Capítulo 27: Jantar - Parte Dois.

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Boa Leitura, xoxo

 Z A Y N

Vou abrir a porta com as mãos suando, quando faço, as duas pessoas que eu já considerei serem meus segundos pais um dia estavam lá, sorridentes e com uma garrafa de vinho na mão, igual seu filho mais velho. 

 - Oh, meu deus, como você está magro! - Rio, não sei se de surpresa ou choque, quando Dianna me abraça e começa a me medir de cima a baixo. - E olha o tanto de tatuagens novas! Você parece estar até maior! - Finalmente alguém que não achava que eu estava mais baixo.

 - Mulher, deixe ele respirar. - Robin fala pra esposa e eu sorrio. Okay, aquilo estava sendo ainda melhor do que eu imaginei que seria. - Oi, filho, como vai? - Retribuo seu abraço, murmurando um: 

 - Estou bem e vocês? - Ainda estava estático pela hospitalidade e carinho. Não sei porque, mas imaginava que eles deveriam estar bravos. Ou no mínimo chateados. 

 - Estamos bem, querido. Seus pais já chegaram? - Concordo e pela primeira vez na noite vejo preocupação no rosto deles. 

 - Yaser tá puto? - Rio pela pergunta. 

 - Deve estar com você. - Brinco, mas acho que meu pai estaria sim mais bravo com o amigo de longa data que o "abandonou" do que com Aria. 

 - Eu imaginei que estaria, isso aqui é pra ele. - Rob mostra a bebida não alcoólica preferida do meu pai. Da nossa família, meu pai era o único que seguia rigidamente a religião muçulmana, sendo assim, não consumindo álcool. 

 - Boa sorte. - Desejo e ele bate no meu ombro antes de seguir a direção que eu mandei. 

 - Já se resolveram? - Dianna pergunta pra mim e fico em dúvida do que em específico. 

 - O que? Eu e a sua filha? - Pergunto divertido e ela concorda. 

 - Eu nunca vi alguém tão teimosa, está te dando muita dor de cabeça? 

 - Estamos se dando bem, de vez em quando temos um desentendimento, mas nada demais. - Ela suspira, mas reconhece o olhar esperançoso no seu rosto e tenho que cortar isso. - Mas não se anime, tenho certeza que Aria prefere cortar fora a mão do que voltar comigo. 

 - Mas eu nem falei sobre isso. - Rolo os olhos divertido, como se eu não soubesse. 

 - Não precisou. 

  - Bem, resta esperar, certo? Agora vamos que eu tenho que me desculpar com a sua mãe. - E lá se vai outra rodada de choros, abraços, conversas e tudo o que podia se ter direito. Depois do jantar eu e Aria vamos pra cozinha, pegar a sobremesa. 

 - Está indo tudo melhor do que eu poderia imaginar. - Concordo com ela. Nem nos melhores cenários que se passaram pela minha cabeça isso acontecia. 

 No final da noite, nada demais acontece, todos se despedem, Matt muito mais a vontade com meus pais, todos tentando retomar a amizade, mesmo que os meus ainda estivem um pouco chateados - com razão - Noah e suas piadas impertinentes e tudo perfeitamente normal. Matthew tinha cochilado no meu sofá e ainda não tinha tido a coragem de acordar ele. 

 Vou encontrar Aria na cozinha e percebo seu rosto estar mais corado que o normal, quando ela me olha, reconheço o que aconteceu. 

 - Você está bêbeda? - Rio, surpreso. 

 - Que? Claro que não, eu não sou uma mãe irresponsá... vel. - Me divirto de novo quando sua língua enrola para conseguir terminar a resposta. 

 - A quanto tempo você não bebia? - Parecia ser uma pergunta difícil para se responder pela sua expressão. 

 - Eu não... sei? Muito tempo. Mas eu estou bem. - Ia ser uma noite longa. 

 - Você quer que eu te leve para a sua casa? - Ela ri.

