Capítulo 78: A deusa de ébano.

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A voz era feminina gutural e carregada de pressão. Gruntar sentiu que não existia animosidade nesta voz mas Gria estava paralisada, sua respiração era irregular e parecia que o medo a tomou por completo.

-vejo que você rompeu a barreira de sua espécie. Interessante.

Gruntar não entendeu o que aquele ser estava falando, foi então que ele lembrou da habilidade passiva que ele ganhou:

[Habilidade passiva evolução rank autoridade: Está habilidade permite romper os limites da espécie e evoluir pouco a pouco ou de forma abrupta para uma nova espécie. Essa habilidade absorve informações dos registros akashicos dos inimigos derrotados e os aplica em seu próprio corpo causando mudanças progressivas que tem por intuito a melhora e a evolução, essa aplicação acontece em cultivo. Em casos especiais sua espécie pode ser completamente alterada para uma nova espécie que seja aproximada do que você é no momento. Essa evolução é uma verdadeira evolução, ou seja, não somente seu corpo evolui, sua origem segue o exemplo. Está habilidade rompe com os limites impostos por espécie. ]

Gruntar ficou feliz por descobrir que agora poderia ser mais forte a cada vez e também ficou assustado por esse monstro mítico ter percebido isso tudo apenas olhando para ele, afinal de contas em que nível esse Quetzalcoatl está?

- Neto... Quem... Quem é essa estimada criatura sagrada?

Gria não sabia como classificar o Quetzal por conta disso usou de elogios para se manter do lado bom dessa entidade.

- Você é interessante meio-orc. Seu poder também é interessante. Não precisa ficar aflita não tenho intenções hostis a vocês. Meu mestre foi claro comigo, ele me mandou para treinar aqui, mas já não existem monstros que valham o meu tempo nesse lugar. Então vi o senhor Marcos passar por aqui. Não pude ir até ele pois estava ocupada com um inimigo, mas agora você chegou. Posso atender a vocês de alguma forma? Sinto que estando junto de ti terei a chance de lutar logo logo.

Gruntar estava abismado com tudo isso, há mesmos de 3 dias (reais) ele era um menino medroso, e hoje ele estava sendo atendido de forma amigável por um ser tão absurdamente poderoso como essa serpente, melhor dizendo, por esse dragão.

- Seria completamente a minha honra ter alguém como o senhor me ajudando.

Assim que Gruntar terminou sua avó se desculpou:

- Reverendíssima perdoe esse tolo.

"Pah"

Ela acertou Gruntar com um cascudo forte. Aquilo roubou sorrisos do Quetzal.

- Não precisa machucar o menino. Deixe que eu lhe explique.

Logo a voz foi ficando mais baixa, assim como o corpo da criatura foi diminuindo. Em poucos instantes o corpo da gigantesca serpente ficou do tamanho do de uma pessoa comum. Uma mulher de 1,70 com olhos vermelhos e cabelo extremamente negro, um vestido rodado negro de escamas era o que ela vestia, a cor de sua pele era preta ébano, aquela cor era linda e brilhava, era impossível olhar para aquela mulher e não ficar hipnotizado, a beleza dela era divina, uma deusa acabou de descer ao plano mortal, era isso que tanto Gria quanto Gruntar pensavam, os orcs não tinham tanto  senso de heterossexualidade, eles formavam famílias mas não era estranho que guerreiros dessem e buscassem prazer com seus companheiros, por conta disso Gria também tinha um apetite sexual ativo por mulheres e ver aquela beleza a sua frente a libertou do medo que ela sentiu antes e a fez sentir uma luxúria absurda, era como se algo naquela mulher fizesse com que seu corpo queimasse por dentro. Gria achou que era somente ela mas todos os indivíduos presentes na cena sentiram o mesmo, aquela paixão se tornou adoração por parte das serpentes e do chefe da tribo réptil.

Sangue suor e Morte: Livro 1 DespertarOnde histórias criam vida. Descubra agora