Minha mão dói pelo impacto contra o rosto dela. Mariana caí desmaiada, seguro seu pescoço antes mesmo que sua cabeça bata contra o chão. Geral olhando, sem entender ao certo o que estava acontecendo, - nem eu - foi tudo rápido, ela simplesmente enlouqueceu. Desconfio que seja algum tipo de substância ilícita já que duas pupilas estavam enormes.
- Leva ela para o hospital. Lipe - Minha mãe diz desesperada. - Será que ela morreu? Você bateu com muita força.
- Porra mãe, calma. Tu queria que ela terminasse por se jogar daqui de cima? - Pergunto irritado. - Quem veio de carro?
Pergunto deitando sua cabeça no chão. Seu nariz está sangrando, estou me odiando por ter feito isso mas foi necessário. Ela precisava parar, estava completamente descontrolada.
- Aqui, parceiro. - Um dos presentes estende a chave, entendendo meu recado - acho melhor levar ela pra casa, hospital vão fazer muitas perguntas. - completa.
- Verdade. Vão achar que ela se drogou estando grávida e vão deixá-la sofrer - Ana diz se aproximando. Em sua mão havia um pano, ela o passa sobre o rosto de Mariana.
Me levanto bufando. Não sei o que fazer.
- Irmão, bora levar ela para casa. Quando ela acordar nós vê - Diguinho sugere.
Esse nós eu dispenso, não pedi a ajuda dele para porra nenhuma.
- Qual é o teu carro? - Pergunto para o dono das chaves.
- Tá bem aqui embaixo. O vermelho.
Assinto me abaixando novamente, desta vez pego Mariana em meu colo. Leve pra porra.
- Eu vou com você - Rayssa diz. Já estava bêbada.
- Tá maluca, menina? - Sua tia a repreende - Vamos embora.
- Vocês podem levar minha mãe para casa? Eu vou com Felipe - Ana indaga a Célia.
- Não preciso de babá, caralho. - minha mãe reclama - eu vou com a Mariana.
Meu sangue ferve com a discussão desnecessária.
- Não vai ninguém, caralho.
Digo e desço as escadas com a mulher desacordada. Foi fácil de achar o carro. Diguinho se intromete me ajudando a abrir a porta e a colocar Mariana dentro do carro.
- Deixa eu colocar a cabeça dela direito ali - Ele diz tocando em minha mulher.
- Precisa não, parceiro. Tira a mão dela. - Digo rude.
- Pera aí, Ret. Só to querendo ajudar. Você não tem o mínimo de cuidado com a mina - Diz raivoso. Algo me diz que essa raiva estará reprimida dentro dele.
- Vai tomar no cu, irmão. - me aproximo dele - Tu gosta de tocar na minha mulher, né?
As pessoas que antes paravam para ver Mariana desacordada, agora vêem a confusão. Vejo dona Célia se aproximar correndo até nós.
- Só quero o bem da mina, ela tá grávida. - Ele diz fingindo paciência.
- Quer o bem dela é meu pau, rapá. Tá achando que não meto uma bala na porra da tua cabeça? - Digo exaltado.
- Pelo amor de Deus. Diguinho, para - Célia diz desesperada. Temendo pelo pior.
- Vou entrar numa contigo, não Ret.
- Acho bom mesmo, seu merda. Fica esperto, não quero tu perto dela.
Digo e entro no carro. Dou partindo e saio cantando pneu.

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CDC - Concluída.
Fiksi RemajaHomem rude, mente fechada, usuário de cocaína e com a mente dominada por demônios tão confusos quanto o mesmo. Coração na sola do pé - exerto por uma pessoa; sua mãe -, e por isso Felipe irá contratar uma cuidadora de idosos, Mariana Ribeiro. Sem t...