 - Minha casa? Não é nossa agora que você quer morar lá? - Aria faz um sinal com a mão quando eu ia responder, como se não quisesse ouvir seja lá o que fosse. - Tanto faz, Malik, o que você quiser. Não é como se você escutasse as minhas decisões. - Rolo os olhos. 

 - Você sabe que não é assim. - Seus olhos faíscam pra mim. 

 - Ah, não, é? Tá bom, se você diz, eu não vou debater sobre isso. - Suspiro e falo o que seria mais fácil: dormir aqui. 

 - Matt basicamente já capotou, você pode tomar um banho e eu te empresto alguma roupa. - Ela concorda, levando o "eu não vou debater sobre isso" muito a sério. 

 Falo para ela me esperar ali, enquanto isso vou até a sala e pego Matt no colo, ele resmunga durante o sono, mas não acorda. Eu ainda não tinha mobiliado a casa completamente, então dos cinco quarto de visitas, eu só tinha um com uma cama que caberia Matt confortavelmente, mas mais que isso não. Pelo visto, eu dormiria no sofá hoje. 

 Desço e rio ao encontrar Aria com outra taça de vinho na mão. 

 - Você está bebendo mais? - Ela se assusta, notando a minha presença. 

 - Eu estava procurando água. 

 - Então Jesus veio aqui e transformou ela em vinho pra você? - Aria ri, de verdade, e eu sorrio. 

 - Não, eu não achei e julguei que se eu já estava bebendo, o que custava mais um pouco? - Não era uma lógica ruim. Vou até a geladeira, dando de cara com as águas em garrafa. 

 - Você nem procurou. - Acuso e ela dá de ombros. Pego uma garrafinha e abro, a oferecendo e pegando o vinho da sua mão, virando a taça num gole. 

 - Ei! Você tomou o meu vinho. - Dou risada e nego com a cabeça. 

 - Não tomei não, você que acabou com a taça. Agora beba a sua água. - Surpreendentemente, ela me obedece. Caço algo doce na geladeira e pego o que sobrou da sobremesa, separando o mousse num potinho. 

 - Sinceramente, pra que um balcão tão alto? - Viro e encontro ela sentada ali, balançando as pernas. 

  - Provavelmente para ninguém sentar. - Comento divertido e ela dá de ombros, pego uma colher na gaveta e me aproximo. - Toma. - Ofereço o pote e ela me ignora. 

 - Não, mas serio, tipo, pra que você vai usar isso? Já que você não usa, tá vazio. - Resolvo fazer uma barganha. 

 - Se você comer, eu te respondo. - Ela suspira, mas abre a boca. Bem, não era exatamente isso que eu tinha em mente, mas serve. Levo o mousse até a sua boca e ela realmente espera que eu responda. 

 - Eu não sei pra que vou usar isso. - Aria me olha indignada. 

 - Eu comi pra ter essa resposta? - Consigo dar outra colher. 

 - Não, você comeu porque eu preciso de você sóbria antes de dormir, ou amanhã você terá uma ressaca dos infernos. - Parece que eu tenho um bom argumento, mas não o suficiente para ela comer sozinha. Como um pouco também e ficamos nessa por um tempo. 

 - Tá legal, a gente precisa achar uma utilidade pra isso. - Eu rio, porque ela estava falando sério. 

 - Coitado do pobre balcão, como sobreviverá sendo inútil? - Ela não percebe a minha ironia e quando terminamos o pote, ela pula de lá. 

 Okay, agora eu precisaria convencer ela a tomar banho e esquecer do balcão. Quando eu disse que ia ser uma longa noite, eu estava certo. 

*

 A treta não vai ser com os pais gente ksks eu consigo imaginar várias coisas para eles fazerem com esse balcão... Mas infelizmente, é mais pra frente ksks nos vemos amanhã, xoxo

Past - Zayn Malik.Onde histórias criam vida. Descubra agora