Capítulo 51: Alguém pode me ouvir?

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Todos não ousavam se mexer, até respirar era complicado, eles tinham medo de que esse homem insondável se enfurecesse e resolvesse matar todos ali, mesmo sendo algo impensável para um humano desarmado matar centenas de outras pessoas os que estavam ali sentiam que esse homem era capaz disso.

- Vou levar essa mocinha para um interrogatório. Ahad mande suas tropas ficaram estacionadas aqui, se mesmo um dos soldados tentar fugir ou sair daqui a ordem é para que seja sumariamente executado.

Aquela ordem fria saiu de lábios sorridentes, os olhos do menino pareciam os olhos de uma naja pronta a atacar. Até mesmo por que quando a intenção de matar cercou todos a maioria delirou e sentiu ter visto uma grande serpente gigante, pena que nenhum deles sabia que era real a visão, aquela ilusão estava apenas mostrando o perigo que eles corriam.

- Will nós vamos conhecer a cidade você pode cuidar de tudo aqui ou precisa de nós?

Marcos perguntou a Will.
Carla estava um pouco incomodada com a situação em que a assassina estava, mesmo sendo alguém que tentou matar aquele que ela queria bem, ela não deixava de ser uma mulher, e Carla tinha uma vontade absurda de proteger todas as mulheres que ela pudesse.

- Will, você vai mata-la?

Mesmo antes de Will responder a Marcos ela perguntou baixinho. O menino que estava sorrindo viu a expressão de preocupação de Carla e sentiu dúvida, seu coração estava resoluto antes mas vendo o semblante da menina ele resolveu reavaliar a situação.

- Carla infelizmente não posso deixar de punir alguém que tentou me matar, mas farei o possível para achar uma punição de redenção não uma morte está bem assim?

A menina ficou mais tranquila e disse:

- Tudo bem então. Eu também vou sair para explorar a cidade, acredito que não precisará da gente aqui.

Will assentiu e logo depois Marcos e Carla saíram, Carla era seguida de perto pó Silfe e Marcos por algum motivo desenvolveu uma proximidade com Jhon, Gruntar por outro lado se tornou como uma sombra para Will, ele sentia uma atração magnética vindo de Will e sabia que estar com ele poderia fazer seu poder maior, quem sabe até obter o real controle de sua força.
Logo depois que os amigos de Will saíram os soldados sentiram uma crise chegando, agora a mulher que estava restringindo as atitudes dele saiu, o que poderia acontecer com eles?

- Ahad, me diga logo onde posso interroga-la?

Ahad rapidamente fez os arranjos, perto da muralha interna existia uma guarita grande reservada aos soldados da ronda, logo Will estava lá sentado em uma cadeira de frente para a mulher, Ahad estava perto da porta e ao lado de Will Gruntar.

- Vou retirar essa mulher da hipnose, não se assustem.

Assim que ele disse a mulher que estava dócil falou como se ainda estivesse gritando com Will lá no portão:

- Eu não vou falar nada pra você não adian.... Onde? Onde eu estou? O que vocês fizeram comigo?

A mulher que estava esbravejando logo percebeu que estava em outro lugar e não sabia como tinha chegado lá.

- Agora você pode falar pra mim? Acredito que seja melhor me contar o que preciso saber do que enfrentar as consequências.

A mulher estava perdida e furiosa ela olhou pra Will, ela estava a menos de um metro e meio dele, suas roupas não foram tocadas, ela ainda sentia a adaga por debaixo de sua manopla, ela sabia que conseguiria esfaquear Will em menos de 1 segundo.

- Você deve estar pensando em me esfaquear com essa adaga envenenada que você esconde não é?

A mulher ficou assustada, mas não hesitou, como uma chita ela se lançou no pescoço de Will. Ela era realmente muito proficiente. A adaga estava cortando o ar rapidamente e parecia que logo chegaria ao pescoço de Will, mas a distância, parecia infinita, ela continuava seguindo com a adaga mais nunca parecia chegar, logo ela parou e percebeu que algo estava errado, o pescoço estava tão próximo por que ela não alcançava ?

Sangue suor e Morte: Livro 1 DespertarOnde histórias criam vida. Descubra agora