Sangue suor e Morte: Livro 1 Despertar

Capítulo 2: Sobreviva primeiro, pergunte depois.

Os olhos de Will perderam o foco por alguns segundos, seu corpo ficou eletrizado, uma energia estranha e quente fluía por todo corpo do garoto, quando mais uma vez ele ouviu a voz em sua cabeça:

{ você foi o primeiro a eliminar uma criatura do sistema em sua região um premio especial será atribuído a você assim que o período de atividade diária do sistema terminar, se você sobreviver}

Will ainda estava estático, nem mesmo uma fibra do seu corpo podia se mover, foi quando a voz na sua cabeça falou, mas dessa vez não era mais na sua cabeça, era uma voz retumbante que parecia ser onipresente:

[Período de inatividade do sistema foi redefinido para ser iniciado as 00:00 até 01:00. Cada criatura do sistema morta redefine em segundos o tempo de inatividade.]

[o tempo ganho por morte depende do Rank e nível da criatura.]

[a primeira morte de cada Rank dará tempo em horas de inatividade de valor igual ao Rank da criatura]

[o nível é contabilizado em minutos vezes o Rank da criatura morta]

[uma criatura de nível 1 e Rank 1 foi morta nesta cidade, 1 hr e 1 minuto foram ganhos no período de inatividade ]

[lembre-se de ir para a zona segura quando o período de inatividade se iniciar]

[A localização será enviada ao sistema dos conectados]

[Mensagens regionais só serão emitidas nas primeiras mortes de Ranks diferentes.]

[os conectados podem conferir o tempo ganho em seu status]

[Boa sorte e bom jogo]

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Todos tinham nos rostos uma expressão de terror sem tamanho, além de confusão.

Marcos olhava pra Will, com um rosto estranho, pois sabia que alguma coisa não estava certa. Will tinha dado aquele grito segundos antes da voz falar para todos, algo tinha acontecido.

Marcos abriu a boca para perguntar quando foi interrompido por Will:

- Eu sei que você quer me perguntar alguma coisa-

olhando rapidamente perto do cadáver da criatura morta existia algo ali, era semelhante a uma joia pequena, um diamante bem lapidado. Por algum motivo Will sabia o que fazer com aquilo. pegando em sua mão recebeu uma mensagem em forma de texto em sua mente, mas nem leu, apenas pegou o diamante e jogou na boca, logo uma luz foi emitida de todo o corpo de Will e algo aconteceu.

Marcos só podia olhar sem nada entender.

-Will o que você está fazendo??!!!-

-agora não, sobreviva primeiro, pergunte depois-

A próxima ação de Will foi muito mais chocante do que tudo o que tinha acontecido até agora. Ele colocou a mão na criatura morta no chão e uma luz cegou a todos. quando abriram os olhos Will estava segurando uma faca de aparência estranha, no chão o corpo da criatura juntamente da faca de pão haviam sumido.

Uma faca de aparência ameaçadora com pouco mais de 30 cm, era negra, parecia com a pele do animal que estava anteriormente morto no chão, as serras da faca eram pontudas e afiadas e do lado antes sem corte agora existia uma lamina, com um fio tão nítido que aparentemente poderia cortar alguém em dois, a faca tinha agora uma ponta perigosa e parecia estar coberta por um liquido viscoso

Will disse de forma zombeteira:

-Agora não dá mais pra cortar pão com ela-

Diferente de Will Marcos era um tipico nerd, alguém que buscava consolo para sua vida de merda nos livros, jogos e novels na internet. Durante 3 verões ele trabalhou entregando quentinhas e juntou o dinheiro, e assim pode comprar um computador para ele e seus irmãos. Quando ele viu o que estava acontecendo ele não se desesperou tanto quanto os outros, mas mesmo assim ele estava com um corpo tremulo. Foi quando um som veio do lado de fora, era um grito mas parecia que a voz estava dissonante, algo errado como um som saindo de um fone de ouvido com problemas. mas mesmo assim, o som era aterrorizante.

