Esse tá fofo (eu pelo menos achei ksksk) espero que gostem
Boa Leitura, xoxo
A R I A
- Onde você vai dormir? - Pergunto, ainda não estando 100% okay, mas com todos os cuidados do Malik, também não estava mais tão alta igual antes.
- No sofá, acho. - Rolo os olhos, quase indignada.
- Você está na sua casa, Malik, se precisar eu durmo lá ou com Matt. - Ele nega.
- Pelo pouco que eu vi de Matthew dormindo, ele dorme igual um pirocóptero. - Zayn tinha um ponto, Matt rodava tanto que tinha dia que eu o encontrava de cabeça pra baixo na cama.
- Então eu durmo no sofá. - Ele nega, de novo.
- Não tem a história que temos que tratar bem as visitas?
- Caçar o que fazer você não quer. - Resmungo e ele ri. - Então dormimos os dois aqui. - Ele levanta uma sobrancelha.
- Tem certeza?
- Eu não vou te matar enquanto você está dormindo. - Prometo e ele finge alívio.
- Bem, já que é assim.
Uma hora se passa no escuro e eu não consigo dormir, muito consciente da presença de Zayn do meu lado. Agora que a sobriedade tinha voltado de vez, fiquei repassando a nossa conversa na cabeça. Não podia dizer que nossa, agora que conversamos toda a raiva e mágoa do meu corpo evaporaram, mas também não sentia a necessidade de alimenta-las como antes.
Eu entendi o ponto dele e acho que ele entendeu o meu, porém sua última frase ficou na minha cabeça. O que ele quis dizer com "não é por isso que devemos ficar nessa situação" ou algo assim? O que ele queria mudar? Ficar mais próximos? Mais amigos? Outra... coisa? Era tão estranho depois de tanto tempo sequer considerar Zayn estar na minha vida de novo como isso.
Eu não enganaria nem Matt se tentasse fingir que o tinha superado e esquecido, que se ele quisesse tentar algo de novo, eu negaria de cara. Eu poderia tentar, mas duvidaria que conseguisse. Era apaixonada nesse trouxa desde que tinha 10 anos, não é como se eu tivesse mudado agora. Só a mágoa que tinha conseguido embaçar o sentimento nesse tempo que ele voltou. Agora, conversados e com ele aqui, eu poderia finalmente admitir que estava com saudade dele. Eu estava. Era meu melhor amigo.
A falta que ele fez nesses anos, quando cenários aconteciam que eu o tinha imaginado junto comigo aconteciam, como o primeiro dia de aula de Matt ou qualquer outro que ele estava, eu tinha sentido sua falta.
E, porra, não ajudava nada ele ser um pai maravilhoso pra Matthew. Fazia menos de dois meses, mas eu sabia que Zayn iria continuar desse mesmo jeito pelo resto da vida de Matt. Claro que ele iria falhar, mas seria tão mais fácil continuar fingindo que odeio ele se ele me desse um motivo. Mas ele não tinha dado nenhum até agora, o que estava complicando minha vida.
Acho que era esse meu medo de perdoar Zayn. Perceber o quanto eu ainda o amava e sentia sua falta, mas ao mesmo tempo, estar magoada e receosa demais para tentar algo de novo. Mas se bem, que tudo isso poderia ser coisa da minha cabeça e ele só queria uma boa relação comigo para facilitar na criação de Matthew. Se fosse só isso, eu estava sendo tão trouxa. De novo.
E eu não podia pensar apenas no amanhã. Eu tinha que pensar no lá na frente. O que seria do nosso "relacionamento" pra mídia? Me recusava a passar por aquilo tudo de novo. Me recusava fazer Matt passar por aquilo. Por mais que ele fale que tem mais liberdade e eu acredite nisso, ainda tem o ponto de qual é o limite dela? Eu não vou saber explicar pra Matthew que publicamente ele não pode chamar seu pai de pai, ou responder aos colegas de quem ele é filho. E quando ele ficar mais velho? Talvez entenda, mas talvez também se sinta rejeitado.
Meu deus, eram tantas dúvidas e ainda não eram nem duas da manhã. Ainda teria uma longa madrugada, já que, graças ao café, eu não estava com um pingo de sono.
Viro de barriga pra cima e começo a pensar em qual seria o próximo tópico que eu discutiria sozinha na minha cabeça, passando quase uma lista imaginária de tantos problemas que tinham na minha vida no momento.
- Será que você vai dormir em algum momento ou pretende virar a noite? - Tomo um susto, o quarto estava escuro o suficiente para eu conseguir distinguir apenas a silhueta de Zayn deitado de lado na cama.
- Como você sabe que eu não estou dormindo?
- Eu sei porque você está falando comigo e por mais que você fale dormindo, não é tão coerente. - Sua voz era sonolenta, como se tivesse acordado de um cochilo.
- Mas você sabia antes de eu ter falado qualquer coisa.
- Você não respira desse jeito quando dorme. - Agora eu fico confusa.
- Você está dizendo que eu ronco? - Zayn ri, ainda parecendo estar fazendo um esforço enorme pra se manter acordado.
- Não, eu estou dizendo que sei como você respira quando está dormindo e não é desse jeito. - Semicerro os olhos, desconfiada, mesmo que ele não possa ver.
- Assustador, Malik, assustador. - Ele vira, agora ficando deitado pro lado.
- Observador, talvez. Assustador seria... sei lá, não sei o que seria assustador nesse caso. Você pode ir dormir agora? - Fico quase indignada.
- Eu estou te atrapalhando a dormir ficando acordada e quieta? - Ele solta um riso e demora pra me responder, por um momento acho que voltou a dormir.
- Está porque eu quase consigo ver a fumaça saindo da sua cabeça de tanto pensar, agora deita de lado e vai dormir. - Cruzo os braços sobre o peito, notando só agora que eu estava com a sua camisa. Péssima coisa pra se notar, agora eu estava hiper consciente do seu cheiro em mim e em volta e porra, era outra coisa que eu amava nele e estava ignorando até então.
- Eu posso muito bem dormir assim. - Quase o sinto revirar os olhos.
- Não, você não pode, agora não me obrigue a levantar e te colocar pra dormir. - Bem, eu não iria reclamar. Mas achando que isso era mais do que eu poderia aguentar, depois de tentas revelações comigo mesma, resolvo aceitar sua ameaça e viro pro lado, tentando dormir.
Quem sabe agora eu conseguiria.
*
Lembram da ideia da fic de descendentes? E se eu falar que já tenho 15 caps prontos? ksksk
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Past - Zayn Malik.
Fiksi PenggemarUma simples decisão de sim ou não, isso ou aquilo e até mesmo coisas que parecem insignificantes, como brincar com uma criança num parquinho, pode girar sua realidade de ponta cabeça. Essa ação, foi exatamente, o que mudou a vida de Aria completamen...