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Descanso minha cabeça em seu peito. Seu coração estava calmo, assim como sua respiração, a minha já havia se controlado um tempo atrás. Sinto sua mão passar por meus cabelos, seus dedos acariciam a curva de minha cintura magra. Ultimamente tudo o que faço é emagrecer.

Esse carinho é tão bom, me sentir confortável e amada novamente é algo sem igual. Definitivamente não trocaria este momento por nada. Agora não sei como ficaríamos, se estávamos namorando, ficando ou sei lá o que. A única certeza que tinha era que esse homem seria meu enquanto eu respirasse...ou enquanto ele não ferrasse tudo.

Em meio ao silêncio ouvimos os fogos estourando lá fora. Felipe me empurrar e se levanta rapidamente, vestindo sua bermuda em seguida. Permaneço deitada no sofá, sem entender nada. Ele busca por sua pistola e logo a encontra.

— Levanta, vamos no terraço — Diz entusiasmado. — anda, Mariana.

— Tá bom, calma — Retruco rindo. — não tenho roupa.

Ele me joga seu casaco. Visto o mesmo rapidamente. Sua mão agarra a minha e Felipe me puxa desesperado até a varanda, onde havia a escada para o terraço.

    Simplesmente incrível àquele festival de cores ao céu. Meus olhos brilham ao observar cada detalhe do espetáculo enquanto ouço as pessoas gritando em comemoração. Nunca vi os fogos assim de maneira tão bela, talvez não seja o momento e nem os fogos, mas a companhia.

Sinto a mão de Felipe agarrar minha cintura. Fito seu rosto onde havia um enorme sorriso.

— Feliz ano novo, minha mina. — Diz me encarando.

— Feliz ano novo, meu homem. — Respondo rindo.

O homem se afasta um pouco de mim. Aponta seu revólver para cima e dispara três vezes. Meu coração acelera, tento não demostrar meu pavor, afinal, eu deveria me acostumar com isso, não é? Jamais! Minha mãe foi vítima de arma de fogo.

Felipe corre até a ponta do terraço e se debruça ao pequeno muro.

— FELIZ ANO NOVO, COMUNIDADE — Grita animado.

Pude ouvir umas três pessoas responderem de volta.

— Quer ir a algum lugar? — Pergunto.

— Não — Felipe se aproxima — estou no lugar certo, com a pessoa certa.

Avanço em seus lábios o beijando ferozmente. Sua mão aperta minha bunda levemente, desço minha mão por suas costas dando leves arranhões. Sua ereção já dava sinal. Seus lábios foram de encontro ao meu pescoço deixando leves mordidas no local.

— Chaga, vamos acabar fodendo aqui. — Digo com certa dificuldade.

— Queria...

Ele murmura sem me soltar. Sinto o frio correr, arrepiando todo meu corpo. Nem seus beijos quentes seriam capazes de esquentar. Minhas penas estavam nuas.

— Estou com frio — reclamo.

Felipe encerra suas carícias e finalmente descemos para a casa. Antes que ele possa entrar seu celular toca, algum pagode desconhecido por mim. Com fada a calma ele busca pelo celular, o encontra caído ao chão.

— Oi Ana. — Ele da uma pausa — Ué, caralho quer uma festa pelo telefone. Perturba, não. Tem alguém querendo te ver, não demora.

A educação não era seu forte. Ele desliga na cara dela.

— Ela está vindo para cá? — Pergunto assustada pelo fato de não ter o que vestir mais.

— Está. Minha mãe deu uma crise de choro, ficou me chamando.

CDC - Concluída.Onde histórias criam vida. Descubra agora