Capítulo 75: Fósforo.

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Boa Leitura, xoxo

Z A Y N

(Alguns Dias Depois)

 Andar de avião com Matthew estava simplesmente sendo a coisa mais engraçada do mundo. Eu estava com dó, claro, mas eu não conseguia segurar a gargalhada a cada vez que tinha alguma turbulência, ele perguntasse se a gente ia morrer e ficasse desesperado. Aria já tinha me repreendido tantas vezes, mas eu simplesmente não conseguia não rir. 

 Para proteger todo o segredo e ainda não vazar nada, a agência tinha providenciado um jato particular, então não tivemos que se preocupar com qualquer coisa disso, mas eu estava realmente precisando ir no banheiro pra rir. 

 - Zayn! Para de rir do bichinho!... Está tudo bem amor, ninguém vai morrer. - Matt fechava os olhos e grudava as mãos na cadeira por qualquer solavanco, eu estava me sentindo tão mal, mas eu não conseguia. 

  Me fez lembrar a primeira vez que eu tinha andado num avião. Tinha sido do mesmo jeito. 

 - A primeira vez que eu andei de avião, Matt, o seu padrinho, Louis, me falou que ele ia fazer loops no ar, virando de cabeça pra baixo e.... - Os olhos dele se abrem assustados. 

 - Vai acontecer?!

 - Não, só vai continuar tremendo. É a mesma coisa dos vários brinquedos que você nos parques, não precisa ter medo do avião. A decolagem e a aterrissagem se parecem com o barco viking. - Ele parece mais relaxado e eu consigo me sentir melhor comigo mesmo depois de ter passado os últimos minutos rindo descontrolavelmente do meu filho. 

 - Okay, tudo bem... 

 - Mas se cair... 

 - Zayn! - Aria me interrompe e eu rio. 

 - O que não vai, mas se, tem coletes e um monte de coisa. Morrer ninguém vai. - Não conto pra ele que estávamos atravessando o oceano e provavelmente se caíssemos não íamos morrer pela queda, mas que também não teríamos tanto tempo de vida boiando no meio do nada. 

 O que não iria acontecer, então ele não precisava saber. 

 - Que tal você dormir um pouco Matt? - Aria pergunta e começa a contar um remédio num potinho. Fico confuso. 

 - Você vai dar calmante pra ele? - Ela me olha como se eu tivesse um parafuso a menos na cabeça.

 - Não, é Dramin. Ele enjoa. - Matt toma como se já estivesse acostumado com o gosto, mas eu não lembro dele enjoando no carro, até pensar que ela deveria dar antes e eu nunca vi. - Mas é tão forte quanto remédio pra dormir.

 Ela murmura e fico preocupado, mas sei que não deve ser nada demais. 

 - Você é uma pessoa má, Malik. - Aria fala, divertida, quando Matt já está dormindo no assento entre nós dois. 

 - Eu sinto tanto. Mas estava tão engraçado. - Só de lembrar eu queria rir de novo. 

 - Espero que se sinta mal pro resto da sua vida. - Eu tinha certeza que não sentiria e iria rir de novo se acontecesse. 

 *

 Chegamos e seja lá o que tinha naquele remédio pra enjoo, era forte que só o cacete, já que mesmo quando Matt acordou, ele ainda estava meio sonolento. Mas depois eu pensei que fosse só a preguiça de família mesmo e achei mais viável. Ao chegar no aeroporto, um carro já estava nos esperando na pista de pouso, a prioridade era colocar Matt dentro do carro sem ninguém o ver e foi o que fizemos. 

  Mesmo com isso, vi uns flashes na nossa direção, mesmo que o zoom fosse muito bom, não sabia o que eles conseguiram pegar, mas não importava tanto. A entrevista era depois de amanhã e já tinha sido anunciada, ou seja, hoje ou amanhã eu postaria uma única foto com Matt que seria o mínimo do registro que o mundo teria dele por um bom tempo. 

