Na manhã de segunda-feira, eu já estava devidamente pronta para ir para a universidade e mais um dia de trabalho, Christopher estava terminando de se vestir e eu estava organizando minha bolsa, minhas coisas da universidade já estavam organizadas e alguns documentos do trabalho também. Eu não tinha o que reclamar do meu final de semana, foi perfeito, eu gostaria de já começar essa segunda-feira contando os dias para o próximo final de semana, mas ainda estava insegura e eu tinha que encarar uma conferência em Paris com a Senhora Washington.
- O que foi? - Pergunto ao Christopher assim que calço os meus saltos, ele estava me observando de forma séria e não sei ao certo descrever o seu olhar, ele balança a cabeça levemente negando, franzi o cenho e pego a minha bolsa na cama - Se ignorarmos a minha viagem, a nossa semana será ótima.
- Não estou pensando nisso - Ele responde com sinceridade ao arrumar a sua gravata e se aproxima de mim, me olha dos pés a cabeça de uma maneira singular, eu estava vestindo uma saia midi clara e justa com uma fenda, uma das minhas camisas de manga em um rosa claro e com detalhes.
- No que você está pensando? - Pergunto confusa e ele sorri de forma distraída, sem tirar os olhos de mim e eu acabo sorrindo por não entender.
- É diferente te olhar - Ele responde baixo e sua mão direita toca meu rosto, seus olhos azuis estão nos meus e eu sorrio mais, um pouco mais envergonhada dessa vez - Você está diferente. Linda, para ser mais específico e educado. Você está linda, Senhorita Reinhart.
- Obrigada. Eu acho! - Murmuro e ele sorri novamente, dessa vez depositando um beijo na minha boca e eu retribuo - Eu sinto que estou envelhecendo uns 10 anos para se tornar madura.
Christopher acaba rindo junto comigo, saímos do quarto e descemos as escadas, as crianças estavam se preparando para ir ao Colégio, Sharon estava ajudando a Elizabeth e os garotos ainda estavam se espreguiçando, Christopher olhava a cada segundo para o relógio no seu pulso e eu sabia que estava de alguma maneira com pressa. Fomos rapidamente para a cozinha, a Senhora Cooper estava alegremente servindo e preparando a mesa de café para as crianças.
- Bom dia, Senhor Evans - Ela diz educadamente e de uma forma gentil - Bom dia, Senhorita Reinhart.
Senhorita Reinhart? Eu era só a Lili. Aparentemente era estranho me ver aqui, como namorada do Senhor Evans.
- Bom dia, Senhora Cooper - Christopher respondeu e rapidamente se serviu com uma xícara de café ao colocar a sua maleta no balcão de mármore - Estou com um pouco mais de pressa, meu primeiro compromisso é uma reunião. Não irei comer nada.
- Bom dia, Senhora Cooper - Respondi em um sorriso e também estava sem fome, por isso me servi da mesma forma, somente com uma xícara de café e a Senhora Cooper balançou a cabeça assentindo, ela se afastou brevemente para sair pela segunda porta, a porta dos fundos e eu me virei para o Christopher - Você vai me levar até a universidade? - Franzi o cenho dando um gole no meu café - Estranho.
- Eu até pensaria - Christopher ergue uma sobrancelha e eu balanço a cabeça negando fazendo ele sorrir, ele da mais um gole no seu café e coloca as mãos no bolso - Uma das chaves de um dos meus carros, pode usar o Audi e assim você pode ir para o trabalho depois.
- Você vai confiar em mim dirigindo um dos seus carros? - Pergunto e ele franziu o cenho enquanto me passava a chave.
- Você tem habilitação, não é mesmo? - Ele pergunta e eu balanço a cabeça devagar assentindo.
- Sim - Respondi baixo - Mas... - Penso em dizer e Christopher ameaça pegar a chave de volta me fazendo rir enquanto fecho a minha mão com ela dentro - Você é um homem rico, deve estar no seguro.
- E você tem um seguro de vida? - Ele ergue a sobrancelha e eu reviro os olhos fazendo ele bufar.
- Bom dia - Escutamos a voz do Derek e eu me virei, ele entrou na cozinha completamente cansado e se sentou na mesa do café - Por que vocês estão sorrindo em uma manhã de segunda-feira? Eu odeio essa vida.
- Bom dia - Respondi rindo baixo e dando mais gole ao terminar o meu café - Crise existencial chega para todos os pré-adolescentes, relaxa garoto. Vai piorar. Eu também detesto acordar cedo, acho que estou me acostumando ou envelhecendo.
- Odiar essa vida? - Christopher murmura franzindo o cenho ao deixar sua xícara no balcão e se aproxima do Derek - Uma vida baseada em somente estudar e não fazer mais nada? Que difícil, ein - Derek revira os olhos e Christopher beija a sua cabeça - Horário integral hoje. Um bom dia, filho.
Derek suspirou cansado nos fazendo rir, nos despedimos rapidamente e conseguimos nos despedir do Bradley e da Elizabeth, fomos até a garagem e de uma forma muito insegura o Christopher se despediu de mim, o que me fez gargalhar ao entrar no seu carro e ao mesmo tempo entrar em pânico, eu não podia bater esse carro em nenhum poste, eu não podia atropelar nenhum pedestre, eu não podia morrer e no final do dia não arranhar a lataria desse carro caro. Eu nem teria como pagar.
A manhã na universidade foi tranquila apesar de estar nervosa com os próximos trabalhos e enfrentar uma apresentação, o nosso grupo por mulheres foi composto por mais um integrante, Brandon Bell, um cara de 29 anos e aparentemente legal. Agora estávamos em 4 pessoas e poderíamos fazer as próximas atividades, a partir das orientações dos professores e nos próximos dias já estaremos partindo de audiências públicas, os nossos casos que trabalhamos de forma individual foram aprovados e eu estava ansiosa para os próximos passos.
No trabalho, eu literalmente estava tentando fugir da presença do Charlie mas eu nem sempre tive sucesso. Acabamos almoçando juntos em um dos nossos horários e estávamos com outros funcionários, então não foi lá tão perigoso assim. O olhar do Weber mudou, ou continuava o mesmo, eu não sei mais qual a diferença, Christopher acabou me deixando insegura ao comentar sobre a desconfiança com o Charlie Weber. Ele ainda continuava com o jeito sedutor, era do seu comportamento, a forma como ele se expressava e não poupava nenhum olhar malicioso, eu me esquivava e trabalhei literalmente ao lado da Senhora Washington para que na presença dela não acontecesse nenhuma violação, e assim funcionou.
Eu não sei o que esperar da conferência em Paris, eu só espero poder ir e trabalhar, ficar bem e que nada aconteça. Caso contrário, eu vou me ferrar. Eu estarei sozinha. E, eu não poderia negar essa viagem e preciso permanecer no meu trabalho, é um objetivo e conquista, eu preciso pensar no meu profissionalismo e assim conseguir vivenciar isso de uma forma saudável. Eu irei a essa conferência.
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The Nanny
FanfictionUma babá e três crianças, além de um único desejo. Lili Reinhart precisa de um emprego, acaba surgindo a oportunidade de única vaga como babá para uma família rica e complicada. Uma jovem garota que precisava se tornar uma excelente babá, mas não im...