Capítulo 40: Vida Amorosa.

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Espero que gostem desse, 

Boa Leitura, xoxo

Z A Y N

Depois que desligamos, assistimos um pouco até dar a hora de Matt ir dormir. Enquanto Aria fazia isso, percebo uma mensagem da minha gestão. Faço uma careta pro "ligue assim que der", mas obedeço.

- E aí, big boss? - Leroy atende. Eu não sabia muito bem o que ele era, acho que era assistente do escritório ou secretário, só sei que eu falava mais com ele do que qualquer um daquela empresa. Ele sempre passava os recados e eu tinha que dizer que realmente preferia falar com um jovem de 21 anos do que com os outros caras chatos que só sabiam reclamar e mandar na minha vida.

Me senti um adolescente agora falando dos pais.

- Oi, Leroy. - Cumprimento de volta. - Por que me pediram pra ligar? - Confesso que estava apreensivo. Tinham descoberto algo? Não tinha visto ninguém falando sobre nada.

- O de sempre, primeiro de tudo, tá vivo? - Rolo os olhos.

- Não, Leroy, isso é uma gravação da minha voz, agora eu jazo morto enquanto você escuta isso. - Ele ri.

- Calma, calma. Só estou fazendo o que me mandaram fazer e tinha "checar se ele está" vivo na lista. Você não dá notícia a meses. - Suspiro, era verdade.

- Então sim, estou vivo. - Escuto o barulho dele digitando do outro lado, antes de falar de novo.

- Tá certo. Pretende voltar quando? - Aperto o nariz com a ponta dos dedos.

- Eu tenho que voltar quando? - Era uma intimação. Nunca era um "você está bem?" e só. Era sempre um "você está bem? que bom, agora venha fazer tal coisa".

- Bem, o evento eu já te mandei, está marcado na sua agenda. Não perdendo isso... - De novo, teclado. - Ah, sim, a gestão da Gigi te convidou para o lançamento da nova linha de joias da joalheria dos Hadid. Vai ser próximo do evento, confirmo sua presença? - Suspiro.

- Próximo mais de uma semana? - Eu não ficaria tanto tempo nos Estados Unidos se até lá não tivesse conseguindo convencer a Aria ir comigo e levar o Matt. Como eu sabia que não aconteceria, estaria voltando o mais cedo que pudesse.

- Não, ainda não tem data anunciada, um ou dois dias antes ou depois. Está nessa base. - Concordo.

- Confirme minha presença. - Levaria um dos meninos comigo para ajudar na publicidade. Gigi tinha feito muito por mim nos últimos anos e tínhamos nos tornando bons amigos, no que eu pudesse lhe ajudar, estaria ajudando.

- Certo, certo. Próximo tópico, vejamos... - Tec tec tec tec. - Quando você voltar pra Los Angeles? Definitivo no caso, voltar a morar. 

- Não sei. - Dou a resposta sincera. Porém, não estaria indo se fosse pra ir sozinho e como não sabia quando ou se a Aria iria ceder sobre isso, estaria na dúvida.

- Okay, não é uma boa resposta, big boss. - Dou de ombros mesmo que ele não veja e Leroy pula pro próximo. - Seu contrato diz que você precisa lançar um álbum até no máximo metade do ano que vem. Como anda indo o processo criativo? - Era sempre assim, parecia muito uma consulta médica.

- Tenho dez músicas escritas até então, mais alguns meses e consigo mais. - Eu tinha bem mais de dez, mas sabia que só poderia lançar as que passassem pela sua aprovação e dentre as várias, julguei que só dez passariam.

- Legal. Tem um mês em mente? Temos que já começar a ver produtores, estúdios, marketing... Bem, você conhece o processo, já é um fóssil nessa indústria. - Que cara abusado. Adorava ele. Era o mais próximo der ser humano com emoções que tinha naquela empresa.

- Me dê mais quatro meses e estarei pronto pra começar a gravar. - Escuto ele anotando algo.

- Quatro meses que seja, então. Pretende lançar alguma coisa esse ano? - Penso.

- Ainda não decidi. - Dou de ombros.

- Tá certo, big boss. Acabamos por hoje. Tente não ser pego fazendo nada ilícito, não faça nada ilícito, fique bem e até a próxima entrevista que me botarem para fazer com você. - Rio e nos despedimos.

 Liam sempre me perguntou porque depois de tantos anos eu nunca tinha saído da empresa que ele considerava uma das piores disponíveis no mercado, mas a resposta sempre foi bem simples pra mim. Depois que eu e Aria terminamos, não tinha mais motivo de eu estar me importando com o controle na minha vida e nem eles tinham o que controlar. Eu andava na linha e eles me deixavam em paz.

 Agora, porém, as coisas tinham ganhando um novo cenário. Com Aria de volta e Matt agora na minha vida, eu não podia continuar ali. Ficaria até acabar o meu contrato porque de jeito nenhum eu quebraria ele e perderia os direitos das minhas músicas lançadas até então. Mas teria que estar preparado pro controle de danos quando essa notícia saísse.

Pra mídia, eu teria traído Gigi com a Aria e ainda teria tido um filho enquanto estávamos noivos. Sem contar o quanto me pintariam como um pai ausente. Eu provavelmente seria "cancelado". Suspiro só com o pensamento da dor de cabeça que isso vai ser. Já não iam muito com a minha cara desde com o meu relacionamento com a Perrie e a saída da banda, para a maioria das pessoas eu era o cara babaca sem coração, agora seria um pai babaca sem coração.

Rio sozinho imaginando o quanto de piada que vai ter sobre eu ter deixado meu filho pra ir comprar cigarro - ou no caso, maconha.

Porra, fazia tempo que eu não fumava um. Eu ainda podia? Ou pais não faziam isso? Fico na duvida mas depois lembro de Louis e Liam. Os caras eram duas chiminés.

Escuto os passos vindo do andar de cima e julgo que Matt dormiu. Vou pra cozinha e pego leite e chocolate. Viver com Matt tinha me tornado isso, um cara que tomava achocolatado as 22:00 da noite. Eu estava amando.

Mexendo minha caneca, começo a considerar agora as coisas com Aria. Tinha acabado de arrumar as coisas da minha vida profissional, estava na hora de fazer o mesmo com a amorosa.


Past - Zayn Malik.Onde histórias criam vida. Descubra agora