 Conheço o motorista dos tempos da banda, então sabia que ele era confiável, já que ele sabia da Aria na época e olha como estamos hoje. 

 - Um filho? - Rio quando Clarke pergunta. Éramos basicamente amigos, mesmo que não tivemos tanto contato mais. 

 - Lindo, não é? Pode falar, de todos, o meu é mais. - Clarke ri e com uma última olhada e sorriso em direção a Matt, que aproveitou pra dormir mais no colo da mãe, começando a dirigir. 

 - Não conte pros outros que eu confirmei isso. - O fuso horário já estava fazendo efeito, então Aria acorda Matt para ele poder dormir de noite e ele acorda levemente mal humorado. Eu nunca precisaria fazer um teste de DNA sobre ele. 

  - Já estamos chegando? - Ele pergunta, agora acordado e sentado, olhando pela janela.

 - Ainda falta um pouquinho, carinha. - Respondo olhando também a paisagem que tinha se tornado familiar ao longo dos anos. 

 - Mamãe, a gente pode jantar sorvete? - Aria ri com a pergunta do nada, mas promete pelo menos ter pra sobremesa. 

 Tinha pedido para deixarem a casa limpa e despensa e geladeira cheia, dando folga para os empregos nos dias que iríamos ficar aqui. Tinha feito a mesma coisa a fazenda, conseguindo convencer Aria a irmos passar uns dias nem que fossem só dois lá. A entrevista estava me deixando ansioso, mas essa outra viagem bem mais, pois estava planejando propor lá. Veria até se Matt me daria uma ajudinha ou o que. 

 - Wow! - Acho que eu quase tenho um treco com Matthew se apoia nas janelas que iam de cima a baixo no chão e eram no segundo andar. Eu sabia que elas não iria se soltar e cair pelo peso de uma criança, mas prefiro não arriscar. 

 - Não apoie na janela, Matt. Pode ver, mas sem apoiar. - Ele concorda comigo e continua observando os carros e coisas passarem lá embaixo. 

 Uma coisa legal da minha casa e que eu mal tinha usado a última vez que estive aqui, é que ela também funcionava quase inteira por comando de voz. Era como ter uma Alexa de casa.

 - Olhe, Matt. - Dou um comando de acender a luz e ele arregala os olhos. 

 - A gente tá dentro de um robô? - Poderia dizer que sim. 

 - Legal, né? - Um pouco assustador as vezes também, mas legal. 

 *

 Horas mais tarde, depois de termos todos tomado banho, comido e feito tudo o que tinha pra fazer, ligo pra Louis. 

 - Não consegue viver sem mim, né, pela saco? - E ele não conseguia atender um telefonema com "alô". 

 - Sim, sim. Só conferindo, depois de amanhã, você pode ficar com o Matt? 

 - Harry está basicamente preparando a casa como se fossemos adota-lo, não passar um dia. Mas sim, tudo certo. Você pode trazer ele ou eu busco, o que ficar melhor. - Concordamos em ele vir pegar o Matt e depois de combinar alguns horários, estávamos resolvidos. 

 - Me marca na foto com o Matt. - Fico confuso. 

 - Pra quê, anão? 

 - Anão teu cu. Para eu comentar embaixo "orgulho do dindo" ou algo brega assim, para todo mundo saber que o afilhado é meu. - Faço uma careta. 

 - Credo, Louis. Não. Vai caçar o que fazer. 

 - Eu vou comentar com ou sem a marcação. - Eu sabia que ele faria, então só rio e depois de mais uns xingamentos, desligamos. 

 Acho que o fandom teria um dos maiores surtos desde sei lá, o aniversário de 10 anos da banda? Iria jogar o álcool, riscar o fósforo e sumir até o dia da entrevista. Iria ser algo lindo. 

Past - Zayn Malik.Onde histórias criam vida. Descubra agora