The Nanny

Nada me preparou para o privilégio que seria ser seu

Christopher Evans

As horas se passaram da pior forma possível. Amy, mãe da Lili, estava um pouco mais estável e Camila estava a ajudando a se manter bem, eu apenas estava sentado em uma das poltronas ao lado do Sebastian, eu levantava a cada segundo e pedia informações. Não tínhamos nada. Amy fazia o mesmo e Sebastian tentava a todo momento nos manter estáveis em garantir que as informações poderiam chegar em breve. Eu não conseguia piscar, eu sentia o vazio no meu peito e a sensação era como se o meu coração estivesse afundando em um abismo. O mesmo abismo. Eu posso perdê-la.

- Lili Pauline Reinhart - Um médico diz em voz alta ao se aproximar da recepção e nos levantamos no mesmo segundo.

- Minha filha. Sou Amy Reinhart! - Amy responde rapidamente e o médico se aproxima diretamente a nós.

- Sou o Doutor, Josh Brolin. A Senhorita Reinhart foi encaminhada diretamente para UTI para prosseguir com os próximos atendimentos - O médico diz baixo ao olhar para a pequena prancheta em suas mãos - Lili sofreu algumas fraturas. A principal é contusão pulmonar, um hematoma de um pulmão que causa sangramento e inchaço. Ela está respirando com ajuda de aparelhos! - Ele completa - Além de edema cerebral, o que pode deixar sequelas. Ou não. A Senhorita Reinhart é jovem e acreditamos na resistência, seu corpo respondeu muito pouco e volto a dizer... Ela só está respirando por conta dos aparelhos.

- É possível fazer uma transferência?! - Pergunto no mesmo segundo e o médico respira fundo.

- É seguro encaminhar para algum outro Hospital, desde que chegue uma equipe de apoio e especializada. É possível ocorrer um encaminhamento, caso preferirem! - O médico garante e eu balanço a cabeça assentindo - Preciso dos dados, convênio de assistência médica e uma segundo autorização.

- Eu vou ligar agora para o Hospital Central em seu nome! - Sebastian diz ao tocar o meu ombro e eu balanço a cabeça assentindo, eu precisava ter mais segurança em saber que a Lili deve ir para um dos Hospitais mais confináveis e seguros, eu não iria esperar por mais nenhum hora e saber que ela está se mantendo viva através de equipamentos. Não aqui.

- Christopher, eu... - Amy tenta dizer e eu balanço a cabeça levemente.

- Está tudo bem, Amy - Murmuro em resposta e o médico se afasta ao acompanhar o Sebastian até o balcão da recepção outra vez.

- Vai ficar tudo bem - Ela murmura e eu balanço a cabeça assentindo dessa vez.

- Eu estou de carro - Camila diz baixo e passa o braço pela Amy - Assim que eles confirmarem o encaminhamento da Lili, eu acompanho você. Vai ficar tudo bem sim, Amy.

Em poucos minutos Sebastian nos confirma, uma ambulância está sendo pronta e encaminhada até esse Hospital, eu olho para o meu amigo completamente agradecido. Conseguimos ver as coisas acontecendo de forma mais rápida e de uma forma que não nos deixa ainda mais perturbados. Amy está estável e Camila um pouco mais confiante. Eu não podia dizer o mesmo. Somente o Sebastian conseguia enxergar através da minha dor e preocupação. A ferida. A mesma ferida. Eu só não posso perder ela. A Lili não. Em mais algumas minutos tudo estava para ocorrer perfeitamente bem, uma equipe pequena e de assistência fez a transferência da Lili de forma segura, médicos que eu conheço é um Hospital ainda mais seguro. Eu precisava de esperança. Eu preciso lutar para que ela consiga respirar. Eu preciso lutar para que ela possa viver.