque vieram para tão longe de casa? Não tinham mercados mais perto?
Ele sorriu.
– Viemos a um casamento de uma prima e aproveitámos p'ra tentar vender os produtos no mercado. Não costumamos ir a Jacarta muitas vezes, foi sorte ter te encontrado... – sorriu timidamente e a mãe dele observou-os com mais atenção.
Bela pensou que a sortuda tinha sido ela, talvez não fosse uma grande sorte para eles arranjarem uma comedora de fruta.
– Acredita que a sorte foi toda minha – assegurou.
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Investigação na Indonésia
Mystery / ThrillerBela, subdiretora da Global, é enviada para investigar os estranhos incêndios supostamente causados pela sua empresa na Indonésia. Durante a viagem, ela perde tudo inclusive a sua identidade o que a leva a refletir sobre a sua vida e o que é importa...