Espero que gostem, obrigada a quem está votando e comentando, amo vcs <3
Boa Leitura, xoxo
A R I A
Consegui ignorar o dia do jantar, até, literalmente, chegar o dia do jantar.
- Nós não vamos tocar naquele assunto nunca mais? - Zayn pergunta enquanto eu o ajudo a preparar a comida. Matt estava distraído na sala, com a TV ligada e brinquedos a sua volta.
- Que assunto? - Existiam vários assuntos que eu não queria tocar com Zayn nunca mais, restava saber qual ele estava falando.
- Sim, você colocando desse modo tem mais de um. - Ele ri, sem graça. - Mas especificamente de morar comigo.
- Não só de morar com você, como morar com você, eu gosto de lembrar dessa parte aqui, do outro lado do mundo. - Quando ele iria desistir disso?
- Um dos seus problemas foi a gente não se conhecer. - Era como voltar na noite que tivemos essa conversa tudo de novo. - Então eu pensei que realmente, se mudar pros EUA de primeira, não era a melhor ideia, mas e pra cá? A minha casa é maior, mas se preferir, eu me mudo pra sua.
- Eu preciso pensar, tudo bem? - Até ele fica surpreso quando eu não nego de cara, mas tinha percebido uma coisa: eu não ia conseguir vencer essa batalha com Zayn. Simplesmente não tinha como. Ele estava determinado a passar todas as horas possíveis na minha casa ou nos convencer a ficar na sua, eu estava vendo o dia que ele ia levar um saco de dormir pra dormir na minha varanda.
- Sim, claro. O tempo que quiser. Também não precisa esperar tanto, mas também sem pressão, e...
- Malik, respira. - Ele faz e sorri. Eu não sabia como lidar com Zayn, era uma montanha-russa de emoção, um dia eu queria mata-lo, outros dias, dava para conviver e outros, eu realmente gostava dele e me fazia sentir falta de anos atrás. - E eu também não estou prometendo que vou, só que vou pensar. - Zayn concorda, mas ele e eu sabemos que isso era quase um sim.
Acrescento:
- E provavelmente você que vai vim morar na minha casa, pra quando ver que isso não vai dar certo, você que vai ter que mudar. - Ele concorda e eu suspiro. Zayn estava de volta na minha vida a menos de 3 meses e já tinha conseguido revirar tudo de pernas pro ar, de novo.
- E, quando você ver que isso vai dar certo, teremos que mudar para ou Los Angeles ou uma casa maior. Em LA é a preferência, já que minha vida tá lá, mas isso a gente resolve com o tempo. - Rolo os olhos. Eu não duvidava nada que ele já estivesse planejando vender a casa daqui e qual quarto separar para Matt na casa nova.
- Falando nisso, mas não exatamente nisso, por que você voltou pra Bradford em primeiro lugar? - Zayn dá de ombros, cortando a cebola.
- Estava com saudade.
Z A Y N
- Mas pra vir pra morar? Não é a primeira vez que você vem pra Bradford, Malik, você visitou bastante seus pais nos últimos anos. - Dou de ombros, outra vez.
- Eu não disse que estava com saudade deles. - Antes que ela possa responder, a distraio, pedindo para pegar mais sal pra mim. - Falando em mudar, vocês tem um quarto de hospedes? Porque Matt deixou bem claro que ele fiscaliza quem dorme na sua cama. - Pergunto divertido e ela cora.
- Sim, Malik, a gente tem um quarto pra você. Mas pare de falar sobre isso como se eu já tivesse decidido. - Levanto uma sobrancelha. E ela não tinha?
- Tudo bem, amor, eu deixo você se enganar o tempo que você quiser para fingir estar pensando no que já decidiu. - Aria rola os olhos pra mim, resmungando que eu sou impossível e vai tirar o prato principal do forno.
- Eu estou com medo. - Eu imaginei que estava.
- Eu também estou. - Admito. - Seus pais, por mais que você fale que não, devem me odiar. E com razão.
- Porque os seus devem me amar. - Ela fica irônica e eu sorrio.
- Acho que eles ficaram chateados sim, Aria, muito até, mas Safaa está fazendo um bom trabalho pra você sendo advogada do diabo. - Ela me olha indignada.
- O diabo seria eu? - Dou de ombros, afirmando. Aria suspira. - Mas eu entendi, não duvido nada nada que Noah tenha feio o mesmo por você esses dias, meus pais aceitarem muito bem até.
- Então, vai dar tudo certo. - Tento confortar, mesmo que eu não estivesse 100% confiante sobre isso.
Não querendo pressionar outro assunto hoje, tendo em vista que eu já achei um grande progresso ter, pelo menos, conseguido convencer ela a considerar a ideia de me ter morando na sua casa, deixo o assunto "nosso término" para depois. Se quiséssemos realmente superar isso e conseguir seguir em frente de vez, estando tudo perdoado, uma hora ou outra teríamos que conversar sobre e não simplesmente fingir que não tenha existido.
- O que vocês pensaram esses anos todos que, basicamente, fugimos de vocês? - Ela pergunta com uma curiosidade genuína.
- O que achamos que seria o óbvio. - Rio, dando de ombros. - Você me odiava, minha família não acreditou que eu tinha simplesmente terminado, eles acharam que eu fiz mais alguma coisa para merecer tanto ódio e com o tempo, só aceitamos.
- É ótimo a confiança que eles tem um você. - Ela brinca.
- Aria, vocês nos evitavam como o demônio evita a cruz, no mínimo pensaram que eu te traí depois de ameaçar a sua família com uma arma. - Aria ri.
- Jesus. Outra coisa pra se desculpar.
- Era o que tinha que acontecer. - Murmuro.
- Tinha a opção ter te contado antes. - Ela suspira. - Mas eu realmente não sabia como. E nem queria também, estava magoada com você. E com medo, medo do que fariam com Matthew se descobrissem isso, a última coisa que eu precisava era que inventassem que ele era seu filho com a Gigi. - Eu teria rido da possibilidade maluca, se não soubesse do que essas pessoas eram capazes. - O que eu tô tentando dizer, é que eu não fiz isso por birra, sabe? Eu sei que a gente sempre volta nesse ponto, mas eu não posso deixar de me sentir culpada por esses anos que você e a sua família perdeu. - Paro de arrumar as coisas para poder a olhar.
- Eu entendo. Mesmo. - Falo e eu espero que tenha conseguido passar a verdade nas minhas palavras. Ela ia me responder, mas escutamos a campainha.
- Bem, agora é esperar que eles entendam também.
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Past - Zayn Malik.
FanfictionUma simples decisão de sim ou não, isso ou aquilo e até mesmo coisas que parecem insignificantes, como brincar com uma criança num parquinho, pode girar sua realidade de ponta cabeça. Essa ação, foi exatamente, o que mudou a vida de Aria completamen...