Past - Zayn Malik.

Capítulo 12: Noite do Pijama - Part 2.

Boa Leitura, xoxo

 Z A Y N

 Matt me dá a mão e no segundo seguinte está me levando escada a cima, ele subindo de dois em dois degraus, eu tomando cuidado para não cair. 

 Chegamos no que eu julgo ser o seu quarto e sorrio pra decoração. Definitivamente, nesse meio tempo, não tinha lhe faltado nada. 

 - Aqui. - Ele me entrega um pijama que tinha a mesma estampa do seu e de Aria. Levanto uma sobrancelha, já que ele cabia em mim. De quem era? - É do tio Noah. De vez em quando ele participa com a gente. - Matt explica sem eu perguntar e espera paciente que eu troque de roupa. 

 Considero me trocar no banheiro, mas acho que não tinha problema ser ali mesmo. 

 - Puxa, você quase não tem pele. - Rio com essa, notando seu olhar curioso nas minhas tatuagens. 

 - Eu tenho um tigre, olha. - Me aproximo para mostrar o desenho no meu braço e ele aproveita para olhar as outras. 

 - Até no cabelo! - Matt exclama quando nota a tinta que eu tinha na cabeça também. - Não dói? - Passo a parte de cima do pijama pela cabeça, trocando as calças de forma rápida também. 

 - As primeiras doeram que só o ca... - Paro abruptamente e ele sorri, como se soubesse o que eu ia falar. 

 - Se falar palavrão, tem que colocar dinheiro no pote. - Ele avisa e eu rio. 

 - Eu ia falar caçamba. - Ia nada. E parece que ele não acredita em mim também, mas como eu não falei, ele deixa quieto. 

 - O tio Noah também tem, mas não são tantas. - Sim, algumas eu tinha feito com ele inclusive. 

 - Seu quarto é muito bonito. - Falo, olhando as estrelas que brilhavam no escuro no teto. 

 - Minha mãe que decorou, agora vamos, temos que escolher o filme.  - Cada vez mais eu ficava surpreso com o quanto Matthew era inteligente e bem articulado. Eu nessa idade comia areia, como dizia o meme. 

 Me lembrava Zaneyah, minha sobrinha, e o quanto essas crianças me fazia se sentir burro. E velho. 

  Conforme vamos descendo, percebo as fotos na parede da escada. Eram de Matt de agora até quando era bebê. Outro aperto me pega. Eu perdi cada um desses momentos. Seus banhos na banheira, seus aniversários, seu primeiro dia de aula, natal, estava tudo ali. 

 - Mamãe tem vários álbuns. Tio Noah fala que fotos são ultrapa... ultrapa, ultra... Eu não consigo falar. 

 - Ultrapassadas? - Falo, divertido, e ele concorda. 

 - Isso. Mas minha mãe não liga. - Ele dá de ombros, como se também não ligasse. 

 - Eu acho que você era um bebê muito fofo. - Falo olhando uma das primeiras. Ele estava sorrindo, cercado de vários brinquedos. 

 - Sim, o bebê mais bonito do mundo. - Rio do seu tom e falta de modéstia. 

 - Sua mãe que te disse isso? - Ele concorda. 

 - Vamos escolher o filme... - Percebo que ele queria me chamar de alguma coisa, mas não sabia se falava meu nome ou pai. Não fico chateado com a sua hesitação, isso viria com o tempo. 

 Chegamos na sala e Aria estava colocando as bacias de pipoca entre outras coisas na mesinha. Tudo na casa deles era confortável, acolhedor. 

 - E não é que coube em você? - Ela fala surpresa com o pijama. - Vão escolhendo o filme, vou pegar o suco. 

 - Meu suco favorito é de uva. Qual é o seu? - Ele me pergunta enquanto começa a mexer no controle, para passas as opções de filme pro lado. 

 - Maracujá. - Ele faz uma careta. 

 - Igual o da mamãe. - Eu sabia disso, apenas sorrio. - Qual você quer? Tio Noah comprou alguns para mim. - Matt fala, enquanto alguns lançamentos passa como opção. 

 Mas eu não gostava tanto de filme recente e queria passar o máximo de tempo que pudesse, então... 

 - Tem Guerra Infinita? - Os olhos de Matt brilham. Parece que compartilhávamos esse gosto. E eram mais de 3 horas de filme. 

 As vezes eu era um cara de pau. 

- Escolheram? - Aria pergunta, voltando da cozinha com a jarra e os copos. 

 - Guerra Infinita! - Pela sua expressão, não era a primeira vez que assistiam esse filme. 

 - De novo? Mas tudo bem, coloque ai. - Matt se posiciona no assento do meio do sofá e eu fico do seu lado, Aria coloca uma bacia de pipoca em seu colo e senta do outro. 

 Matt era um falador. Não conseguia passar dez minutos do filme sem comentar sobre algo e eu estava adorando. Era como assistir aquele filme que eu já tinha visto várias vezes, pela primeira vez. 

 Quando se passam 15 minutos do filme em silêncio eu estranho e penso em eu mesmo comentar algo, mas seu corpo mole recosta no meu e eu demoro para perceber que ele dormiu. 

 - É sempre assim. - Aria fala, como se fosse rotina. - Ele fala, fala, fala e fala mais um pouco, ai cansa e dorme. - Sorrio e penso em ajudar quando ela levanta para ir guardar as coisas, mas estava com medo de se mexer e ele acordar. 

 - Você consegue levar ele ou quer eu pegue? - Murmuro que consigo mas depois de cinco minutos sem se mexer, percebo que não. 

 - Eu estou com medo dele acordar. - Confesso quando ela volta da cozinha, depois de levar tudo. Aria ri. 

 - Boa sorte com isso. Se você acha que você dorme que nem pedra, é porque não conheceu seu filho. - Ele fala e pega Matt com delicadeza e que continua como se nada tivesse o movimentado e até acaba roncando. Com isso eu dou risada. 

 - Só herdou as coisas boas de mim. - Aria rola os olhos, arrumando ele em seu colo e seguindo para a escada. A sigo, porque não sabia bem o que poderia fazer ali. 

 Ajudo tirando a coberta de cima do colchão e ela coloca ele ali, o cubro e era como se nunca o tivéssemos tirado do sofá, pela sua calma. 

 - Agora ele só acorda amanhã depois das dez. - Definitivamente, meu filho. 

 Acabamos descendo e percebo que agora era a hora que eu tinha que embora. Por mais que eu soubesse que era o que tinha que fazer, eu não queria. Queria ficar perto de Matt, mesmo com ele dormindo. 

 - Matthew mencionou alguns álbuns de foto... - Jogo um verde e ela suspira. 

 - Ele mencionou, não foi? - Aria dá de ombros. - Estou surpresa dele ainda não ter conseguido falar tudo. Você quer ver? - Na verdade, eu não queria ir embora. E ali estava uma ótima desculpa. 

 - Sim, eu quero.