Acordo assustada ouvindo alguém gritar meu nome, como se não houvesse um amanhã. Olho para o chão e vejo meu celular tocar, no visor o nome de minha cunhada. -merda, ela está me chamando - prendo meus cabelos rapidamente, de qualquer forma. Me levanto correndo, mesmo morrendo de sono ainda. Não faço ideia do horário, acho que ainda é cedo. Ela leu a mensagem e ficou preocupada.
A porta da sala estará destrancada, não sei se passou a noite assim ou Felipe foi trabalhar. Impossível de acreditar que esse ser sem neurônios foi trabalhar mesmo com o braço ferrado. Essa história sobre olho no gado é real, só pode. Não sei como funciona mas eu ouvi quando um dos homens disse através do rádio, que ele poderia descansar. Talvez ele não quisesse estar perto de mim. Que se dane.
Abro o portão e vejo Ana com um short e a parte de cima de um biquíni. Até ontem o frio estava presente, mas hoje o sol resolveu aparecer mas acho que não tanto para adquirir uma marquinha - se esta for a intenção dela - nunca se sabe, talvez ela só goste de andar assim.
- Bom dia. Entra - Digo sonolenta.
- Vim mais cedo, chamei você não atendeu. Voltei agora.
- Desculpe. Ultimamente o que mais tenho é preguiça. - Explico enquanto entro.
Ana observa toda a casa e caminha em direção ao sofá, onde se senta sem delongas.
- Vi sua mensagem, pensei que Felipe tinha feito alguma coisa. Ele fez?
Indaga, eu nego rápido.
- Ana, eu tô grávida. - Confesso.
Ela respira fundo, prende o ar por alguns segundos e solta vagarosamente.
- Pensei que isto poderia acontecer. - Murmura fitando o chão. Como se eu não estivesse no local.
- Como assim?
- Ele sabe? - Indaga ignorando minha pergunta.
- Não. Ontem eu joguei algumas indiretas e ele deixou claro que detesta crianças.
Fito o chão sentindo numa pontada no peito.
- É, não posso negar. Felipe não gosta de crianças. Você não pode ter esse filho se quiser ficar com meu irmão.
Franzo meu cenho um pouco indignada com sua resposta.
- Ah, não? E o que vocês sugerem? Um aborto? - Pergunto irônica.
- É, um aborto. Eu já fiz - Confessa receiosa - não é tão complicado.
- Sabe o que? Seu irmão não é o paradigma da minha vida. Não sou capaz de fazer isto apenas para ficar com ele. - Digo irritada.
- Calma, Mariana. Eu só não entendo, você quer minha ajuda em que?
Me sento ao sofá, um pouco atordoada. Fito o pequeno relógio relógio na parede. Duas da tarde. Simplesmente não consigo acreditar que dormi tudo isso.
- Eu não sei. Confesso que estava esperando outra resposta vinda de você.
- Olha, eu posso falar com ele. Se você quiser, é claro.
- Não isso é assunto meu e dele - Ana pega seu celular - mas agradeço.
- Ele mandou mensagem. Pediu para eu ir até a Bica
- Onde é isso? Fazer o que?
- Uma das bocas. Não sei - Diz sorrindo. - Quer que eu faça algo?
- Não. Está tudo bem.
Ana se levanta e faço o mesmo.
- Então eu vou lá.
- Certo. Daqui a pouco eu passo na sua casa para ver sua mãe.
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CDC - Concluída.
Dla nastolatkówHomem rude, mente fechada, usuário de cocaína e com a mente dominada por demônios tão confusos quanto o mesmo. Coração na sola do pé - exerto por uma pessoa; sua mãe -, e por isso Felipe irá contratar uma cuidadora de idosos, Mariana Ribeiro. Sem t...