47

40.6K 2.6K 1.3K
                                    

Estou deitada na cama uns vinte minutos e nada de Felipe sair do banheiro, talvez tenha se afogado na privada. Fecho meus olhos por alguns segundos, que se transformou em longos minutos.

Sinto as pontas dos dedos de alguém — Felipe — passear sobre minha face, abro um sorriso. Permaneço com meus olhos fechados, absorvendo cada toque daquele homem que conseguia me deixar desnorteada. Seus dedos descem até meu pescoço, logo sinto seus lábios úmidos no local. Meu corpo inteiro responde ao seu ato, o calor sobe por meu ventre. Cada célula do meu corpo o desejava. Abro meus olhos e vejo Felipe me observando fixamente. Seus olhos indecifráveis.

— Tu é muito linda — Ele diz, seriamente.

— Eu sei. Você tem sorte.

— Convencida do caralho. — diz saindo de perto. — onde está meu celular?

Por um momento sinto falta do seu toque.

— Na sala.

Ela caminha em direção a saído de seu quarto, só então noto a toalha enrolada em sua cintura. Me levanto rapidamente e sigo seus passos até a sala. O mesmo estava a segurar seu celular, próximo ao ouvido.

Carga boa, bagulho maneiro. Chega amanhã cedo, patrão.”

Ouço alguém dizer quando ele reproduz o áudio. Felipe abre um sorriso e digita algo. Estava feliz, e eu quero saber o motivo.

— O que foi?

Pergunto de uma vez.

— Bagulho meu. — Responde curto e grosso.

— Ué, vai cair a língua se me contar?

— Ih, aperta minha mente, não. — Ele joga o celular no sofá e pagando sua pistola — não gosto de te envolver nessas coisas.

— Mas eu quero saber.

— Mas não vai, caralho. — Rebate.

Felipe pega sua pistola em cima do sofá e caminha em direção ao quarto, consequentemente em minha direção. Não seguro minha língua afiada.

— Aposto que com Cristiane não era assim.

Ele para em minha frente.

— Vai tomar no cu, Mariana. Vai estragar minha onda, não. — confessa — se ela fosse boa, estaria por aqui.

Respiro fundo, tentando assimilar. Então quer dizer que esse tempo todo que o mesmo passou ao banheiro, ele estava cheirando? Que idiota!

Felipe continua seu trajeto, ao passar por mim esbarra em meu ombro. Levo minhas mãos a cintura e o sigo.

— Estava cheirando no banheiro? — Pergunto.

— Para de arrumar assunto, porra. Só surta por parada errada.

— Responde minha pergunta.

Ele me ignora completamente, como se eu fosse uma louca. Já que ele quer me tratar assim. — assim será —. Caminho até o banheiro e vou até a lixeira, mando o nojo ir pastar e reviro atrás de provas. Então encontro, dois pinos de cocaína.

Pego aquilo e corro para o quarto, assistindo Felipe vestir sua cueca. Atiro aqueles pinos em cima dele, que rapidamente se vira para mim. Fita os objetos ao chão e franze o cenho, sem entender muito bem.

— Você é doente, na moral. — Diz com a máxima naturalidade.

— Você nunca vai parar, né?

Felipe passa a mão pelo rosto, visivelmente nervoso.

— Já te mandei o papo, para com isso.

— O que mais me deixa puta é você fazer escondido de mim

CDC - Concluída.Onde histórias criam vida. Descubra agora