Não gosto tanto desse pq ele é um cap de transição, mas vai ficar melhor mais pra frente kks espero que gostemBoa Leitura, xoxo
Z A Y N
Acordo sem saber muito bem o que da noite anterior tinha sido real e o que não. Meu raciocínio ainda estava lento, não processando que eu estava acordado, até eu notar outro corpo na minha cama, de costas pra mim. Todas as cenas que eu achei que poderiam ter sido de um sonho distantes vieram para mim.
Então, a gente conversou e eu não sei muito em que pé ficamos. Acho que resolvemos umas pontas soltas, mas tinha medo de ter nadado tanto pra morrer na praia. De novo. Com a esperança de não ser isso e ainda o lembrete que, tecnicamente, ela já tinha me aceitado morar na casa dela com os dois, considero isso uma vitória.
Penso em acordar ela, mas quando levanto o corpo para fazer isso, acabo rindo.
- Você está no twitter? - Aria toma um susto.
- Oh, porra, vai me assustar assim de manhã lá casa do ca... - Ela se interrompe, percebendo o caminho que estava tomando e sorri, falsamente. - Bom dia, Zayn.
- O bom humor matinal realmente reina. - Brinco. - Bom dia, Aria. - Ficamos meio que sem saber o que falar ou fazer agora.
- Eu vou... - Indico o banheiro e ela concorda, porém antes que eu possa levantar, a porta é aberta.
- Cadê a minha... mãe! - A pergunta se transforma numa exclamação quando Matt acha Aria e então seu olhar vira pra mim, quase bravo. - Por que eu não dormi aqui também?
- Dá próxima vez que formos dormir na casa do seu pai, Matt, você dorme com a gente. - Eu fico surpreso por ele aceitar essa resposta, então se arrastar para a cama.
- Estou com fome. - Também estava. Levanto falando que faria o café da manhã, os dois apenas fazem um aceno positivo com a mão pra mim.
- Aria, pergunta. - Chamo ela pro canto e Matt fica jogando em seu celular, alheio a gente. - Já podemos falar pra ele? - Ela franze o cenho.
- Falar pra ele o quê? - Ela pergunta e por realmente parecer confusa, respondo.
- Que eu vou morar com vocês. - Vejo o choque passar pelo seu rosto, como se ela não tivesse assimilado isso antes.
- Mas já? Você tem certeza? - Não era bem eu que tinha que ter certeza, mas concordo.
- Mais pra frente? - Eu queria me mudar amanhã e acho que ela consegue ler isso. - Tá bom, a gente fala depois do café. - Sabendo que esse era o máximo que eu conseguiria, concordo.
*
A R I A
Eu não sabia mais como tratar o Zayn. Antes era fácil, eu tinha uma bolha de raiva e mágoa pra me defender, sem ela era tudo muito exposto. Tento não pensar nisso e concentrar em outras coisas, como a ideia maluca dele ir morar na nossa casa. Teria que falar com Matt sobre isso e era outra coisa que eu não sabia como fazer.
Na teoria, era fácil. Na prática, nem tanto.
Tecnicamente eu só teria que falar "então, Matt, seu pai vai vim morar com a gente" e ele aceitaria de boa, já que gostava de Zayn. O problema era que quando eu falasse ia se tornar real e eu não sabia se realmente estava pronta pra isso.
- Azul ou preto? - Olho pro que Matt está apontando no IPad que Zayn deve ter entregado pra ele algum momento e não percebi. Ele estava colorindo algum desenho que parecia muito com uma baleia.
- Se isso for uma orca, preto. - Matt fica confuso. Estávamos sentados nos banquinhos da bancada enquanto Zayn se movia pra lá e pra cá fazendo coisas pro café da manhã, murmurando alguma letra de música baixa que eu não reconheci de quem poderia ser.
- Como eu sei que é uma orca, mamãe? - Rio, era uma boa pergunta. Tiro o zoom do desenho e aponto pra ele as marcas da baleia assassina.
- É uma orca. Você sabia que as baleias assassinas não são baleias e sim golfinhos? - Na verdade, era da família dos golfinhos, mas para uma criança, isso era quase a mesma coisa. Ele arregala os olhos pra mim, parecendo muito surpreso com essa informação.
- E por que não se chamam golfinhos assassinos? - Zayn ri com a pergunta, estando de costas pra gente e mexendo no fogão.
- Acho que não tem o mesmo efeito. Baleia dá mais medo. - Dou de ombros e Matt não parece satisfeito, mas volta a atenção pro seu desenho.
- Pronto, terminei. - Zayn anuncia, colocando pelo menos cinco opções diferentes na nossa frente.
- Mas nem se a gente fosse em seis conseguiria comer tudo isso. - A pilha de panquecas era imensa.
- Noah pegou o péssimo hábito de vir tomar café aqui em casa, ficará super desapontado quando eu não estiver mais morando aqui mais. - Zayn percebe o que falou ao mesmo tempo que Matt assimila o que foi escutado.
- Então você vai embora? - Eu conhecia bem aquele tom, mais dois minutos e Matt estaria se debulhando em lágrimas.
- Não, Matt, ele vai sair dessa casa. - Acho que eu também não soube explicar porque ele começou a chorar.
Zayn me olha desesperado, como se não soubesse o que fazer nesse tipo de situação. Mas pensando agora, acho que ele não sabe mesmo.
- Matt, querido, respira. O que eu quis dizer é que ele vai ir morar com a gente. - Criança as vezes parecia que tinha um botão de chorar que ligava e desligava quando queria.
- Com a gente?! - Concordo e Zayn que ainda não parecia ter se recuperado do baque, também. Se toda vez que Matt chorasse ele ficasse pior que a criança, estávamos feitos.
- Sim.
- Quando? - Corto um pedaço da minha panqueca e passo na calda do lado do prato antes de responder.
- Quando ele quiser, acho. - Espero que tenha sido um tom de indiferença convincente.
- Você vai levar as suas coisas? - Nós rimos, percebendo que ele estava interessado nos brinquedos e não nos móveis.
- Sim, Matt, eu vou levar alguma das minhas coisas. Mas as outras vou deixar aqui até a gente decidir onde vai morar em definitivo. - Levanto uma sobrancelha mas Zayn não olha pra mim, continuando falando com Matt.
Como assim morar em definitivo? Não combinamos nada dessa história para ele estar falando com tanto convicção. Eu não pretendia deixar a minha casa. Teríamos mais um assunto pra conversar depois. Pelo menos uma coisa Zayn Malik era bom: me deixar com raiva minutos depois de eu ter superado a passada.
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Past - Zayn Malik.
FanfictionUma simples decisão de sim ou não, isso ou aquilo e até mesmo coisas que parecem insignificantes, como brincar com uma criança num parquinho, pode girar sua realidade de ponta cabeça. Essa ação, foi exatamente, o que mudou a vida de Aria completamen...