Boa Leitura, xoxo
Z A Y N
(Alguns Dias Depois)
Andar de avião com Matthew estava simplesmente sendo a coisa mais engraçada do mundo. Eu estava com dó, claro, mas eu não conseguia segurar a gargalhada a cada vez que tinha alguma turbulência, ele perguntasse se a gente ia morrer e ficasse desesperado. Aria já tinha me repreendido tantas vezes, mas eu simplesmente não conseguia não rir.
Para proteger todo o segredo e ainda não vazar nada, a agência tinha providenciado um jato particular, então não tivemos que se preocupar com qualquer coisa disso, mas eu estava realmente precisando ir no banheiro pra rir.
- Zayn! Para de rir do bichinho!... Está tudo bem amor, ninguém vai morrer. - Matt fechava os olhos e grudava as mãos na cadeira por qualquer solavanco, eu estava me sentindo tão mal, mas eu não conseguia.
Me fez lembrar a primeira vez que eu tinha andado num avião. Tinha sido do mesmo jeito.
- A primeira vez que eu andei de avião, Matt, o seu padrinho, Louis, me falou que ele ia fazer loops no ar, virando de cabeça pra baixo e.... - Os olhos dele se abrem assustados.
- Vai acontecer?!
- Não, só vai continuar tremendo. É a mesma coisa dos vários brinquedos que você nos parques, não precisa ter medo do avião. A decolagem e a aterrissagem se parecem com o barco viking. - Ele parece mais relaxado e eu consigo me sentir melhor comigo mesmo depois de ter passado os últimos minutos rindo descontrolavelmente do meu filho.
- Okay, tudo bem...
- Mas se cair...
- Zayn! - Aria me interrompe e eu rio.
- O que não vai, mas se, tem coletes e um monte de coisa. Morrer ninguém vai. - Não conto pra ele que estávamos atravessando o oceano e provavelmente se caíssemos não íamos morrer pela queda, mas que também não teríamos tanto tempo de vida boiando no meio do nada.
O que não iria acontecer, então ele não precisava saber.
- Que tal você dormir um pouco Matt? - Aria pergunta e começa a contar um remédio num potinho. Fico confuso.
- Você vai dar calmante pra ele? - Ela me olha como se eu tivesse um parafuso a menos na cabeça.
- Não, é Dramin. Ele enjoa. - Matt toma como se já estivesse acostumado com o gosto, mas eu não lembro dele enjoando no carro, até pensar que ela deveria dar antes e eu nunca vi. - Mas é tão forte quanto remédio pra dormir.
Ela murmura e fico preocupado, mas sei que não deve ser nada demais.
- Você é uma pessoa má, Malik. - Aria fala, divertida, quando Matt já está dormindo no assento entre nós dois.
- Eu sinto tanto. Mas estava tão engraçado. - Só de lembrar eu queria rir de novo.
- Espero que se sinta mal pro resto da sua vida. - Eu tinha certeza que não sentiria e iria rir de novo se acontecesse.
*
Chegamos e seja lá o que tinha naquele remédio pra enjoo, era forte que só o cacete, já que mesmo quando Matt acordou, ele ainda estava meio sonolento. Mas depois eu pensei que fosse só a preguiça de família mesmo e achei mais viável. Ao chegar no aeroporto, um carro já estava nos esperando na pista de pouso, a prioridade era colocar Matt dentro do carro sem ninguém o ver e foi o que fizemos.
Mesmo com isso, vi uns flashes na nossa direção, mesmo que o zoom fosse muito bom, não sabia o que eles conseguiram pegar, mas não importava tanto. A entrevista era depois de amanhã e já tinha sido anunciada, ou seja, hoje ou amanhã eu postaria uma única foto com Matt que seria o mínimo do registro que o mundo teria dele por um bom tempo.
Conheço o motorista dos tempos da banda, então sabia que ele era confiável, já que ele sabia da Aria na época e olha como estamos hoje.
- Um filho? - Rio quando Clarke pergunta. Éramos basicamente amigos, mesmo que não tivemos tanto contato mais.
- Lindo, não é? Pode falar, de todos, o meu é mais. - Clarke ri e com uma última olhada e sorriso em direção a Matt, que aproveitou pra dormir mais no colo da mãe, começando a dirigir.
- Não conte pros outros que eu confirmei isso. - O fuso horário já estava fazendo efeito, então Aria acorda Matt para ele poder dormir de noite e ele acorda levemente mal humorado. Eu nunca precisaria fazer um teste de DNA sobre ele.
- Já estamos chegando? - Ele pergunta, agora acordado e sentado, olhando pela janela.
- Ainda falta um pouquinho, carinha. - Respondo olhando também a paisagem que tinha se tornado familiar ao longo dos anos.
- Mamãe, a gente pode jantar sorvete? - Aria ri com a pergunta do nada, mas promete pelo menos ter pra sobremesa.
Tinha pedido para deixarem a casa limpa e despensa e geladeira cheia, dando folga para os empregos nos dias que iríamos ficar aqui. Tinha feito a mesma coisa a fazenda, conseguindo convencer Aria a irmos passar uns dias nem que fossem só dois lá. A entrevista estava me deixando ansioso, mas essa outra viagem bem mais, pois estava planejando propor lá. Veria até se Matt me daria uma ajudinha ou o que.
- Wow! - Acho que eu quase tenho um treco com Matthew se apoia nas janelas que iam de cima a baixo no chão e eram no segundo andar. Eu sabia que elas não iria se soltar e cair pelo peso de uma criança, mas prefiro não arriscar.
- Não apoie na janela, Matt. Pode ver, mas sem apoiar. - Ele concorda comigo e continua observando os carros e coisas passarem lá embaixo.
Uma coisa legal da minha casa e que eu mal tinha usado a última vez que estive aqui, é que ela também funcionava quase inteira por comando de voz. Era como ter uma Alexa de casa.
- Olhe, Matt. - Dou um comando de acender a luz e ele arregala os olhos.
- A gente tá dentro de um robô? - Poderia dizer que sim.
- Legal, né? - Um pouco assustador as vezes também, mas legal.
*
Horas mais tarde, depois de termos todos tomado banho, comido e feito tudo o que tinha pra fazer, ligo pra Louis.
- Não consegue viver sem mim, né, pela saco? - E ele não conseguia atender um telefonema com "alô".
- Sim, sim. Só conferindo, depois de amanhã, você pode ficar com o Matt?
- Harry está basicamente preparando a casa como se fossemos adota-lo, não passar um dia. Mas sim, tudo certo. Você pode trazer ele ou eu busco, o que ficar melhor. - Concordamos em ele vir pegar o Matt e depois de combinar alguns horários, estávamos resolvidos.
- Me marca na foto com o Matt. - Fico confuso.
- Pra quê, anão?
- Anão teu cu. Para eu comentar embaixo "orgulho do dindo" ou algo brega assim, para todo mundo saber que o afilhado é meu. - Faço uma careta.
- Credo, Louis. Não. Vai caçar o que fazer.
- Eu vou comentar com ou sem a marcação. - Eu sabia que ele faria, então só rio e depois de mais uns xingamentos, desligamos.
Acho que o fandom teria um dos maiores surtos desde sei lá, o aniversário de 10 anos da banda? Iria jogar o álcool, riscar o fósforo e sumir até o dia da entrevista. Iria ser algo lindo.
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Past - Zayn Malik.
FanfictionUma simples decisão de sim ou não, isso ou aquilo e até mesmo coisas que parecem insignificantes, como brincar com uma criança num parquinho, pode girar sua realidade de ponta cabeça. Essa ação, foi exatamente, o que mudou a vida de Aria completamen...