-Marcos precisamos ir para dentro, a cozinha e a despensa ficam no mesmo lugar e são fechadas, não existe porta além desta que vem pra cá, e a janela é facilmente defendida. não podemos ficar aqui na entrada, o cheiro de sangue vai atrair essas coisas

Marcos não perguntou coisas desnecessárias, correndo ajudou a pobre Délia a se levantar e de forma cambaleante foram em direção a cozinha.

Quando todos estavam entrando algo bateu com força descomunal na porta da frente. A força foi tanta que um buraco foi feito na porta, olhando para o buraco podia-se ver um braço adentrando o buraco. Marcos e Will não pensaram duas vezes, fecharam a porta da cozinha e começaram uma barricada pela parte de dentro.

Sons de quebra foram emitidos da sala e uma agitação parecendo com animais correndo, mas logo tudo ficou em silencio sucedido por sons de tiro vindos da rua. Ao que parece as criaturas foram atraídas para a rua por alguém.

~~uffa~~

Will e Marcos ofegaram ao mesmo tempo, olhando um pro outro. Will olhou pra Marcos e fez um sinal de cabeça, indicando em direção a despensa, Marcos logo entendeu e deixou os outros lidando com o ferimento no braço de Delia.

Anteriormente quando eles chegaram a cozinha já haviam verificado e perceberam algo espantoso, o machucado nos braços de Délia não eram tão profundos, era mais como a mordida de um sangue suga gigante, o problema era o sangue, que por algum motivo não coagulava.

Pedro ficou responsável por cuidar das coisas, no orfanato não era anormal crianças se ferirem, e os donos não iam gostar de ninguém indo ao hospital e levantando suspeitas sobre seu tratamento, por isso, Pedro, Will e principalmente Marcos, desde cedo já sabiam como fazer um curativo simples. Amarrando bandagens que estavam na dispensa, Pedro conteve o sangramento da velinha, o problema é que ela estava febril, e a febre estava aumentando.

Enquanto Pedro cuidava das coisas Will e Marcos estavam na dispensa tendo uma conversa:

-Will, eu vi claramente o que aconteceu, minha mente é mais rápida e mais aberta que a dos outros.... aquilo.... que você fez, era algum tipo de magia não era?-

Will olhou pra Marcos e com um tão sarcástico disse:

-Só podia ser o nerd, como era mesmo o seu nick ? A lembrei, era Kiritolovers. hahahahaha-

Marcos demonstrou descontentamento mas se manteve firme no questionamento:

-Não estamos falando de mim, estamos falando dessa merda que esta acontecendo. Me explica... algo me diz que você sabe muito sobre tudo isso, agora é a hora de me contar.-

Will parou de zombar e olhou de forma séria pra Marcos.

- Realmente você não está errado, eu usei um tipo de "magia", sabe aquela coisa que eu coloquei na boca mais cedo, a joia? -

Marcos assentiu com a cabeça.

-Então, aquilo era um livro de habilidades, eu ganhei essa habilidade, ela entrou na minha cabeça e parece que eu sempre soube como usar, os princípios por trás do funcionamento , tudo, era como se eu sempre soubesse, o conhecimento foi todo pra minha cabeça.-

Marcos arregalou os olhos e murmurou de forma meio louca e apreensiva:

- Livro de habilidade?? e qual??.. qual era?? anda... me reponde desgraçado.-

avançando e segurando Will pelo colarinho.

Will deu dois passos pra trás e disse:

-Calma mano, eu vou contar.-

-O nome da habilidade é -

Assim que Will ia dizer um som de grito veio da cozinha, mais uma vez will nem pensou, apenas correu se soltando do aperto de Marcos, dando grandes passos. A cozinha era logo depois da porta da dispensa, quando Will abriu a porta, o que ele viu o fez estremecer.

3 dos 7 internos que estavam na cozinha estavam no chão com sangue correndo para fora de feridas no pescoço. Pedro foi quem gritou, ele estava com uma frigideira na mão segurando firmemente com os braços tremendo, aparentemente fazendo uma força enorme, a frigideira estava a centímetros do seu rosto e havia sido perfurada por um tipo de osso pontudo que ficava no fim de um tentáculo preto que se assemelhava a criatura que foi morta mais cedo.

O grande problema era a outra extremidade do tentáculo, ela saia da boca aberta da doce velinha Délia.